Violência toma conta do futebol argentino
Graças a uma campanha contra os ''barras-brava'', há pouco mais de um mês se desencadeou uma série de situações de violência no futebol do país
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2012 às 20h41.
Buenos Aires - As últimas rodadas dos torneios de primeira e segunda divisão no futebol argentino têm evidenciado o a violência que atinge jogadores, dirigentes e técnicos, fazendo com que vários elencos treinem nesta semana sob proteção policial.
Graças a uma campanha contra os ''barras-brava'', liderada por Javier Cantero, presidente do Independiente, há pouco mais de um mês, se desencadeou uma série de situações de violência no futebol do país.
A primeira situação com relação as agressões aconteceu há dez dias, quando o elenco do Instituto foi ameaçado por seus próprios torcedores após perder em Corrientes para o Boca Unidos.
''Se não subirem, terão balas para todos'', foi o recado da torcida para a equipe, que está na segunda divisão e segue tentando seu retorno à elite do futebol argentino.
Em uma operação policial, o ônibus com torcedores do Instituto foi interceptado em seu retorno à cidade de Córdoba com um saldo de 44 torcedores presos e a apreensão de armas de fogo, cartuchos, explosivos e cocaína.
O vice-presidente do Independiente, Claudio Keblaitis, saiu de licença por 30 dias e analisa a possibilidade de renunciar seu cargo devido às ameaças de morte.
''Quando suas filhas pedem chorando para que você largue tudo, a verdade é que não dá mais vontade de seguir'', declarou Keblaitis ao informar o motivo de sua licença.
Na quarta-feira, os atos de violência aconteceram no Racing, quando o colombiano Giovanni Moreno foi vítima de uma ameaça com uma arma de fogo.
''Vamos atirar na sua perna e acabar com sua carreira se não sair do clube'', foi a mensagem dos torcedores, o que fez com que o colombiano esteja treinando sob escolta policial durante a semana. No entanto, o técnico do Racing, Luis Zubeldía, confirmou que o próprio Moreno pediu para ser titular na partida que deste sábado diante do Belgrano.
Outras vítimas foram alguns dirigentes do River Plate, que foram ameaçados por torcedores, de acordo com a imprensa local. ''Ascensão para a primeira divisão ou morte'' teria sido o recado que o dirigente Daniel Mancussi recebeu em seu celular, segundo o ''Olé''.
''Os jogadores têm medo'', afirmou Sergio Marchi, representante do sindicato dos jogadores, após a reunião com o ministro da Justiça e Segurança de Buenos Aires, Ricardo Pareja. O próprio Marchi descartou a possibilidade de uma greve para buscar soluções definitivas.
''De forma alguma, não levaria a nada. Isso é dar maior atenção aos vândalos'', encerrou o governante.
Buenos Aires - As últimas rodadas dos torneios de primeira e segunda divisão no futebol argentino têm evidenciado o a violência que atinge jogadores, dirigentes e técnicos, fazendo com que vários elencos treinem nesta semana sob proteção policial.
Graças a uma campanha contra os ''barras-brava'', liderada por Javier Cantero, presidente do Independiente, há pouco mais de um mês, se desencadeou uma série de situações de violência no futebol do país.
A primeira situação com relação as agressões aconteceu há dez dias, quando o elenco do Instituto foi ameaçado por seus próprios torcedores após perder em Corrientes para o Boca Unidos.
''Se não subirem, terão balas para todos'', foi o recado da torcida para a equipe, que está na segunda divisão e segue tentando seu retorno à elite do futebol argentino.
Em uma operação policial, o ônibus com torcedores do Instituto foi interceptado em seu retorno à cidade de Córdoba com um saldo de 44 torcedores presos e a apreensão de armas de fogo, cartuchos, explosivos e cocaína.
O vice-presidente do Independiente, Claudio Keblaitis, saiu de licença por 30 dias e analisa a possibilidade de renunciar seu cargo devido às ameaças de morte.
''Quando suas filhas pedem chorando para que você largue tudo, a verdade é que não dá mais vontade de seguir'', declarou Keblaitis ao informar o motivo de sua licença.
Na quarta-feira, os atos de violência aconteceram no Racing, quando o colombiano Giovanni Moreno foi vítima de uma ameaça com uma arma de fogo.
''Vamos atirar na sua perna e acabar com sua carreira se não sair do clube'', foi a mensagem dos torcedores, o que fez com que o colombiano esteja treinando sob escolta policial durante a semana. No entanto, o técnico do Racing, Luis Zubeldía, confirmou que o próprio Moreno pediu para ser titular na partida que deste sábado diante do Belgrano.
Outras vítimas foram alguns dirigentes do River Plate, que foram ameaçados por torcedores, de acordo com a imprensa local. ''Ascensão para a primeira divisão ou morte'' teria sido o recado que o dirigente Daniel Mancussi recebeu em seu celular, segundo o ''Olé''.
''Os jogadores têm medo'', afirmou Sergio Marchi, representante do sindicato dos jogadores, após a reunião com o ministro da Justiça e Segurança de Buenos Aires, Ricardo Pareja. O próprio Marchi descartou a possibilidade de uma greve para buscar soluções definitivas.
''De forma alguma, não levaria a nada. Isso é dar maior atenção aos vândalos'', encerrou o governante.