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Harry's Bar: os 100 anos de um canto de Manhattan em Paris

Um dos bares mais tradicionais da cidade francesa foi frequentado por Ernest Hemingway e já apareceu até nos filmes de James Bond

O legendário Harry's Bar está comemorando cem anos nesta quinta-feira (Mehdi Fedouach/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 11h13.

Paris - Lugar preferido de Ernest Hemingway, local de nascimento do Bloody Mary e de veneração para gerações de americanos longe da pátria: o Harry's Bar comemora o centésimo aniversário nesta quinta-feira, mantendo-se fiel a sua identidade - trazendo um pouco de Manhattan para o coração de Paris .

"Cada vez que passo por Paris, venho aqui, para um coquetel. A gente sente aí o peso da história, é qualquer coisa que demora muito tempo para ser criado", comenta Michael Formosa, um americano que vive em Londres, saboreando um Gibson, um Martini, ou cebolas pequenas em conserva, que substituem a tradicional azeitona.

"Vivi 12 anos em Nova York e este é um lugar que você pode encontrar uma parte de Penn Station" (uma das principais estações de Manhattan), afirma.

Um tanto escondido numa pequena rua do centro de Paris, 5 rue Daunou, perto da 'Opéra', com um letreiro em néon vermelho e ouro, o Harry's Bar não é muito diferente das cervejarias e dos bistrôs franceses tradicionais que o cercam.

Atrás de um velho balcão de madeira, os 'barmen' de aventais brancos misturam com destreza os coquetéis ou enchem os copos de whisky. Cafés e vinhos não são servidos à noite e não há nenhum aparelho de televisão ou de música que impediria os clientes de conversar.

"Não é um lugar muito 'ligado', mas é por isso que não ficará démodé", considera Isabelle MacElhone, a proprietária da venerável instituição.

A história da família MacElhone confunde-se com a do Harry's Bar, desde seu nascimento, sob o nome de "The New York Bar" no dia de Ação de Granças, Thanksgiving, de 1911, que será marcado, este ano, por uma festa para 300 convidadeos, coincidindo com a divulgação de um livro sobre o estabelecimento.

Harry MacElhone, um escocês de Dundee, havia sido contratado como empregado pelo primeiro proprietário, Tod Sloane, um jóquei americano instalado em Paris que se queixava de não poder beber um coquetel 'decente', na capital francesa.


Preocupado em recriar a atmosfera de um bar americano de antes da Proibição, Tod Sloane enviou, literalmente, o interior de um deles, de Manhattan, através do Atlântico.

O balcão e as paredes acaju, decoradas com insígnias das grandes universidades americanas, dão ainda hoje, ao bar, um caráter particular.

Tod Sloane vendeu, em 1923, o bar a Harry MacElhone, que acrescentou seu nome ao letreiro do estabelecimento, que passou a ser conhecido, depois, com o nome de Harry's Bar.


Nos anos 1920, tornou-se o local favorito dos americanos em Paris, comme Francis Scott Fitzgerald e, principalmente, Ernest Hemingway, um bebedor famoso que foi durante muito tempo um freguês regular, tornando-se amigo da família MacElhone.

O Harry's Bar também foi celebrado na ficção: James Bond qualificou-o de melhor lugar para se beber em Paris e, dizem, que foi em suas mesas que George Gershwin compôs a música "Um americano em Paris".

A lista de seus clientes célebres combina com as famosas criações de coquetéis, desde o primeiro deles, o Bloody Mary, associando vodka, suco de tomate e especiarias, inventado em 1921.

Harry MacElhone morreu em 1958 e o bar passou a ser administrado por seu filho Andy; depois, por seu neto Duncan, marido de Isabelle, falecido em 1998. Seu filho, Franz-Arthur, 23 anos, deseja prosseguir a tradição familiar.

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Um tanto escondido numa pequena rua do centro de Paris, 5 rue Daunou, perto da 'Opéra', com um letreiro em néon vermelho e ouro, o Harry's Bar não é muito diferente das cervejarias e dos bistrôs franceses tradicionais que o cercam.

Atrás de um velho balcão de madeira, os 'barmen' de aventais brancos misturam com destreza os coquetéis ou enchem os copos de whisky. Cafés e vinhos não são servidos à noite e não há nenhum aparelho de televisão ou de música que impediria os clientes de conversar.

"Não é um lugar muito 'ligado', mas é por isso que não ficará démodé", considera Isabelle MacElhone, a proprietária da venerável instituição.

A história da família MacElhone confunde-se com a do Harry's Bar, desde seu nascimento, sob o nome de "The New York Bar" no dia de Ação de Granças, Thanksgiving, de 1911, que será marcado, este ano, por uma festa para 300 convidadeos, coincidindo com a divulgação de um livro sobre o estabelecimento.

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O balcão e as paredes acaju, decoradas com insígnias das grandes universidades americanas, dão ainda hoje, ao bar, um caráter particular.

Tod Sloane vendeu, em 1923, o bar a Harry MacElhone, que acrescentou seu nome ao letreiro do estabelecimento, que passou a ser conhecido, depois, com o nome de Harry's Bar.


Nos anos 1920, tornou-se o local favorito dos americanos em Paris, comme Francis Scott Fitzgerald e, principalmente, Ernest Hemingway, um bebedor famoso que foi durante muito tempo um freguês regular, tornando-se amigo da família MacElhone.

O Harry's Bar também foi celebrado na ficção: James Bond qualificou-o de melhor lugar para se beber em Paris e, dizem, que foi em suas mesas que George Gershwin compôs a música "Um americano em Paris".

A lista de seus clientes célebres combina com as famosas criações de coquetéis, desde o primeiro deles, o Bloody Mary, associando vodka, suco de tomate e especiarias, inventado em 1921.

Harry MacElhone morreu em 1958 e o bar passou a ser administrado por seu filho Andy; depois, por seu neto Duncan, marido de Isabelle, falecido em 1998. Seu filho, Franz-Arthur, 23 anos, deseja prosseguir a tradição familiar.

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