Casual

Os melhores restaurantes de São Paulo segundo o ranking da EXAME 2023

Confira os destaques do ano na gastronomia nacional, escolhidos por quem mais entende do assunto

A Casa do Porco. (Leandro Fonseca/Exame)

A Casa do Porco. (Leandro Fonseca/Exame)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 25 de abril de 2023 às 07h30.

Última atualização em 25 de abril de 2024 às 14h42.

Curioso para saber quais são os melhores restaurantes em São Paulo? Para resolver essa questão, CASUAL Exame selecionou os 47 representantes da boa gastronomia em território paulistano que foram reconhecidos por especialistas dos 100 Melhores Restaurantes do Brasil. Confira.

 

Veja: os Melhores Restaurantes de 2024

A Casa do Porco

Nada parece ameaçar o poderoso reinado da Casa do Porco, a incensada casa no centro de São Paulo comandada por Jefferson Rueda e Janaína Torres Rueda. Os chefs fundadores do pequeno império gastronômico provaram que é possível tornar acessível uma gastronomia autoral e de qualidade. Na ativa desde 2015, o empreendimento dedicado aos suínos ocupa a saborosíssima sétima colocação no The World’s 50 Best Restaurants, além da quarta posição na versão latino-americana do ranking, e desconhece o que é passar um dia sequer sem uma fila de clientes na porta.

O atual menu degustação, a 240 reais (ou 390 reais, com a harmonização de coquetéis), presta tributo à gastronomia de 13 países vizinhos. O tamale com tartar suíno e broto de rabanete representa o Panamá, enquanto o ceviche — que junta pé e orelha de porco, além de camarão e batata-doce — acena ao Peru.

O ponto alto da sequência é o porco sanzé, que os Rueda provavelmente nunca deixarão de servir (à la carte custa 88 reais). Mais de 12.000 unidades desse prato são vendidas todo mês, o que explica os 60 suínos assados a cada 30 dias. Outra pedida tida como imexível é o torresmo de pancetta com goiabada e picles de cebola roxa (52 reais). Ir até lá e não provar a iguaria equivale a uma ida ao Vaticano sem dar um pulo na Capela Sistina.

Rua Araújo, 124, República, São Paulo

Maní

Helena Rizzo: a chefe é sócia do restaurante Maní, que mantém uma estrela do guia Michelin há anos. (Instagram/Reprodução)

As gravações do MasterChef Brasil, do qual Helena Rizzo é jurada desde 2021, no lugar que era da argentina Pao­la Carosella, tomam cada vez mais o tempo da chef gaúcha. Mas nada que atrapalhe o dia a dia do Maní, que se mantém em alta sob o comando do braço direito da cozinheira, o chef belga Willem Vandeven. Parceiro de longa data, ele não só dá conta do recado quando a gaúcha está fora como divide a autoria do cardápio com ela.

A 580 reais (ou 1.100 reais, com a harmonização de vinhos), o menu degustação soma 12 receitas, como creme de milho picante acrescido de pipoca de quinoa, minimilho em rodelas, pancetta, ciboulette, katsuobushi e ovas de tainha curadas com lichia e cachaça — para entender no que cada etapa consiste, convém ouvir com atenção redobrada as explicações dadas pelos garçons.

O vatapá de galinha também faz parte da sequência e inclui salada de mamão verde, farofinha, cabeça de camarão seco moída, amendoim tostado e peixe do dia ao forno. E vale o mesmo para a feijoada transformada em pequenas esferas, que são servidas com pé de porco, couve frita e cubinhos de laranja e remetem a um passado longínquo do Maní. A seção à la carte do menu lista pedidas como polvo na brasa com arroz de chorizo, grão-de-bico e molho aïoli de açafrão (145 reais).

Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano, São Paulo

Metzi

(Estudio Cumaru/Divulgação)

O estrondoso sucesso do Metzi, que na primeira edição deste ranking figurou em 35o lugar, sugere que os paulistanos estavam fartos do conceito tex-mex. Inaugurado em 2020, o restaurante se propõe a servir a autêntica culinária mexicana — com direito, por que não, a pitadas de modernidade e a ingredientes brasileiros. Pertence a Eduardo Nava Ortiz, mexicano de Oaxaca, e à paulistana Luana Sabino. O casal de chefs se conheceu quando ambos trabalhavam no renomado Cosme, em Nova York — em São Paulo, ela passou pelas cozinhas do Arturito, do Tuju e do Petí Gastronomia.

O cardápio tem opções à la carte, mas 70% da clientela bate o martelo na sequência predefinida, com sete etapas (300 reais). “Não enxergamos como um menu degustação, e sim como um guia para quem não tem familiaridade com nossos pratos”, observa Sabino. Da seção à la carte, a sugestão mais pedida é o mole branco (um molho à base de castanhas e especiarias), que ganha a companhia de couve-flor, tucupi negro e jambu (52 reais). Outro hit, a tostada que junta polvo, abacate e uma pasta de camarão com pimenta seca custa 50 reais. Fã de mezcal, Ortiz sugere que todo mundo só peça a conta depois de degustar uma dose, a 70 reais, da bebida — e não raro se junta aos clientes para brindar com eles.

Rua João Moura, 861, Pinheiros, São Paulo

Charco

Prato do Charco, em São Paulo: mariscos maiores e mais saborosos (Divulgação/Divulgação)

Com paredes descascadas, tijolos aparentes e iluminação fraquinha, o Charco tem capacidade para 40 pessoas. Se tivesse 80 lugares, provavelmente atenderia o dobro de clientes, dada a intensa procura. Mas o chef Tuca Mezzomo não se arrepende­ de ter montado seu primeiro restaurante num imóvel não muito grande. As pequenas dimensões do Charco, afinal, conferem uma atmosfera intimista que faz toda a diferença e contribuem, e muito, com a sustentabilidade financeira do negócio.

Para Mezzomo e seu sócio-investidor, afinal, o controle de gastos é tão fundamental quanto o esforço direcionado à elaboração dos pratos. O sucesso do Charco, que completou quatro anos em março, motivou a dupla a abrir uma segunda empresa, a Saliva. A missão dela é contribuir com a gestão financeira dos empreendimentos dos quais virou sócia desde que começou a pandemia — os bares Carrasco e Guilhotina e os restaurantes Chou, Donna, Ping Yang e Cuia Café.

No Charco, Mezzomo se propõe a utilizar o fogo das mais diferentes maneiras, como prova o arroz com morcilla, lula na brasa, molho aïoli, alho e demi glace (69 reais). A 290 reais (ou 480 reais, com harmonização), o menu degustação começa com ostra no vapor com lâminas de uva e raspadinha com vinho branco e inclui pratos como tostada de camarão com creme de avocado, algas e flores.

Rua Peixoto Gomide, 1.492, Jardim Paulista, São Paulo

Nelita

Nelita

Nelita (Nelita/Divulgação)

Inaugurado há dois anos, o Nelita é uma espécie de divisor de águas na trajetória de Tássia Magalhães. O restaurante deu à chef de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, uma projeção que ela ainda não havia experimentado. E olhe que a carreira dela não começou ontem. Tássia trabalhou por dez anos no extinto Pomodori, onde entrou como estagiária e saiu como mandachuva, e tirou do forno mais três negócios que não existem mais, os restaurantes Riso.e.ria e Fabbrica Illegale e a dark kitchen Unno Masseria (em fevereiro deste ano, ela abriu o Mag Market, misto de padaria e doceria).

Com fachada arrojada, que mescla tijolos aparentes, porta e janelas de madeira e um painel verde, o Nelita tem a cozinha tocada somente por mulheres. Boa parte do sucesso se deve às massas, como prova o agnoloti com recheio de queijo de cabra e molho de limão, alho negro e mel (110 reais). Com recheio de abóbora, o caramelle leva um creme feito com o mesmo fruto, ricota de búfala e pinole (101 ­reais). Já o ­pappardelle é servido com molho de tomate, polvo e espinafre (128 reais). E ainda há opções como peito de pato marinado no missô e guarnecido de purê de cebola, cebola tostada e molho demi glace (167 reais).

Rua Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros, São Paulo

Notiê

É na cobertura do Shopping Light, no centro paulistano, que se encontra o Priceless. Iniciativa de um conhecido cartão de crédito, reúne o bar Abaru e o restaurante Notiê. No comando da cozinha está Onildo Rocha, um dos grandes nomes da gastronomia paraibana e agora também de São Paulo. O menu degustação atual do restaurante presta tributo à Amazônia. O que é dividido em cinco tempos custa 260 reais e inclui receitas como feijão manteiguinha com cogumelo yanomami e brandade de Pirarucu. O outro menu, com o dobro de etapas, custa 390 reais e reúne pratos como camarão laqueado no tucupi preto e arroz de pato com bernaise de tucupi.

Rua Formosa, 157, Centro Histórico, São Paulo

D.O.M

D.O.M.

D.O.M. (D.O.M./Divulgação)

Alex Atala e seu inventivo restaurante, em funcionamento desde 1999, já não roubam a cena no universo da gastronomia contemporânea como antes. Talvez, simplesmente, porque deixaram de ser novidades – e talvez porque o chef, cada vez mais avesso aos holofotes, tenha aberto caminho para que vários outros pares brasileiros se aventurassem no mesmo universo com propostas tão ou mais ousadas. O D.O.M, no entanto, segue afiado como sempre. Com duas estrelas Michelin e o título de 53º melhor do mundo concedido pelo The World's 50 Best Restaurants, ele continua a servir formiga saúva amazônica – faz parte da salada de manga com papaya, gelatina de limão e ervas – e pratos como pirarucu com tapenade de açaí, couve salteada e grelhada e emulsão de azeite com colágeno do mesmo peixe. O menu degustação custa 690 reais e o executivo, 98 reais.

Rua Barão de Capanema, 549, Jardins, São Paulo

Fame Osteria

O fechamento da Osteria del Pettirosso, no Jardim Paulista, foi muito lamentado. Mas foi também um divisor de águas na carreira de Marco Renzetti. Depois de dar fim ao italiano – simpático, porém não exatamente fora da curva – o chef ressurgiu com o elogiadíssimo Fame Osteria, que pertence a outro patamar, bem acima. É uma espécie de restaurante speakeasy, por assim dizer. Na Rua Oscar Freire, atende poucos clientes por vez e apenas com reservas – do lado de fora, lê-se somente o número 216. O endereço trabalha só com menu degustação, que varia frequentemente e custa 540 reais.

Rua Oscar Freire, 216, Cerqueira César, São Paulo

Shihoma Pasta Fresca

Shihoma

Shihoma (Shihoma/Divulgação)

Tudo começou com o delivery. E deu tão certo que Marcio Shihomatsu decidiu abrir um restaurante – numa época em que o setor ainda sofria com os efeitos da pandemia. Não é surpresa que, por lá, tudo gire em torno das massas artesanais – até porque ainda se trata de um pastifício. Há espaço, porém, para experimentações no cardápio, como prova o patê de fígado de galinha, servido com picles, conservas e pão tostado (38 reais). O fusili com cogumelos, vinho branco, tomilho e queijo Tulha (68 reais) é de comer com os olhos fechados e o mesmo vale para pappardelle com ragu de linguiça de porco e cordeiro (65 reais), entre outros pratos.

Rua Medeiros de Albuquerque, 431, Vila Madalena, São Paulo

Evvai

Comandado pelo chef Luiz Filipe Souza, ostenta uma estrela Michelin e foi eleito o 67º melhor do mundo pelo ranking The World's 50 Best Restaurants. No Jardim Paulistano, na capital paulista, o endereço serve apenas um menu degustação que custa 677 reais (ou, com a harmonização mais em conta, 1.196 reais). Com treze etapas, a sequência é renovada de três a quatro vezes ao ano e pode ser ajustada para veganos ou vegetarianos. O espaguete com couve-flor, crisps e caldo de galinha é um dos hits da atual temporada, assim como a bomba salgada com recheio de vieira selada, lardo e tomate fermentado.

Rua Joaquim Antunes, 108, Pinheiros, São Paulo

Mocotó

O chef Rodrigo de Oliveira, do Mocotó

O chef Rodrigo de Oliveira, do Mocotó: dedicação agora à nova casa (Ricardo D'Angelo/Divulgação)

O tradicional Mocotó dispensa apresentações. Na ativa desde 1973, atrai uma multidão até o bairro da Vila Medeiros, na zona norte paulistana – quase na vizinha Guarulhos (SP). Se nem todo mundo conhecia o chef do empreendimento, Rodrigo Oliveira, em breve será diferente, pode apostar – ele é o novo jurado do MasterChef Brasil, em substituição a Henrique Fogaça. Do baião-de-dois (a partir de 28,90 reais) à carne-seca desfiada com cebola roxa e finalizada com manteiga de garrafa (84,90 reais), todos os pratos costumam provocar elogios sem fim da clientela.

Avenida Nossa Senhora do Loreto, 1100, Vila Medeiros, São Paulo

Murakami

Murakami: duo de atum (Peu Reis)

No Kinoshita, na Vila Nova Conceição, que comandou até junho de 2017, o chef Tsuyoshi Murakami precisava alimentar até 72 pessoas por vez, considerando a lotação máxima do restaurante. No Murakami, seu atual negócio, o sushiman consegue atender só dezoito pessoas por vez, doze delas no balcão (são dois turnos por noite, às 19h e às 21h30). Ele privilegia wassabi de verdade – em vez daquela pasta de raiz-forte pigmentada que é encontrada na maioria dos restaurantes orientais do país – e não tem cardápio fixo à noite. São três menus degustação: de seis tempos (470 reais); de três entradas e 15 sushis (680 reais); ou de nove tempos com caviar (1.150 reais). No almoço há opções à la carte como tempurá de camarão e ovo perfeito sobre gohan (200 reais).

Alameda Lorena, 1186, Jardins, São Paulo

Cepa

Distantes dos núcleos mais conhecidos de restaurantes badalados, o Cepa conquistou espaço no Tatuapé graças às receitas autorais que valorizam (e respeitam) os ingredientes. E prova disso são as criações como o atum cru servido com creme de wasabi (86 reais) ou a língua de wagyu com caldo de frango, quiabo e hortelã (62 reais) – ambos assinados por Lucas Dante, chef que nasceu e foi criado na zona leste paulistana. E, como se não bastassem os pratos, os coquetéis servidos na casa também valem a visita, bem como a autêntica seleção de vinhos elaborada pela sommelière Gabrielli Fleming.

Rua Antônio Camardo, 895, Vila Gomes Cardim, São Paulo

Tanit

Tanit

Tanit (Tanit/Divulgação)

No Brasil desde 2009, o chef catalão Oscar Bosch aproximou os paulistanos de receitas mediterrâneas como fideuá de camarões (94 reais) e polvo à la plancha (138 reais). O leitãozinho cozido em baixa temperatura (132 reais) é um dos hits imexíveis do menu, assim como o nhoque de beterraba com fonduta de queijo manchego, nozes caramelizadas e flor de sal (93 reais). A família de Bosch mantém um renomado restaurante na cidade litorânea de Cambrils, na Espanha. E ele tem mais dois negócios em São Paulo, o concorrido Nit, bar de tapas vizinho ao Tanit, e a sorveteria Mooi Mooi, no Itaim Bibi, retumbante sucesso desde a inauguração.

Rua Oscar Freire, 145, Jardins, São Paulo

Osso

A filial paulistana da churrascaria mais famosa do Peru, comandada pelo chef e açougueiro Renzo Garibaldi, um especialista em cortes dry aged, abriu as portas neste ano. A novidade também pertence à família de Guilherme Mora, dona do Cór, no Alto de Pinheiros, do qual Garibaldi é consultor. Concorrido desde a abertura, o novo Osso deve sua fama a cortes maturados a seco por no mínimo trinta dias. O t-bone premium submetido a esse processo é vendido a 52 reais, cada 100 gramas. A porção de legumes tostados (repolho-roxo, cenourinha, tomatinhos, acelga bok shoy, brócolis, abóbora e abobrinha) custa 32 reais.

Rua Bandeira Paulista, 520, Itaim Bibi, São Paulo

Fasano

Tradicional tiramisà do Fasano é vendido por 35 reais

Tradicional tiramisu do Fasano é vendido por 66 reais (Taste Brasil/Divulgação)

O restaurateur Gero Fasano, todo mundo sabe, não engole modismos. E isso explica boa parte do eterno sucesso do restaurante que deu origem a uma porção de outros, além de um empório e nove hotéis (contando só o que já foi inaugurado). O estabelecimento de número um se mantém fiel às raízes italianas e ao princípio de que sem bons ingredientes, não há invencionice que resolva. Assinado pelo chef italiano Luca Gozzani, o menu lista receitas como risoto de lagosta com açafrão e queijo pecorino (330 reais), ossobuco de vitela com vinho branco e ervas (239 reais) e agnolotti com recheio de galinha d`angola, creme de burrata, orégano e tomate cereja confitado (162 reais).

Rua Vittorio Fasano, 88, Jardim Paulista, São Paulo

Corrutela

O inventivo restaurante do chef Cesar Costa chegou a fechar as portas temporariamente na pandemia. A reabertura, aliás, em março de 2022, foi uma surpresa. A casa voltou com o cozinheiro canadense Daniel Burns no comando da cozinha. O bastão, no entanto, logo voltou para Costa. O lombo de cordeiro acompanhado de purê de pastinaca e romesco de ameixa fermentada (92 reais) e os ovos nevados de jenipapo (35 reais) dão uma pista do que te espera.

Rua Medeiros de Albuquerque, 256, Vila Madalena, São Paulo

Cais

A Vila Madalena está bem longe do mar. Só que isso não impede o Cais, situado no bairro, de disputar em qualidade com os melhores restaurantes localizados à beira da praia. Sob comando de Adriano Laurentiis, a cozinha apresenta receitas autorais inusitadas, a exemplo do espetinho de polvo e língua bovina com purê de amendoim (46 reais). Também há cuidado especial com os pescados, servidos com diferentes técnicas que evitam ao máximo o desperdício. O peixe azul defumado ganha a companhia de molho de maçã e purê de batata (83 reais)

Rua Fidalga, 314, Vila Madalena, São Paulo

Jiquitaia

Jiquitaia

Jiquitaia (Jiquitaia/Divulgação)

Agora em um imóvel discreto – e não mais no casarão antigo, de cores vibrantes, próximo ao centro paulistano –, o estabelecimento que deu fama ao chef Marcelo Corrêa Bastos continua em alta. Irmã dele, Carolina Corrêa Bastos, a Nina, também segue à frente do atendimento e da coquetelaria. Para começar, por sinal, peça um mansour, drinque que une cachaça Princesa Isabel, mate e mel de mandaçaia (37 reais). Depois é só se decidir entre a moqueca (95 reais); a feijoada (81 reais), servida só aos sábados; e as bochechas de porco grelhadas com pamonha e pimenta de cheiro (85 reais), entre outros pratos do gênero.

Rua Coronel Oscar Porto, 808, Paraíso, São Paulo

Picchi

Brasileiro, apesar do nome, o chef Pier Paolo Picchi se dedica à culinária italiana com uma inquietude marcante. E não é difícil encontrar provas disso. É o caso do tartar de cordeiro com ostra e maçã verde (81 reais) e do linguado com camarão, palmito e uvas verdes (176 reais). Receitas mais tradicionais, a exemplo do spaghetti ao vôngole com pancetta e ouriço fresco (154 reais), também têm espaço garantido no menu. Laureado com uma estrela Michelin, o endereço serve dois menus degustação: o Tradizione (485 reais) e o criativo Picchi (761 reais).

Rua Oscar Freire, 533, Jardins, São Paulo

Aizomê

Telma Shiraishi

Telma Shiraishi, do Aizomê: um dos destaques da culinária japonesa no Brasil (Rafael Salvador/Divulgação)

A discreta Telma Shiraishi é uma das maiores autoridades da culinária japonesa no Brasil – e a ponto de ter sido alçada a embaixadora desse tipo de gastronomia pelo governo do Japão. Com duas unidades, uma delas na Japan House paulistana, o restaurante virou uma referência. De um lado, soube quebrar tabus com um ótimo menu vegetariano a 290 reais. De outro, mantém as tradições vivas. Privilegia wasabi fresco e serve omakases tradicionais a partir de 295 reais – com atum bluefin e wagyu a conta vai para 490 reais. Também há pedidas à la carte e democráticos bentôs.

Alameda Fernão Cardim, 39, Jardim Paulista, São Paulo
Avenida Paulista, 52, Bela Vista, São Paulo

Barú Marisquería

Escondido em uma vilinha charmosa com acesso pela Rua Augusta, em São Paulo, o acanhado restaurante do chef colombiano Dagoberto Torres vive concorrido desde a abertura, em 2018. O sucesso, em parte, se explica pelos preços camaradas, como provam os chicharrones de camarón (49 reais), o ceviche de vieira e sarnambi com abacate, pimenta crisp e amendoim (38 reais) e os mexilhões com hogao, leite de coco, pisco e arepas (53 reais). Para acompanhar há drinques como pisco sour (41 reais) e maria sangrienta, união de tequila, suco de tomate temperado e salsa picante (39 reais).

Rua Augusta, 2542, Cerqueira César, São Paulo

Votre Brasserie

Numa época em que muitos chefs parecem determinados a inventar o que for preciso para ocupar boas posições no ranking The World’s 50 Best Restaurants, são cada vez mais raros os endereços que assumem o desejo de servir comida sem invencionice alguma. É o caso do Votre, dos mesmos donos do Teus, quase vizinho. Com ambientação caprichada, tem cativado a clientela com clássicos como boeuf bourguignon (79 reais), brandade de bacalhau com salada verde (65 reais), pato assado com molho de laranja (99 reais) e por aí vai. Os drinques expedidos pelo bartender? Alguns autorais e muitos clássicos.

Rua Natingui, 1.520, Pinheiros, São Paulo

Preto

Bonezinho: cartola com pastel recheado de boursin, crumble de amendoim, doce de banana da terra e espuma de melaço de mandiocaba. (Lais Acsa/Divulgação)

Uma das grandes novidades gastronômicas de São Paulo em 2022, o restaurante do soteropolitano Rodrigo Freire, advogado e cozinheiro, presta tributo à cozinha baiana, mas de olho na contemporaneidade (o arrojado projeto arquitetônico não deixa mentir). Para tapear a fome a cozinha expede bons tira-gostos como pastel de arraia com leite de coco e azeite de dendê (37 reais) e camarão empanado com crocante de tapioca (37 reais). Para acompanhar, peça um dos drinques criados pelo bartender Christopher Carijó. O arroz que junta sobrecoxa de frango desossada, molho de camarão seco, castanha e farofa de banana da terra (77 reais) é um dos pratos principais mais solicitados.

Rua Fradique Coutinho, 276, Pinheiros, São Paulo

Makoto San

Nada de salmão por aqui e a única opção é o menu degustação. O jantar tem duração de 1h50 e só se admite cinco minutos de atraso. Cancelou sua reserva com menos de 24 horas de antecedência? Será preciso pagar uma taxa de 400 reais, sinto muito. Eis algumas das informações que os clientes assíduos do acanhado Makoto San já sabem de cor e salteado (e que os novatos precisam decorar o quanto antes). Um dos japoneses mais cultuados de São Paulo, o restaurante cobra 700 reais de cada visitante, com bebidas pagas à parte. E isso tudo vale a pena.

Rua Leandro Dupret, 108, Vila Clementino, São Paulo

Komah

Komah

Komah (Komah/Divulgação)

Em outubro de 2022, o chef Paulo Shin se despediu do Komah, deixando ele nas mãos do empresário Alessandro Papi e do subchef Daniel Park. Este continua a surpreender a clientela com entradas como steak tartare coreano (45 reais) e macarrão de batata doce com legumes sortidos e mel de abelhas nativas (47 reais). O arroz salteado com kimchi e omelete cremoso (59 reais) disputa as preferências com o arroz caramelizado com costela bovina braseada (62 reais), acompanhado de ovo estalado ou omelete.

Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 378, Barra Funda, São Paulo

Kan Suke

Laureado com uma estrela Michelin, foi apresentado pela publicação da seguinte maneira: "este minúsculo japonês demonstra a razão pela qual, muitas vezes... os melhores perfumes estão nos menores frascos". Isso porque o acanhado Kan Suke fica escondido em uma galeria comercial e pode passar despercebido para muita gente. Quem comanda a cozinha é o proprietário, o japonês Keisuke Egashira. Ele serve dois tipos de menu degustação, um só com pratos frios e o outro com direito, também, a pedidas quentes.

R. Manuel da Nóbrega, 76 - Paraíso, São Paulo - SP, 04001-080

Chez Claude

Em setembro de 2020, Claude Troisgros e seu filho, Thomas Troisgros, inauguraram no Itaim Bibi uma filial do Chez Claude, cuja matriz, em operação desde 2017, fica no Leblon. A novidade marcou a volta do apresentador do programa “Que Marravilha!”, da GNT, a São Paulo, onde ele não atuava havia 26 anos, desde a venda do extinto Roanne. Comandada por Thomas, a novidade serve entradas como pudim de agrião com gorgonzola e crisp de mortadela (49 reais) e vieiras com doce de leite, limão e palmito pupunha (72 reais). Braseada por cinco horas, a costela ganha a companhia de aligot e picles de jiló confitado (136 reais)

Rua Professor Tamandaré Toledo, 25, Itaim Bibi, São Paulo

Cora

Fica na cobertura de um prédio retrofitado localizado numa área do centro paulistano que já viu dias melhores. Ao ar livre, o restaurante do chef argentino Pablo Inca aposta muitas fichas na grelha para preparar pratos memoráveis. Para enganar o estômago, peça o peixe cru acrescido de caju, limão e pimenta (46 reais) ou a abobrinha com queijo tulha e cacau (38 reais). Outra boa pedida para aquecer os motores: mussarela fresca com figos e tomates crocantes (54 reais). O peixe assado com purê de cenoura (75 reais) é um dos pontos altos.

Rua Amaral Gurgel, 344 (6º andar), Centro, São Paulo

Président

Président

Président (Président/Divulgação)

Não espere discrição no Président, restaurante do famoso Erick Jacquin. Não bastasse o carisma do jurado do MasterChef Brasil, que nunca consegue pisar no restaurante sem tirar uma porção de fotos com parte da clientela, as paredes e o teto são pintados de vermelho chamativo. Ou seja, o endereço “instagramável” é sinônimo de fotos e mais fotos. Da cozinha saem clássicos da culinária francesa, como terrine de foie gras de pato (190 reais); cassoulet de coelho (200 reais); e steak tartare de filé mignon (160 reais). Também há menu degustação surpresa com sete etapas (660 reais) e menu executivo com entrada, prato principal e sobremesa durante a semana (139 reais).

Rua da Consolação, 3527, Cerqueira César, São Paulo

Jun Sakamoto

O chef Jun Sakamoto. (Divulgação/Divulgação)

Quase tão escondido quanto os cofres dos bancos, o discreto sobrado do restaurante de Jun Sakamoto combina com o estilo discreto dele. No balcão, são atendidos apenas oito clientes por vez. Se quem estiver do outro lado for o próprio sushiman, o preço do omakase é 550 reais por pessoa. Se o preparo ficar a cargo de Ryuzo Nishimura a conta baixa para 500 reais (nas mesas são 450 reais). Para quem conseguir uma das disputadas vagas, a sequência inclui 13 peças feitas com hokkigai, ouriço do mar e peixes do dia.

Rua Lisboa, 55, Pinheiros, São Paulo

Kuro

Literalmente para poucos, pois não tem como acomodar muita gente, é comandado pelo chef espanhol Gerard Barberan, também à frente da Bottega Bernacca. O dia a dia, no entanto, cabe a talentosos sushimen. Para acompanhar o trabalho deles de perto, convém sentar-se no balcão. A única opção é o menu degustação (390 reais), servido às 19h e às 21h. Inclui peças feitas com peixes como sororoca, pargo, olhete e o celebrado atum bluefin, além de vieiras e outras iguarias do mar.

Rua Padre João Manuel, 712, Cerqueira César, São Paulo

Arturito

(Eduardo Knapp/Folhapress)

Há quem visite o discreto restaurante no bairro de Pinheiros, em São Paulo (SP), na esperança de avistar a Paola Carosella – que se tornou uma verdadeira celebridade no mundo da gastronomia após participar do MasterChef e ainda mais agora, na TV Globo. Quem vai até lá e não encontra a chef, porém, não tem do que reclamar: o cardápio vale a visita. A cozinha expede como entrada, por exemplo, berinjela defumada com coalhada, picles, ervas, melado e limão siciliano (45 reais) e empanada de queijo artesanal brasileiro incrementada com cebola, coentro e pimenta (29 reais). O clássico nhoque do Arturito, com ricota artesanal e linguiça de porco, custa 89 reais.

Rua Artur de Azevedo, 542, Pinheiros, São Paulo

De Segunda

É tocado por um casal de chefs acostumados com as câmeras de TV. Ele, Gabriel Coelho, ganhou a primeira temporada do Mestre do Sabor. Ela, Júlia Tricate, venceu a terceira temporada do The Taste Brasil. Inaugurado em 2021, o restaurante da dupla serve entradinhas como croquete de carne de panela (38 reais) e guioza de joelho de porco (42 reais). O steak tartare da casa é feito com beterraba na brasa (42 reais). De principal há arroz de polvo (115 reais) e bochecha de porco glaceada na cerveja preta (75 reais), entre outras tentações. Para conhecer o trabalho da dupla a fundo, vale a pena investir no menu degustação, a 220 reais.

Rua Prof. Tamandaré Toledo, 160, Itaim Bibi, São Paulo

Banzeiro

Consolidado como patrimônio de Manaus – onde existe desde 2009 –, o Banzeiro chegou a São Paulo em 2019. E, de lá para cá, apresentou aos paulistanos as receitas autorais de influência amazônica criadas pelo catarinense Felipe Schaedler (que passou a viver com a família no norte do país quando ainda era adolescente). É o caso do bolinho de pirarucu de casaca, que leva peixe curado e banana. Com porções generosas para até três pessoas e itens muitas vezes desconhecidos, o menu Rio Negro, que inclui tambaqui, tacacá e até formiga, é uma excelente pedida. A barriga de pirarucu na brasa custa 174 reais e a costelinha de tambaqui agridoce (e obrigatória) sai a 58 reais.

Rua Tabapuã, 830, Itaim Bibi, São Paulo

Ristorantino

Ristorantino

Ristorantino (Ristorantino/Divulgação)

Não é tarefa simples se manter relevante por quase uma década – ainda mais na disputada categoria de restaurantes italianos. Mas o Ristorantino tirou de letra: com hospitalidade ímpar e ambiente que até parece transportar a clientela à Europa, a casa do restaurateur Ricardinho Trevisani é referência na cidade. O cardápio lista pratos dos quais os fregueses nunca se cansam, a exemplo da lasanha com ragu de vitela, trufas negras e creme de Grana Padano (145 reais). O spaghetti alla carbonara custa 119 reais e o agnolotti com recheio de alcachofras e molho de tomate e tomilho sai a 109 reais.

Rua Doutor Melo Alves, 674, Cerqueira César, São Paulo

Cuia

Não bastasse a localização privilegiada em pleno Copan, famoso cartão-postal paulistano projetado por Oscar Niemeyer, o Cuia é daqueles estabelecimentos que parecem receber todos com os braços abertos – inclusive uma livraria, com a qual divide o espaço. Parte do sucesso se deve à chef e sócia Bel Coelho, que selecionou para o menu desde tostex de pão de fermentação natural – com queijo da Canastra e geleia de jabuticaba (34 reais) – até baião de dois com feijão manteiguinha, pimenta de cheiro, abóbora e linguiça artesanal (61 reais). Na coquetelaria, destaque para o tucupi sour, que junta rum defumado, angostura de cacau, melado de cana, limão, aquafaba, tucupi negro e nibs de cacau (44 reais).

Avenida Ipiranga, 200, loja 48, República, São Paulo

Nino Cucina (SP)

Agora com uma unidade no Rio de Janeiro e outra filial saindo do forno em Goiânia, o restaurante número um do chef Rodolfo De Santis continua a todo vapor. É incalculável a quantidade de pessoas que visitam a matriz em busca de um reconfortante spaghetti alla carbonara (59 reais) ou de um ossobuco de vitela com risoto de açafrão (78 reais). Os negócios do chef se multiplicam como nunca – ele tem uma porção de outros restaurantes como o Da Marino e o Giulietta – graças à fusão de seu grupo com o Alife, que controla as redes de bares Boa Praça e Tatu Bola, entre outras. O negócio foi costurado pela XP Investimentos, que, em troca de uma fatia não revelada, injetou 100 milhões de reais no novo grupo, o Alife Nino.

Rua Jerônimo da Veiga, 30, Jardim Europa, São Paulo

Borgo Mooca

Sim, o restaurante de Matheus Zanchini hoje fica em Santa Cecília, no imóvel que já foi do Così. Mas ele continua a homenagear o bairro no qual surgiu e ajudou a transformar num destino gastronômico descolado. Não existe monotonia no cardápio, que se renova semanalmente com receitas autorais e diferentes influências culturais. Torça para encontrar no menu o lombo de atum cru com melancia tostada, coalhada e tapenade de olivas tostadas (76 reais) ou o ovo com gema mole, acompanhado de carne de siri, batata e maionese de bottarga (38 reais).

Rua Barão de Tatuí, 302, Santa Cecilia, São Paulo

Camélia Òdòdó

Bela Gil

Bela Gil em seu restaurante em São Paulo: jantar beneficente no Eataly (Leandro Fonseca/Exame)

Sim, a chef Bela Gil serve melancia grelhada em seu restaurante, o paulistano Camélia Òdòdó. O ingrediente faz parte do prato do dia das segundas-feiras, apelidado de churrasco de segunda (63 reais). Junta arroz de cúrcuma, vinagrete de feijão manteiguinha, maionese de inhame e salada verde com molho de cenoura e gengibre, além de espetinho de tofu com a tal melancia – que a baiana preparou na TV e deu o que falar. Polêmicas à parte, ela serve ótimos pratos que não pesam no estômago. Outro exemplo é o pappardelle com creme de castanhas, cogumelos e ervas frescas (69 reais).

Rua Girassol, 451B, Vila Madalena, São Paulo

Kinoshita

Deu origem ao pequeno império gastronômico de Marcelo Fernandes na Vila Nova Conceição. Morador do bairro desde a época em que era sócio do D.O.M, o restaurateur encontrou o ponto do japonês no dia do nascimento de seu filho mais velho, Rafael, que veio ao mundo no hospital São Luiz, nos arredores. Para testemunhar a chegada do primogênito, Fernandes estacionou em frente do imóvel que era ocupado por uma unidade, que estava fechando, da rotisseria Il Pastaio. Ele transformou o endereço no Kinoshita, que ostenta uma estrela no Guia Michelin e é conhecido por servir menus degustação com direito a ingredientes sazonais – o que é harmonizado com champagne Krug, com dez etapas, custa 2.367,81 reais, para duas pessoas.

Rua Jacques Félix, 405, Vila Nova Conceição, São Paulo

Tasca da Esquina

Desde o começo do ano, São Paulo não tem uma Tasca de Esquina – tem duas. A segunda filial verde-amarela do restaurante do chef português Vítor Sobral fica em Pinheiros, onde antes funcionou o Purgatório, de vida breve – a matriz se encontra em Lisboa e, sim, nenhuma unidade ocupa exatamente uma esquina. Em qualquer um dos empreendimentos, poucos clientes resistem ao bolinho de bacalhau (42 reais) ou ao croquete de presunto cru (44 reais) como abre-alas. Para continuar há boas entradas como tentáculos de polvo com mandioquinha frita, vinagrete e hortelã (102 reais) e lulas salteadas com lâminas de palmito fresco (85 reais). O arroz de pato com pancetta e chouriço português (115 reais) é um dos hits entre os pratos principais, assim como o clássico bacalhau ao forno com cebola caramelizada e batatas assadas (159 reais).

Alameda Itu, 225, Cerqueira César, São Paulo; Rua dos Pinheiros, 436, Pinheiros, São Paulo

Tangará Jean-Georges

Foi no luxuoso Palácio Tangará – considerado pelo mercado como o primeiro hotel seis estrelas do país – que o renomado chef francês Jean-Georges Vongerichten estabeleceu laços com o Brasil. Sob o comando de Filipe Rizzato, o restaurante honra as técnicas francesas, mas a principal inspiração são os sabores exóticos e aromáticos do Oriente. O cardápio lista desde sushi crocante de salmão com chipotle, shoyo e mel (92 reais) até carré de cordeiro em crosta picante com alcachofras braseadas e vagem holandesa (189 reais). Já o menu de seis tempos custa 675 reais.

Rua Deputado Laércio Corte, 1501, Panamby, São Paulo

Modern Mamma Osteria

Lasanha do restaurante Modern Mamma Osteria. (Rodolfo Regini)

Para começar, dificilmente alguém chamará o Modern Mamma Osteria pelo nome completo – e sim pela abreviação “Moma”. Em segundo lugar, você provavelmente não vai resistir à versão da lasanha criada por Salvatore Loi, que por anos reinou na cozinha do Fasano. Com recheio de vitelo, leva creme de grana padano e trufas negras (79 reais). Assinado por Loi e seu sócio Paulo Barros, o menu está recheado de outras tentações como papardelle com abóbora, amareto e mostarda (68 reais) e o tradicionalíssimo rigatoni cacio e pepe (65 reais).

Rua Manuel Guedes, 160, Itaim, São Paulo
Rua Ferreira de Araújo, 342, Pinheiros

Imma (SP)

É a concretização de um sonho de vida de Marcelo Giachini, que estudou gastronomia na prestigiosa unidade parisiense do Le Cordon Bleu, mas ganhou a vida, durante anos, como executivo da importadora Casa Flora. Chef e sócio do restaurante que foca em pratos mediterrâneos, ele expede entradas como tartare de atum ao molho cítrico (59 reais) e brandade de bacalhau (59 reais), uma espécie de escondidinho com lascas do pescado e batata com azeitona preta ao molho de tomate e pimentão vermelho. Servido em pedaços, o cordeiro assado chega à mesa com feijão-branco e farofa de pão com cebola confitada no azeite (94 reais).

Rua Emanuel Kant, 58, Jardim Europa, São Paulo

Donna

Donna. (Mário Rodrigues/Divulgação)

Em 2020, o restaurante Lilu, de André Mifano, ganhou um ponto final. Um ponto final a contragosto: inaugurado em 2026, o empreendimento deixou de existir porque seu imóvel foi demolido para dar lugar a um empreendimento imobiliário. O chef, que ganhou fama nacional como jurado do programa The Taste Brasil, na GNT, voltou à cena com o Donna, cujo cardápio presta tributo à cultura ítalo-paulista. O risoto de joelho de porco com milho tostado, redução de uva com trufas, molho glacê e pururuca, é um dos hits do menu. Que, por sinal, também se volta aos vegetarianos com receitas como fettuccine com ricota e bruschetta com ricota de búfala.

Rua Peixoto Gomide, 1815, Jardim Paulista, São Paulo

Nōsu

Fica fora do eixo mais badalado de São Paulo, mais exatamente na Zona Norte. E talvez seja só por isso que não tenha se convertido – ainda – num dos japoneses mais conhecidos da cidade. Com visual arrojado que impacta até quem está na rua, tem pé-direito alto, teto e paredes de bambu e iluminação difusa. Em atividade desde 2016, serve niguiris de atum com foie gras (19 reais) e de salmão com ovo de codorna (20 reais), entre outros. O sashimi de atum bluefin custa 42 reais e o atum maçaricado sai a 26 reais. Também há combinados que custam até 712 reais, para três pessoas, e pratos quentes como tempurá de camarão (52 reais). O preço do menu degustação é 222 reais.

Rua Maria Curupaiti, 414, Santana, São Paulo

Acompanhe tudo sobre:GastronomiaRestaurantessao-paulo

Mais de Casual

20 anos de romance: descubra Charleston por meio das locações de Diário de Uma Paixão

Recém-lançada, Ferrari de quase R$ 4 milhões já vendeu 20 unidades no Brasil

O supercarro português de luxo que chega ao mercado por R$ 9 milhões

Dia Nacional do Coquetel: 9 drinques clássicos revisitados para provar em São Paulo

Mais na Exame