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Quatro dicas culturais para o fim de semana

EXAME VIP dá quatro dicas de exposições para aproveitar o tempo livre no fim de semana

Diálogos com Meu Pai, de Marcos Amaro (Marcos Amaro/Divulgação)

Guilherme Dearo

Publicado em 29 de novembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 29 de novembro de 2019 às 07h00.

Diálogos com Meu Pai, de Marcos Amaro

Caçula do empresário Rolim Amaro (1942-2001), conhecido por ter comprado a TAM nos anos 70 e a transformado na maior companhia aérea do país, Marcos Amaro se converteu em artista em 2013. Foi quando vendeu para o fundo inglês 3i seus 95% da rede de óticas Carol, uma das três maiores do Brasil.

Dois anos atrás, ele comprou a galeria paulistana Emma Thomas, que hoje tem o nome de Kogan Amaro e dispõe de uma filial na Suíça.

Sua atuação como artista continua. Em exibição no jardim interno da Casa-Museu Ema Klabin, em São Paulo, a escultura “Lustre” faz parte da série “Diálogos com Meu Pai”, na qual Amaro dá novos significados para objetos ligados ao Comandante Rolim.

“Se houve fases em que ele se vinculou às lembranças do pai por meio de peças corpulentas, aqui Amaro volta a penetrar em objetos ordinários, levando gesso, tinta, areia, cimento e outros materiais rústicos ao encontro de tais artigos tidos como notáveis”, explica a curadora, Ana Carolina Ralston.

Onde: Casa-Museu Ema Klabin, Rua Portugal, 43,  Jardim Europa, São Paulo. Até 15/12.

Diálogos com Meu Pai, de Marcos Amaro (Marcos Amaro/Divulgação)

Contracorpo, de Marcia Pastore

A mostra na Pinacoteca de São Paulo reúne quarenta obras que a artista produziu ao longo de quase três décadas. A curadoria é de Ana Maria Belluzzo, que acredita que as peças selecionadas estão na fronteira das artes plásticas com a arquitetura por enfatizarem ao mesmo tempo o papel da matéria, do espaço e da força.

Como escultora, Marcia se vale de materiais diversos como borracha, gesso e ferro e técnicas distintas. Seu ponto de partida não é o desenho. Ela parte para o embate direto com os materiais, com o lugar e a experimentação.

Em “Risco”, de 2013, cada tubo traz em sua ponta superior um grafite enquanto a ponta inferior é seca, como a de um compasso, garantindo certo atrito com o chão. Há quatro trabalhos inéditos, concebidos especialmente para a exposição.

Onde: Pinacoteca de São Paulo, Largo General Osório, 66, 4º andar, Luz, São Paulo. Até 6 de abril.

Contracorpo, de Marcia Pastore (Pinacoteca/Divulgação)

Julio Le Parc e osgemeos

De um lado, um expoente do Concretismo e pioneiro da arte cinética, Julio Le Parc, consagrado artista argentino radicado em Paris. Do outro lado, a dupla osgemeos, conhecida pelos grafites coloridos e pela linguagem pop. Com curadoria de Pedro Alonzo, a mostra em cartaz na Carpintaria, no Rio de Janeiro, une os dois universos.

A exposição reúne vinte obras que revelam princípios comuns na produção pictórica do argentino e dos grafiteiros paulistanos. O emprego da estrutura geométrica, a paleta de cores quentes e o repertório da op art, por exemplo.

Le Parc exibe obras que vão desde a década de 1950 até as mais recentes. Já de osgemeos há pinturas sobre madeira e uma série de esculturas com vasos de cerâmica, inéditas.

Onde: Carpintaria, Rua Jardim Botânico, 971, Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Até 28 de dezembro.

Julio Le Parc e osgemeos (osgemeos/Divulgação)

Sunday, de Dan Coopey

A Galeria Estação, em São Paulo, exibe trinta obras do britânico Dan Coopey que têm fios soltos como denominador comum. Podem ser vistos, por exemplo, nos trabalhos com caixas de fósforo e nas peças verticais, compostas por dezenas de lápis coloridos.

Para Raphael Fonseca, curador do MAC Niterói, a exposição torna evidente o lugar central que o tempo ocupa na produção de Coopey. Não em razão do interesse do artista na cestaria, mas pela maneira como ele discretamente cria tramas com objetos e imagens de diferentes temporalidades.

“Um olho explora os mistérios da organicidade de um material frágil e efêmero, ao passo que o outro manipula objetos que desejavam a vida eterna e que já podem ser vistos como ruínas. Entre um e outro olhar, algo em comum: uma indagação a respeito da permanência”, afirma Fonseca.

Onde: Galeria Estação, Rua Ferreira de Araújo, 625, Pinheiros, São Paulo, (11) 3813-7253. Até 14 de dezembro.

Sunday, de Dan Coopey (Dan Coopey/Divulgação)

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