Brasil

Microexplosão atingiu Campinas, afirma Cepagri da Unicamp

Segundo a meteorologista, a microexplosão é um fenômeno que pode ter a mesma intensidade de um tornado, mas com atuação mais localizada.


	Campinas: apesar da menor abrangência, a microexplosão mais intensa pode induzir ventos devastadores, que chegam a 150 km/h
 (Flickr/Creative Commons/Giuliano Maiolini)

Campinas: apesar da menor abrangência, a microexplosão mais intensa pode induzir ventos devastadores, que chegam a 150 km/h (Flickr/Creative Commons/Giuliano Maiolini)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 16h18.

Campinas - A meteorologista Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), definiu nesta segunda-feira, 6, como uma microexplosão o fenômeno que atingiu Campinas na madrugada de domingo, 5.

Na ocasião, o Cepagri havia informado ao prefeito Jonas Donizete (PSB) que a cidade havia sido atingida por um tornado.

"Estávamos em dúvida entre uma microexplosão e um tornado, mas, depois de andar pelas regiões afetadas e analisar as imagens, concluímos que se tratou de uma microexplosão", disse.

Segundo ela, a microexplosão é um fenômeno que pode ter a mesma intensidade de um tornado, mas com atuação mais localizada.

Os ventos que se formam a partir de nuvens carregadas incidem no sentido descendente, da atmosfera para o solo. Nesse caso, os danos são em uma área de incidência menor.

Já no tornado, o curso do vento tem sentido linear e do solo para o alto, por isso, a área afetada é maior e os estragos, mais generalizados.

Na microexplosão, a corrente de ar descendente toca o solo e se espalha horizontalmente na forma de vento radial estendendo-se a no máximo quatro quilômetros.

Apesar da menor abrangência, a microexplosão mais intensa pode induzir ventos devastadores, que chegam a 150 km/h.

As rajadas são capazes de arrancar árvores e danificar severamente estruturas mais fracas. Os danos, muitas vezes, acabam sendo atribuídos a tornados.

No caso de Campinas, o fenômeno atingiu de forma mais intensa o eixo da Rodovia Dom Pedro I, incluindo adjacências, como o bairro Taquaral e São Quirino.

Acompanhe tudo sobre:Campinascidades-brasileirasExplosõesMeteorologia

Mais de Brasil

Após sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’, Lula cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Degelo na Antártica pode intensificar erupções vulcânicas, diz estudo

Coalizão lança manifesto assinado por mais de 60 entidades contra decisão de Zuckerberg sobre Meta

Ministro da Defesa reforça apoio às investigações do 8/1: ‘Essa será a grande festa’