Lorin Maazel: ele morreu no Estado norte-americano da Virgínia após complicações decorrentes de uma pneumonia (Marcelo Del Pozo/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2014 às 11h15.
Nova York - O maestro Lorin Maazel, um prodígio quando criança que mais tarde dirigiu a Filarmônica de Nova York, a Orquestra Sinfônica de Pittsburgh e a Filarmônica de Munique, morreu no domingo aos 84 anos, de acordo com o festival de música fundado por ele.
Maazel morreu no Estado norte-americano da Virgínia após complicações decorrentes de uma pneumonia, disse o festival Castleton em uma comunicado em seu site. Maazel nasceu em Paris em 1930, de pais norte-americanos, e passou sua vida na música como compositor, maestro e até mesmo diplomata, quando levou a Filarmônica de Nova York para um concerto sem precedentes na Coreia do Norte, em 2008, buscando abrir as portas de um dos países mais isolados do mundo.
Uma audiência formada pela elite comunista da Coreia do Norte ovacionou de pé a orquestra mais antiga dos Estados Unidos na capital, Pyongyang.
Alguns músicos ficaram tão emocionados que deixaram o palco em lágrimas. Entre seus 9 e 15 anos, Maazel conduziu a maioria das grandes orquestras norte-americanas, incluindo a Orquestra Sinfônica NBC, a convite de Arturo Toscanini, segundo o site oficial do maestro. No total, ele conduziu mais de 150 orquestras em mais de 5.000 concertos e apresentações de ópera.
Ele fez 300 gravações, incluindo ciclos completos de sinfonias de Beethoven, Brahms, Debussy, Mahler, Schubert, Tchaikovsky, Rachmaninoff e Richard Strauss, e ganhou 10 prêmios de música clássica Grands Prix du Disques. Em 2009, fundou o Castleton Festival, um evento anual de verão em sua fazenda na Virgínia, onde realizou apresentações e seminários de treinamento.
Durante a noite de abertura do festival de 2014, Maazel disse que trabalhar com jovens músicos e cantores era “mais do que um trabalho de amor - era um trabalho de alegria”.