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Supreme no Brasil? Publicação da marca americana levanta suspeitas de uma loja no país

Ontem, 14, a Supreme publicou um vídeo de um avião com uma bandeira com o logo da marca sobrevoando o Rio de Janeiro e o Cristo Redentor

Loja da Supreme em Xangai. (Alex Tai/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 15h01.

A marca de streetwear nova iorquina Supreme levantou suspeitas de uma futura inauguração no Brasil ao publicar ontem, 14, um vídeo de um avião com uma bandeira com o logo da marca sobrevoando o Rio de Janeiro e o Cristo Redentor.

A breve legenda apenas diz "Cristo Redentor, 2024", sem indicar se o Brasil receberá uma loja da marca, ou a Supreme fará uma coleção baseada no Brasil.

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Porém, nos comentários da publicação os seguidores brasileiros da marca se animaram com a possível inauguração no país.

Ainda que a Supreme não esteja no país oficialmente, lojas especializadas em streetwear como a Droper vendem peças da marca. Os valores das caminsetas variam de R$ 80 a R$ 11.399, por uma peça em colaboração com o time de baseball Yankees. Já um moletom pode custar de R$ 1500 até R$ 5 mil no site.

Há ainda bonés, gorros, tênis e acessórios variados como band-aids, chaveiros, adesivos, baralhos e marcadores permanentes.

Fenômeno Supreme

Criada em 1994 por James Jebbia, a Supreme inaugurou no mesmo ano sua primeira loja em Manhattan. Atualmente são 16 lojas pelo mundo, nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, China, Japão e Coréia do Sul.

Conhecida por seu logotipo vermelho com o nome "Supreme" escrito em branco, a marca ganhou seguidores dentro da cultura 'hypebeast', ou fãs do estilo streetwear, com seus lançamentos de produtos esgotando em poucos minutos e pessoas esperando em filas fora das lojas por horas.

Essa estratégia faz com que os produtos da empresa possam custar pequenas fortunas, como milhares de dólares por uma jaqueta.

Em 2017, a marca fez um grande alvoroço no mercado da moda ao surgir no desfile da coleção masculina da Louis Vuitton. Logo no início do desfile, um modelo carregava uma bolsa vermelha com o logo da Supreme.

Dias antes, Kim Jones, então diretor artístico da Louis Vuitton e atualmente na Fendi, havia publicado uma foto com uma montagem dos logos da Supreme e LV. Imediatamente a publicação foi apagada.

A estratégia foi fundamental para o crescimento das duas marcas. Para a Supreme, a associação com uma marca de luxo fez com que elevasse a categoria do streetwear. Já para a Louis Vuitton, a colaboração aproximou a marca dos consumidores mais jovens.

Bolsa "Keepall" de Louis Vuitton x Supreme. (Chesnot/Getty Images)

“A juventude é a chave, especialmente na China”, disse Kim Jones ao site WWD à época. “Estive lá semana passada e vi que nosso consumidor mudou completamente em três anos. Costumavam ser homens bem mais velhos e agora são meninos de 20 e poucos anos, então é importante mantê-los animados”.

Além da Louis Vuitton, a marca já se associou com Nike, Comme de Garçons, Rimowa, Fender, além de fotógrafos, artistas e cantores como Damien Hirst, Basquiat e Roy Lichtenstein.

Além das roupas e colaborações, a marca se tornou conhecida por assinar produtos diversos como baralhos, caiaques, motos, skates, luvas de boxe, cartões de metrô e até tijolos.

Em 2020 a VF Corp, proprietária da marca de calçados Vans, pagou 2,1 bilhões de dólares para comprar a Supreme.

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