Cena da 2ª temporada de Dark, série alemã da Netflix: uma das melhores séries de língua não-inglesa dos últimos tempos (Netflix/Divulgação)
Marília Almeida
Publicado em 20 de junho de 2019 às 12h00.
Última atualização em 20 de junho de 2019 às 12h00.
Ao lado de “Trapped”, uma produção islandesa, “Dark” se apresentou como uma das melhores séries de língua não-inglesa dos últimos tempos. Criada na Alemanha por Baran bo Odar e Jantje Friese, ela captura os telespectadores de imediato ao apresentar a história do sumiço de uma criança em 2019 em Winden, uma pequena cidade com longo histórico de segredos. O desaparecimento afeta diretamente quatro famílias ou, para ser mais exato, três gerações delas.
Comparada a “Stranger Things” pela atmosfera e pelos acontecimentos sobrenaturais, que incluem viagens no tempo, “Dark” terminou à beira de um apocalipse na primeira temporada. O que vem pela frente não convém revelar. Mas vale contar que os produtores anunciaram que tudo se encerra na terceira temporada, já em gravação. Onde assistir: Netflix, estreia de 21 de junho.
Produtor executivo de franquias cinematográficas milionárias, como "Homem de Ferro" e "Vingadores", Jon Favreau tem a comida com um de seus grandes hobbies. Produzido e protagonizado por ele, o filme “Chef”, de 2014, a respeito de um cozinheiro incensado que termina dentro de um food truck, comprova o enorme apreço dele pelo tema.
Tirado do papel pela Netflix, “The Chef Show” é mais uma saborosa incursão da Favreau pela gastronomia. Na companhia de estrelas de seu círculo como Gwyneth Paltrow, Robert Downey Jr. e Robert Rodriguez, o produtor boa-praça explora as mais diferentes culinárias.
Para quem se habituou aos insossos programas do tipo criados no Brasil é um bálsamo constatar a espontaneidade do roteiro. Um aperitivo: em um episódio, Gwyneth Paltrow é informada de que participou de “Homem Aranha”, do que ela não lembrava. Onde assistir: Netflix, estreou dia 7 de junho.
Morto há uma década, o baiano Mario Cravo Neto herdou o interesse pela artes do pai, o artista Mario Cravo Júnior. Ficou mais conhecido pela fotografia e pela escultura, mas também se dedicou à realização de instalações e desenhos. Como fotógrafo, foi um dos primeiros de sua geração a conquistar ampla projeção internacional, realizando inúmeras exposições em diversos países a partir da década de 1970.
Há trabalhos dele nos acervos de instituições como o Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMa, o Museu de Arte de São Paulo, o Masp, e a Coleção Patricia Phelps de Cisneros, sediada em Caracas, na Venezuela. A mostra em cartaz na Galeria Millan, em São Paulo, agrupa 52 obras como esculturas, instalações e desenhos.
Elas foram produzidas entre os anos de 1960, em Nova York, onde ele morou por alguns anos, e o início dos anos 1980, em Salvador, a cidade natal do artista. Onde: Galeria Millan - Anexo, Rua Fradique Coutinho, 1.416, Vila Madalena, São Paulo. Até 13 de julho.
A mostra é composta por 58 imagens, incluindo o documentário “La Mia Battaglia”, de 2016, do cineasta siciliano Franco Maresco. Fotógrafa desde a década de 1970 e editora de fotografia do cotidiano L’Ora a partir de 1974, Letizia Battaglia sempre manteve sua câmera pronta para registrar o cotidiano de Palermo, palco de conflitos violentos em virtude da chamada “Guerra da Máfia” até os anos 1980.
Suas fotografias mais conhecidas revelam a brutalidade daquela época. Mas Battaglia, que viraria uma das fotógrafas europeias mais conhecidas de sua geração, também documentou os bairros pobres de Palermo, os movimentos políticos e o despertar de novos comportamentos sociais. Em cartaz no IMS do Rio de Janeiro até março, a mostra agora ocupa a unidade paulistana da instituição. Onde: IMS Paulista, Avenida Paulista, 2.424, São Paulo. Até 22 de setembro.