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Como a terapia biológica pode ajudar a tratar artrite

Pelo menos 1% da população mundial desenvolve a doença; mulheres entre 35 e 50 anos são as mais atingidas

Mulher com dor no punho: até 1% da população mundial sofre de AR (Thinkstock)

Daniela Barbosa

Publicado em 13 de maio de 2016 às 15h33.

São Paulo - Pode começar com dores leves nas articulações das mãos e dos punhos e evoluir, se não tratada, para atrofia muscular. A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune como diabetes, ou seja, não tem cura, mas a pessoa consegue levar uma vida normal se o diagnóstico for feito precocemente e com tratamento adequado.

Não se sabe ao certo o que pode causar a doença e, segundo estimativas, até 1% da população mundial sofre de AR. O problema atinge pessoas de todas as idades, inclusive crianças, mas a incidência é maior em mulheres de idade entre 35 e 50 anos.

Segundo a médica Arcangela Valle, responsável pela área médica da Imunologia do laboratório UCB/Biopharma no Brasil, a importância do diagnóstico cedo pode garantir qualidade de vida para as pessoas que desenvolvem esse tipo de enfermidade

"Por se tratar de uma doença que começa com dores moderadas nas articulações, é muito comum a pessoa se automedicar antes mesmo do diagnóstico e assim postergar a ida a um médico, no caso um reumatologista", explica a Arcangela.

A doença possui vários estágios e para cada caso é indicado um tipo de tratamento - em algumas situações até a intervenção cirúrgica é necessária.

Atualmente há diversas formas controlar o problema e, de acordo com a Arcangela, entre os tratamentos mais eficazes, a terapia biológica, ou seja, feita com medicamentos biológicos e não sintéticos, tem apresentado bons resultados para pacientes com AR.

"Esses medicamentos atuam diretamente na melhoria da qualidade de vida das pessoas com AR. Além da sua eficácia já comprovada, eles têm ajudado também a entender melhor como artrite reumatoide age no organismo", explica Arcangela.

O que são medicamentos biológicos

Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), os medicamentos biológicos são produzidos por biossíntese em células vivas, ou seja, a química orgânica dá lugar à biologia molecular e aos processos biotecnológicos. A insulina e o hormônio do crescimento são os mais populares medicamentos biológicos, mas há outros tipos e de diferentes classes também.

"Os biológicos são uma classe diversa e heterogênea de produtos. Existem hormônios, fatores de crescimento e de diferenciação celular, enzimas capazes de dissolver coágulos, anticoagulantes para prevenir a sua formação e os modernos anticorpos monoclonais que vêm revolucionando o tratamento do câncer e doenças autoimunes", segundo o Guia de medicamentos biológicos da Interfarma.

Vida normal

Com 35 anos, a ex-enfermeira Priscila Torres foi diagnosticada com AR há 10 anos e precisou adaptar o seu estilo de vida à sua nova realidade. “Precisei abandonar minha profissão, até mesmo por conta dos riscos que correria trabalhando na área de saúde, uma vez que ficamos mais vulneráveis às doenças”.

Agora estudante de Jornalismo, Priscila criou o blog Artrite Reumatoide com intuito de ajudar pessoas que sofrem do mesmo problema. “A minha realidade é a ideal, pois tenho plano de saúde e acesso aos tratamentos, mas nem todos têm as mesmas condições”, explica a estudante.

Ela procura levar uma vida normal e ressalta a importância do acompanhamento médico regularmente. Segundo ela, a doença tem várias fases e nem mesmo nos períodos de remissão o tratamento deve ser deixado de lado.

Além do acompanhamento médico necessário e do uso de alguns medicamentos regularmente para o controle da doença, levar uma vida saudável, com práticas de atividades físicas para fortalecer a musculatura e melhorar o sistema cardiovascular, uma alimentação equilibrada e rica em cálcio também ajudam no controle da AR.

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Não se sabe ao certo o que pode causar a doença e, segundo estimativas, até 1% da população mundial sofre de AR. O problema atinge pessoas de todas as idades, inclusive crianças, mas a incidência é maior em mulheres de idade entre 35 e 50 anos.

Segundo a médica Arcangela Valle, responsável pela área médica da Imunologia do laboratório UCB/Biopharma no Brasil, a importância do diagnóstico cedo pode garantir qualidade de vida para as pessoas que desenvolvem esse tipo de enfermidade

"Por se tratar de uma doença que começa com dores moderadas nas articulações, é muito comum a pessoa se automedicar antes mesmo do diagnóstico e assim postergar a ida a um médico, no caso um reumatologista", explica a Arcangela.

A doença possui vários estágios e para cada caso é indicado um tipo de tratamento - em algumas situações até a intervenção cirúrgica é necessária.

Atualmente há diversas formas controlar o problema e, de acordo com a Arcangela, entre os tratamentos mais eficazes, a terapia biológica, ou seja, feita com medicamentos biológicos e não sintéticos, tem apresentado bons resultados para pacientes com AR.

"Esses medicamentos atuam diretamente na melhoria da qualidade de vida das pessoas com AR. Além da sua eficácia já comprovada, eles têm ajudado também a entender melhor como artrite reumatoide age no organismo", explica Arcangela.

O que são medicamentos biológicos

Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), os medicamentos biológicos são produzidos por biossíntese em células vivas, ou seja, a química orgânica dá lugar à biologia molecular e aos processos biotecnológicos. A insulina e o hormônio do crescimento são os mais populares medicamentos biológicos, mas há outros tipos e de diferentes classes também.

"Os biológicos são uma classe diversa e heterogênea de produtos. Existem hormônios, fatores de crescimento e de diferenciação celular, enzimas capazes de dissolver coágulos, anticoagulantes para prevenir a sua formação e os modernos anticorpos monoclonais que vêm revolucionando o tratamento do câncer e doenças autoimunes", segundo o Guia de medicamentos biológicos da Interfarma.

Vida normal

Com 35 anos, a ex-enfermeira Priscila Torres foi diagnosticada com AR há 10 anos e precisou adaptar o seu estilo de vida à sua nova realidade. “Precisei abandonar minha profissão, até mesmo por conta dos riscos que correria trabalhando na área de saúde, uma vez que ficamos mais vulneráveis às doenças”.

Agora estudante de Jornalismo, Priscila criou o blog Artrite Reumatoide com intuito de ajudar pessoas que sofrem do mesmo problema. “A minha realidade é a ideal, pois tenho plano de saúde e acesso aos tratamentos, mas nem todos têm as mesmas condições”, explica a estudante.

Ela procura levar uma vida normal e ressalta a importância do acompanhamento médico regularmente. Segundo ela, a doença tem várias fases e nem mesmo nos períodos de remissão o tratamento deve ser deixado de lado.

Além do acompanhamento médico necessário e do uso de alguns medicamentos regularmente para o controle da doença, levar uma vida saudável, com práticas de atividades físicas para fortalecer a musculatura e melhorar o sistema cardiovascular, uma alimentação equilibrada e rica em cálcio também ajudam no controle da AR.

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