Quênia quer mostrar em Londres que não se resume a atletismo
Com 75 medalhas em sua história, 68 no atletismo e sete no boxe, o Quênia conta com vários candidatos a subir no pódio
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 20h41.
Nairóbi - A equipe olímpica do Quênia, composta por 48 atletas de quatro esportes diferentes, quer superar em Londres o recorde de 14 medalhas obtido há quatro anos em Pequim, e deseja mostrar que seu bom desempenho não se resume às provas de atletismo.
Com 75 medalhas em sua história, 68 no atletismo e sete no boxe, tendo participado de 12 edições dos Jogos Olímpicos , o Quênia conta com vários candidatos a subir no pódio. Os principais casos são de David Rudisha e Vivian Cheruiyot, atuais campeões do mundo nos 800 metros e 10 mil metros, respectivamente.
No entanto, o presidente do Comitê Olímpico Queniano, Kipchoge Keino, evita falar apenas nas medalhas. ''Nosso objetivo é participar'', disse à Agência Efe o ex-corredor, que foi campeão olímpico nos 1.500 metros em 1968, na Cidade do México, e nos 3 mil metros com obstáculos, em 1972, em Munique.
A humildade é tão grande que o discurso do dirigente sobre vitórias em Londres pode ser considerado até pouco usual: ''Se conquistarmos algo, daremos graças a Deus''.
A equipe olímpica queniana é composta por 48 atletas: 43 corredores de média e longa distância, dois nadadores, dois pugilistas e uma levantadora de peso, o que representa um progresso em relação aos últimos Jogos.
Vale lembrar que a menor participação queniana aconteceu em 1960, quando apenas um atleta do país participou dos Jogos. O país passou a conquistar mais medalhas a partir de 1968, quando já era independente.
Uma das apostas para obter a primeira medalha para o Quênia fora do atletismo e do boxe é o nadador Jason Dunford, que bateu o recorde africano nos 100 metros borboleta e foi o primeiro queniano a obter uma medalha na natação nos Jogos da Commonwealth, em 2010, conquistando o ouro nos 50 metros borboleta.
Os contrastes sociais e econômicos do Quênia também são vistos na equipe olímpica: enquanto Dunford é um queniano branco, e sua família é proprietária da mais importante cadeia de restaurantes do país, a boxeadora negra Elizabeth Andiego vem de uma favela em um bairro pobre da capital.
Outro nome de destaque entre os quenianos é Abel Kirui, bicampeão mundial de maratona (2009 e 2011) e um dos três integrantes da equipe na modalidade. Junto a ele estarão Emmanuel Mutai e Wilson Kipsang, alguns dos favoritos para a prova que fechará os Jogos Olímpicos no dia 12 de agosto.
E mesmo sabendo que existem concorrentes, há otimismo quanto a dominar a prova. ''Vamos ficar muito felizes se conseguírmos as três medalhas'', afirmou Kirui.
O maratonista, contudo, deixa escapar um que se preocupa mais com seu desempenho e afirma que pensa apenas na medalha dourada. ''Vou lutar pelo ouro. Será muito difícil, mas não tenho medo de ninguém. O ouro é possível, tenho essa sensação'', comentou o bicampeão mundial.
Nairóbi - A equipe olímpica do Quênia, composta por 48 atletas de quatro esportes diferentes, quer superar em Londres o recorde de 14 medalhas obtido há quatro anos em Pequim, e deseja mostrar que seu bom desempenho não se resume às provas de atletismo.
Com 75 medalhas em sua história, 68 no atletismo e sete no boxe, tendo participado de 12 edições dos Jogos Olímpicos , o Quênia conta com vários candidatos a subir no pódio. Os principais casos são de David Rudisha e Vivian Cheruiyot, atuais campeões do mundo nos 800 metros e 10 mil metros, respectivamente.
No entanto, o presidente do Comitê Olímpico Queniano, Kipchoge Keino, evita falar apenas nas medalhas. ''Nosso objetivo é participar'', disse à Agência Efe o ex-corredor, que foi campeão olímpico nos 1.500 metros em 1968, na Cidade do México, e nos 3 mil metros com obstáculos, em 1972, em Munique.
A humildade é tão grande que o discurso do dirigente sobre vitórias em Londres pode ser considerado até pouco usual: ''Se conquistarmos algo, daremos graças a Deus''.
A equipe olímpica queniana é composta por 48 atletas: 43 corredores de média e longa distância, dois nadadores, dois pugilistas e uma levantadora de peso, o que representa um progresso em relação aos últimos Jogos.
Vale lembrar que a menor participação queniana aconteceu em 1960, quando apenas um atleta do país participou dos Jogos. O país passou a conquistar mais medalhas a partir de 1968, quando já era independente.
Uma das apostas para obter a primeira medalha para o Quênia fora do atletismo e do boxe é o nadador Jason Dunford, que bateu o recorde africano nos 100 metros borboleta e foi o primeiro queniano a obter uma medalha na natação nos Jogos da Commonwealth, em 2010, conquistando o ouro nos 50 metros borboleta.
Os contrastes sociais e econômicos do Quênia também são vistos na equipe olímpica: enquanto Dunford é um queniano branco, e sua família é proprietária da mais importante cadeia de restaurantes do país, a boxeadora negra Elizabeth Andiego vem de uma favela em um bairro pobre da capital.
Outro nome de destaque entre os quenianos é Abel Kirui, bicampeão mundial de maratona (2009 e 2011) e um dos três integrantes da equipe na modalidade. Junto a ele estarão Emmanuel Mutai e Wilson Kipsang, alguns dos favoritos para a prova que fechará os Jogos Olímpicos no dia 12 de agosto.
E mesmo sabendo que existem concorrentes, há otimismo quanto a dominar a prova. ''Vamos ficar muito felizes se conseguírmos as três medalhas'', afirmou Kirui.
O maratonista, contudo, deixa escapar um que se preocupa mais com seu desempenho e afirma que pensa apenas na medalha dourada. ''Vou lutar pelo ouro. Será muito difícil, mas não tenho medo de ninguém. O ouro é possível, tenho essa sensação'', comentou o bicampeão mundial.