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Morre o influente rabino sefardi Ovadia Yosef, aos 93 anos

Seus seguidores acatavam seus pronunciamentos como se fossem mandamentos divinos

Rabino Ovadia Yosef: religioso era chamado de "o aiatolá de Israel" por seus críticos, que viam características racistas em muitos dos seus discursos (Arquivo/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 13h57.

Jerusalém - O rabino Ovadia Yosef, que contribuiu para dar força política à comunidade dos judeus sefarditas de Israel, morreu nesta segunda-feira, aos 93 anos, causando consternação à sua multidão de seguidores.

Yosef era chamado de "o aiatolá de Israel" por seus críticos, que viam características racistas em muitos dos seus discursos -- como ao comparar os palestinos a cobras, ou dizer que Deus pôs os gentios na Terra para que servissem aos judeus.

Por intermédio do partido Shas (Guardiães da Torá Sefardita), que ele fundou no começo da década de 1980, Yosef exerceu uma influência política ímpar em Israel a partir do seu modesto apartamento de Jerusalém. No auge do seu poder, o Shas serviu como fiel da balança na política israelense, capaz de formar ou desfazer coalizões de governo.

O rabino e teólogo, nascido no Iraque, falava hebraico com forte sotaque árabe, o que às vezes tornava difícil a compreensão, mas não impedia que seus seguidores acatassem seus pronunciamentos como se fossem mandamentos divinos. Yosef costumava ser visto com túnicas douradas e turbante.

"Não quero nem descrever o que pode, Deus nos livre, acontecer (depois da morte de Yosef)", disse o parlamentar Arye Deri, do Shas, à rádio religiosa Kol Barama. "Como o mundo irá andar sem o sol? Como o mundo irá andar sem a lua? O que será de nós? Quem irá nos liderar? Como isso vai acontecer?"  Jeffrey Heller

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Por intermédio do partido Shas (Guardiães da Torá Sefardita), que ele fundou no começo da década de 1980, Yosef exerceu uma influência política ímpar em Israel a partir do seu modesto apartamento de Jerusalém. No auge do seu poder, o Shas serviu como fiel da balança na política israelense, capaz de formar ou desfazer coalizões de governo.

O rabino e teólogo, nascido no Iraque, falava hebraico com forte sotaque árabe, o que às vezes tornava difícil a compreensão, mas não impedia que seus seguidores acatassem seus pronunciamentos como se fossem mandamentos divinos. Yosef costumava ser visto com túnicas douradas e turbante.

"Não quero nem descrever o que pode, Deus nos livre, acontecer (depois da morte de Yosef)", disse o parlamentar Arye Deri, do Shas, à rádio religiosa Kol Barama. "Como o mundo irá andar sem o sol? Como o mundo irá andar sem a lua? O que será de nós? Quem irá nos liderar? Como isso vai acontecer?"  Jeffrey Heller

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