Por suposta falsa denúncia de ataque racista, ator de "Empire" é condenado
Jussie Smollett responderá por 16 acusações por queixa feita à polícia sobre um suposto ataque racista e homofóbico
EFE
Publicado em 9 de março de 2019 às 10h36.
Chicago - O ator Jussie Smollett, da série de TV "Empire: Fama e Poder", responderá por 16 acusações por uma suposta falsa queixa que fez à polícia, onde afirmou que tinha sido vítima de um ataque homofóbico e racista, informam na sexta-feira (8) veículos de imprensa dos Estados Unidos.
O ator, suspenso da série produzida pela "Fox Entertainment", tem prevista uma audiência das acusações, apresentados por um grande júri, na próxima quinta-feira em um tribunal do Condado de Cook, onde a cidade de Chicago está localizada.
De acordo com um comunicado do tribunal, o ator fez uma "denúncia falsa de uma ofensa" ao Departamento de Polícia de Chicago no final de janeiro "embora soubesse o tempo todo que não havia nenhuma justificativa para crer que se tivesse cometido" o fato.
O ator fez as falsas declarações quando foi interrogado em duas ocasiões, e por dois detetives diferentes do Departamento de Polícia, e cada acusação cobre atos falsamente descritos por Smollett.
Entre eles, que foi atacado e golpeado por dois homens mascarados, que supostamente gritavam insultos de natureza racista e homofóbica, colocaram uma corda em volta do pescoço e lhe jogaram um suposto produto químico.
"Se um crime é cometido, cada crime tem várias partes e a acusação deve cobrir todas essas partes", diz a decisão do júri do Condado de Cook.
Smollett, que é negro e se declarou gay, está em liberdade após pagamento de fiança e pode ser condenado a uma sentença mínima de três anos de prisão se for condenado.
Todas as acusações são de classe 4, a categoria mais baixa de crimes em Illinois.
O ator informou à polícia que foi atacado na manhã de 29 de janeiro, enquanto caminhava sozinho na rua no bairro de Streeterville, e que os agressores gritavam "esta é uma região da MAGA", em referência ao tema de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "Make America Great Again (Torne a América Grande Novamente)".
A polícia investigou o caso por três semanas como um suposto crime de ódio, e prendeu de maneira temporária dois irmãos nigerianos, mas descobriu que o ataque foi orquestrado e que Smollett pagou US$ 3,5 mil aos dois para que simulassem um ataque racista contra ele a fim de conseguir notoriedade e impulsionar a sua carreira.
De acordo com informações do superintendente de polícia de Chicago, Eddie Johnson, Smollet queria alavancar sua carreira e conseguir que os produtores da série aumentassem seu salário.