Cena do filme 'Procurando Nemo' da Pixar (Pixar/Reprodução)
Laura Pancini
Publicado em 15 de maio de 2021 às 08h00.
Nas margens do parque estadual Crystal Cove, na Califórnia, o banhista Ben Estes encontrou um peixe bem diferente do normal, com uma protuberância que salta para fora do corpo e que lembra um dos vilões de 'Procurando Nemo', filme da Pixar.
A criatura marinha era uma fêmea de 45 centímetros pertencente a uma espécie de tamboril chamada Pacific Footballfish (peixe-futebol do Pacífico, na tradução literal em português). Assim como em 'Procurando Nemo', o tamboril tem uma barbatana longa, chamada de ilício, que se estende na frente da boca e conta com um bulbo bioluminescente na extremidade para emitir luz e atrair presas.
“Eu sabia que era um achado incomum. Nunca vi um peixe assim antes”, disse Estes ao veículo The Guardian. Após encontrar o animal, o banhista contatou guardas-florestais e salva-vidas do parque estadual, que eventualmente alertaram o Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia.
O Pacific Footballfish normalmente habita nas profundezas do mar profundo, até 900 metros abaixo da superfície. Apesar das autoridades não conseguirem determinar a causa da sua morte, elas se surpreenderam na forma que seu corpo permaneceu tão intacto.
De acordo com Bill Ludt, curador assistente de ictiologia do Museu de História Natural de Los Angeles, ao site LA Times, o tamboril não é uma espécie rara e é uma das criaturas mais bem conhecidas do fundo do oceano, mas "não é algo que surge com muita frequência, especialmente na condição em que está."
Por enquanto, o Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia não sabe o que vai acontecer com o animal, mas tudo indica que ele será transferido para o Museu de História Natural do Condado de Los Angeles, onde já existe uma coleção com outros três tamboris, mas nenhum tão bem preservado.
“Ver este peixe estranho e fascinante é uma prova da diversidade da vida marinha que se esconde abaixo da superfície”, disse o parque estadual onde o animal foi encontrado em publicação no Facebook. “À medida que os cientistas continuam a aprender mais sobre essas criaturas do fundo do mar, é importante refletir sobre o quanto ainda há de ser aprendido com nosso maravilhoso oceano.”