Figo diz que ex-presidente do Barça foi o culpado por sua saída para o Real
O ex-meia Luis Figo afirma em entrevista publicada pelo jornal português 'Público' que essa é a história verdadeira de sua contratação
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2011 às 16h30.
Lisboa - O ex-meia Luis Figo, que se destacou vestindo a camisa dos dois maiores times da Espanha , culpou o ex-presidente do Barcelona, Josep Lluís Núñez, por ter tomado a polêmica decisão de trocar o clube catalão pelo Real Madrid, há 11 anos, segundo entrevista publicada neste sábado pelo jornal português 'Público'.
O atual diretor de Relações Internacional da Inter de Milão revelou que durante a disputa da Eurocopa de 2000 houve um clube italiano interessado em pagar sua rescisão contratual com o Real. Ele passou a informação para Núñez, que, segundo Figo, duvidou e afirmou que o atleta queria apenas um aumento salarial.
Meses depois, já com a Euro em andamento, o ex-jogador da seleção portuguesa foi informado por seu empresário da época, José Veiga, que o atual presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, que na época era candidato nas eleições do clube, estava disposto a pagar sua cláusula de rescisão, estabelecida então em 60 milhões de euros .
'Voltei a falar com o presidente do Barcelona, e ele voltou a me responder dizendo que o que eu queria era isto e aquilo. Fiquei furioso. Perguntei se ele estava duvidando da minha palavra, e me disse: 'Não, eles que paguem o dinheiro e você vai embora'', relatou Figo.
Irritado, o ex-jogador então disse a Veiga que avaliasse a proposta. Foi assinado então um acordo entre Pérez e Veiga, com uma indenização milionária caso alguma das partes desistisse da transferência.
'Quem tinha assumido a responsabilidade foi José Veiga, no caso de não ir para o Real Madrid, quem tinha que indenizar era ele. Chegou o momento da decisão, eu estava de férias e continuava indeciso. Recebia pressões de todas as partes, também de Joan Gaspart, futuro presidente do Barcelona. Florentino acabou ganhando as eleições e, na mesma noite da votação, todos entraram em um avião, incluindo Veiga, e foram conversar comigo na Sardenha', lembrou.
Figo disse também que tentaram pressioná-lo, inclusive através de sua família, e que por fim viajou com seu empresário e com Pérez até Lisboa, onde assinou um documento em que assumia a responsabilidade pelo contrato, eximindo assim o seu representante.
'Esta é a história verídica da minha contratação. Todo o resto que foi dito não tem nenhum fundamento', garantiu Figo.
O português, considerado como um dos melhores jogadores da história de seu país, afirmou que não se arrependeu de ter se transferido para o Real e que quis atuar pela equipe de Madri 'por uma questão de prestígio'.
O dirigente da Inter recordou também a primeira partida como atleta merengue no estádio Camp Nou, do Barcelona, em que foi recebido de maneira bastante hostil, como era esperado por ele.
'Nenhum atleta no mundo teve a experiência de jogar em um estádio com 100 mil pessoas contra ele', declarou Figo, que considerou o pior daquele confronto o fato de ter saído de campo derrotado.
Lisboa - O ex-meia Luis Figo, que se destacou vestindo a camisa dos dois maiores times da Espanha , culpou o ex-presidente do Barcelona, Josep Lluís Núñez, por ter tomado a polêmica decisão de trocar o clube catalão pelo Real Madrid, há 11 anos, segundo entrevista publicada neste sábado pelo jornal português 'Público'.
O atual diretor de Relações Internacional da Inter de Milão revelou que durante a disputa da Eurocopa de 2000 houve um clube italiano interessado em pagar sua rescisão contratual com o Real. Ele passou a informação para Núñez, que, segundo Figo, duvidou e afirmou que o atleta queria apenas um aumento salarial.
Meses depois, já com a Euro em andamento, o ex-jogador da seleção portuguesa foi informado por seu empresário da época, José Veiga, que o atual presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, que na época era candidato nas eleições do clube, estava disposto a pagar sua cláusula de rescisão, estabelecida então em 60 milhões de euros .
'Voltei a falar com o presidente do Barcelona, e ele voltou a me responder dizendo que o que eu queria era isto e aquilo. Fiquei furioso. Perguntei se ele estava duvidando da minha palavra, e me disse: 'Não, eles que paguem o dinheiro e você vai embora'', relatou Figo.
Irritado, o ex-jogador então disse a Veiga que avaliasse a proposta. Foi assinado então um acordo entre Pérez e Veiga, com uma indenização milionária caso alguma das partes desistisse da transferência.
'Quem tinha assumido a responsabilidade foi José Veiga, no caso de não ir para o Real Madrid, quem tinha que indenizar era ele. Chegou o momento da decisão, eu estava de férias e continuava indeciso. Recebia pressões de todas as partes, também de Joan Gaspart, futuro presidente do Barcelona. Florentino acabou ganhando as eleições e, na mesma noite da votação, todos entraram em um avião, incluindo Veiga, e foram conversar comigo na Sardenha', lembrou.
Figo disse também que tentaram pressioná-lo, inclusive através de sua família, e que por fim viajou com seu empresário e com Pérez até Lisboa, onde assinou um documento em que assumia a responsabilidade pelo contrato, eximindo assim o seu representante.
'Esta é a história verídica da minha contratação. Todo o resto que foi dito não tem nenhum fundamento', garantiu Figo.
O português, considerado como um dos melhores jogadores da história de seu país, afirmou que não se arrependeu de ter se transferido para o Real e que quis atuar pela equipe de Madri 'por uma questão de prestígio'.
O dirigente da Inter recordou também a primeira partida como atleta merengue no estádio Camp Nou, do Barcelona, em que foi recebido de maneira bastante hostil, como era esperado por ele.
'Nenhum atleta no mundo teve a experiência de jogar em um estádio com 100 mil pessoas contra ele', declarou Figo, que considerou o pior daquele confronto o fato de ter saído de campo derrotado.