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Museu da Língua Portuguesa reabre com presença de presidentes lusófonos

Líderes de Cabo Verde e Portugal e os ex-presidentes brasileiros FHC, Sarney e Temer devem participar. O presidente Jair Bolsonaro não confirmou presença

Museu da Língua Portuguesa: o prédio passou anos sendo restaurado depois de um incêndio em dezembro de 2015. (MIGUEL SCHINCARIOL/Getty Images)
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Matheus Doliveira

Publicado em 31 de julho de 2021 às 07h24.

Em 2015, um incêndio de proporções homéricas destruiu completamente o prédio do Museu da Língua Portuguesa no centro de São Paulo. Seis anos depois, a partir das 11 horas da manhã deste sábado, as instalações serão finalmente reinauguradas e abertas ao público, com direito à presença de ex-presidentes brasileiros e de líderes dos países lusófonos.

Em coletiva de imprensa nesta semana, o governador de São Paulo João Doria confirmou a presença dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Michel Temer. Jorge Carlos Fonseca, presidente de Cabo Verde, e Marcelo Rabelo de Souza, líder de Portugal, também estão confirmados.

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Além do atual presidente Jair Bolsonaro, Doria afirmou ter convidado todos os ex-presidentes. A única que recusou formalmente o convite foi Dilma Rousseff, que se desculpou por não poder comparecer à cerimônia. Os demais presidentes não deram resposta, incluindo Bolsonaro.

A reabertura será transmitida ao vivo através das redes sociais do museu e do Youtube na manhã deste sábado. Já amanhã, primeiro de agosto, o público poderá voltar a frequentar o prédio histórico, mas respeitando algumas regras de distanciamento.

Os ingressos para visitar as instalações devem ser comprados exclusivamente através da internet, numa tentativa de evitar filas no local. Grupos de até 40 pessoas com horário agendado poderão ficar nas dependências do museu por até 45 minutos.Os visitantes receberão chaveiros touchscreen para evitar toque nas telas interativas.

Mais atrações

O Museu, fundado em 2006, reabre com novas atrações e com algumas que já são velhas conhecidas entre os antigos frequentadores. Entre as novidades, estão a instalação “Línguas do Mundo”, que destaca 23 das mais de 7 mil línguas faladas no mundo contemporâneo; “Falares”, que mostra os diferentes sotaques e expressões do idioma no Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que apresenta a diversidade da língua nos países lusófonos.

Segundo o site do museu, permanecem no acervo instalações famosos como a “Palavras Cruzadas”, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil, “Praça da Língua”, que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo imersivo.

A reabertura do Museu destruído pelo fogo após arrastados seis anos acontece na mesma semana em que a Cinemateca, maior acervo do cinema brasileiro, também foi consumida por chamas.

No caso da Cinemateca, ainda não se sabe ao certo o que foi de fato perdido. Só ontem, um ano após o Governo Federal ter assumido a administração do aparelho cultural, a Secretaria Especial da Cultura, pasta de Mario Frias, publicou um edital para contratar uma entidade gestora para a Cinemateca --- ao menos para o que sobrou dela.

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