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Quer visitar Mendoza? conheça o paraíso do enoturismo na Argentina

Além da colheita de uva, turistas desejam conhecer a região pela visão panorâmica, restaurantes e esqui

Mendoza: região na Argentina é famosa pela produção de vinhos (Edsel Querini/Getty Images)
Edicase

Agência de notícias

Publicado em 4 de agosto de 2023 às 08h00.

Localizada aos pés dos Andes, Mendoza é a capital da província homônima e a capital do vinho da Argentina . É muito comum que, ao visitar Córdoba, o turista também visite Mendoza e vice-versa, já que, para as dimensões do país, as duas cidades estão próximas – cerca de 650 km de distância.

Melhor época para visitar

O verão é ideal para conhecer Mendoza, por ser o período da colheita das uvas. A região de Mendoza tem poucas chuvas, muitos dias de sol e grande amplitude térmica. Já o norte do país tem um clima que vai do subtropical ao semiárido.

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Como chegar

As companhias aéreas Latam, Gol e Aerolíneas Argentinas operam voos para Buenos Aires partindo de diversas cidades brasileiras, incluindo várias rotas diretas. Para se deslocar por longas distâncias dentro do país, o ideal é optar pelo transporte aéreo com as companhias locais. Para trajetos mais curtos, vá de ônibus ou alugue um carro.

História de Mendoza

A história de Mendoza começa bem antes da chegada dos colonizadores espanhóis, com os huarpes, povo indígena que já habitava essa região. O local fazia fronteira com Tahuantinsuyo, estado do Império Inca, e supõe-se que o povo andino chegou até a atual Mendoza por volta de 1481, já que o sistema de água dos huarpes era bem parecido com o dos incas.

Em 1581, a cidade foi dominada pelos espanhóis que vinham do Chile, e eles transformaram totalmente a região. No entanto, isso tudo acabou no ano de 1861, quando um terremoto destruiu a cidade. Após a reconstrução, Mendoza tornou-se um oásis no meio do deserto: cheia de árvores, ruas bem largas, prédios baixos e pronta para se proteger de possíveis terremotos.

Uma das grandes produtoras mundiais de vinho

Já sua história com o vinho, que fez com que Mendoza fosse um destino mundialmente conhecido, começa mais ou menos na mesma época em que os espanhóis começaram a fazer os assentamentos de terra. Foram os jesuítas que trouxeram uvas do Chile para a região.

Atualmente, Mendoza é responsável por 70% da produção vinícola da Argentina e é uma das grandes produtoras mundiais de vinho. Tanto que leva a fama de produzir o melhor Malbec do mundo. São mais de mil bodegas – como são chamadas as vinícolas em castelhano –, das mega produtoras às pequenas, geralmente administradas por famílias da região. Muitas oferecem degustações, tours e até restaurantes.

Onde está localizada

Mendoza está no famoso Caminos del Vino, que se divide em quatro rotas. São elas: a Zona Norte, onde a maior parte das vinícolas abertas ao público se concentra; a Zona Leste, que é a principal área produtiva e bem rural, que contrasta com a belíssima cordilheira ao fundo; a Zona Sul, que fica no sopé da cordilheira principal, onde o turismo de aventura, como o esqui, é bem explorado, já que há um forte contato com a natureza. E, por último, o Vale do Uco – essa região fica ao sopé da Cordilheira dos Andes, no centro-oeste de Mendoza, e possui três departamentos: Tunuyán, Tupungato e San Carlos.

A área é bem fértil, quase não recebe chuvas e tem geadas frequentes e praticamente diárias entre os meses de junho e agosto. Essa região é conhecida por produzir vinhos de alta qualidade, principalmente Chardonnay, Malbec, Merlot e Pinot Noir.

Caminho del Vino

Ao contrário do que dizem por aí, você não precisa ser um expert em vinhos para conhecer o Caminos del Vino, pois os tours são exatamente feitos para isso: para conhecer e entender. Os enólogos explicam todo o processo de plantio, colheita e produção, e alguns até arriscam um pouquinho de portunhol para que o visitante brasileiro consiga entender melhor.

Parque Plaza Independencia

Além da Rota do Vinho, Mendoza oferece outros atrativos. Uma parada obrigatória é a Plaza Independencia, conhecida também como Parque Plaza Independencia, devido ao seu tamanho. São 200 metros de largura de cada lado – o que equivale a mais ou menos quatro quarteirões.

Foi construída depois do terremoto de 1861 para marcar o novo centro da cidade que tinha sido destruído. Sua característica registrada é a enorme fonte que dá um show com suas águas que dançam. No local ocorrem diversas apresentações artísticas, além de uma feirinha de artesanato.

Outras quatro praças fazem parte do conjunto central: a Plaza Italia, a Plaza Chile, a Plaza España e a Plaza San Martín, cada uma com o próprio estilo, localizadas nas diagonais da Plaza Independencia.

Mirante Terrace Garden

Nada melhor do que conhecer uma cidade e poder ter uma visão panorâmica do lugar. Nesse sentido, no prédio central do município é possível visitar o Mirante Terrace Garden, onde um guia apresenta os quatro pontos cardeais do local e mostra os jardins de flora nativa, esculturas e a Galeria das Rainhas da Colheita.

Por Cláudio Lacerda e Patrícia Chemin – Revista Qual Viagem

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