Gol é reestilizado antes de mudar por completo; veja fotos
Painel também vem com novidades e conta com equipamentos voltados à conectividade
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 11h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h19.
A Volkswagen precisa reanimar as vendas do modelo que já foi o mais vendido do país – por 27 anos. Após quase três décadas na liderança de vendas, a vida do Gol ficou difícil. Ele levou um olé do Onix e não anda conseguindo passar por rivais tradicionais, como o Palio. Assim como ficamos de joelhos perante a seleção alemã, o velho Gol sucumbiu à concorrência. Mas, ao contrário do nosso time, a Volkswagen não pretende deixar o resultado do jeito que está. Confira navegando nas fotos.
Entre as mudanças na estratégia do jogo está um novo visual na dianteira. O para-choques foi reformulado, sobretudo na parte inferior. Uma nova entrada de ar, maior, confere robustez por se estender até as laterais.
Os faróis de longo alcance trocaram de formato: eram um retângulo trapézio. Agora são circulares. Os refletores dos faróis fizeram o contrário: eram circulares. Agora adotam forma de cunha.
Na traseira, um vinco na lataria une as novas lanternas. As peças receberam um efeito tridimensional, com uma espécie de baixo relevo na parte central. Visto de perfil, não há novidades. Além disso, as rodas e calotas de todas as versões são inéditas.
Na traseira, um vinco na lataria une as novas lanternas. As peças receberam um efeito tridimensional, com uma espécie de baixo relevo na parte central. Visto de perfil, não há novidades. Além disso, as rodas e calotas de todas as versões são inéditas.
Por dentro, o painel foi inteiramente revisto. As saídas de ar circulares foram aposentadas de vez (estrearam no Gol de 2008). Volante, console central, quadro de instrumentos, tudo novo. A versão Highline (top de linha) tem mostrador digital configurável: é possível exibir um velocímetro digital, por exemplo, além do relógio analógico. Nos bancos, mudam apenas as texturas e padrões de tecidos. A estrutura dos assentos permanece a mesma.
A marca também trouxe ao Gol quatro opções de sistemas multimídia, os mesmos já utilizados nos carros mais caros da linha. A versão mais cara (Discover Media), é capaz de espelhar o sistema operacional de smartphones de diversas plataformas (Android Auto, Apple CarPlay e MirrorLink). Oferece também GPS e duas saídas externas, para cartão SD e USB, além de integração com o sensor de estacionamento e volante multifuncional. Mesmo o rádio de entrada terá conexão por Bluetooth para trabalhar em conjunto com o celular dos ocupantes.
O motor 1.0 de 4 cilindros sai de cena e dá espaço ao 1.0 MSI idêntico ao do Up!. O novo bloco utiliza apenas 3 cilindros, mas é mais potente. Gera 82/75 cavalos (com etanol e gasolina) e 10,4/9,7 mkgf, com os mesmos combustíveis. Assim como o subcompacto, abandonou o tanquinho de gasolina para partida a frio. Utiliza um sistema de aquecimento que elimina a necessidade do reservatório auxiliar. A adoção do 1.0 de três cilindros trouxe vantagens. O Gol está mais econômico. Registramos 13 e 17,2 km/l, em ciclos urbano e rodoviário. E foi melhor na prova de 0 a 100 km/h: foram 16,5 segundos ante 18,8 s com a motorização anterior. Já o 1.6 8V permanece sem mudanças, desenvolvendo 104/101 cavalos. Ao contrário do novo 1.0, ainda vem com o anacrônico tanque extra dentro do cofre do motor – tecnologia adotada em 2003, quando o Gol estreou como o primeiro modelo bicombustível do mercado.
O Voyage segue as mesmas mudanças do hatch, mas não teve alterações na traseira. Mas perdeu a versão topo de linha, a Evidence. A partir do lançamento, a opção mais cara passa a ser o Voyage Highline 1.6 I-Motion.
Por ora, a Saveiro permanecerá com o visual antigo - a atualização irá chegar à picape no segundo semestre. No evento de lançamento, por sinal, o presidente da VW no Brasil David Powels disse que a marca irá lançar quatro produtos novos nos próximos quatro anos, incluindo o lançamento de uma nova plataforma.