Um sumiço de US$ 450 milhões
Que fim levou a pintura Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, tida como a obra de arte mais cara da história?
Guilherme Dearo
Publicado em 21 de maio de 2019 às 17h29.
Última atualização em 21 de maio de 2019 às 18h43.
Os 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci, que se completam neste mês de maio, coincidem com a notícia de que não se sabe o paradeiro de uma de suas obras mais conhecidas. Trata-se de “Salvator Mundi”, que ganhou o apelido de “Mona Lisa masculina”.
Dois anos atrás, ela foi leiloada pela Christie's de Nova York por US$ 450 milhões, o equivalente a R$ 1,78 bilhão, o que fez dela a obra mais cara da história. O comprador, acredita-se, foi um representante de Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita.
Previa-se que a obra fosse exposta em setembro passado na unidade do Louvre em Abu Dhabi, mas a exibição foi cancelada sem explicações. E surgiu o boato de que o paradeiro da tela é desconhecido.
A pintura de 18,5 por 26 polegadas com a imagem de Cristo com um traje renascentista, a mão direita concedendo uma bênção, a outra empunhando uma bola de cristal, foi descoberta em 2005. Alexander Parish e Robert Simon, marchands americanos, a localizaram na página de leilões de uma pequena galeria em Nova Orleans, na Luisiana.
Suspeitaram que se tratava de uma obra de um dos discípulos de Leonardo da Vinci. Sabiam que a obra original, pintada pelo italiano por volta do ano de 1500, deu origem a inúmeras cópias.
Compraram a obra por US$ 10 mil. Reconhecida depois a autoria de da Vinci, com o que nem todos os especialistas concordam, a tela “Salvator Mundi” foi alvo de vários leilões até atingir a cotação recorde.