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Emissoras de TV condenam Super Liga dissidente de futebol europeu

Se a nova liga for adiante, grupos de mídia que correm o risco de ver o valor de seus direitos existentes desaparecer terão que decidir se querem batalhar pelas novas partidas

Doze clubes da Europa criam Superliga dissidente. (Nacho Doce/Reuters)
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Julia Storch

Publicado em 20 de abril de 2021 às 08h45.

Última atualização em 20 de abril de 2021 às 22h29.

Emissoras de televisão que gastaram bilhões de dólares para ter o direito de exibir os jogos da Liga dos Campeões condenaram o projeto de alguns dos principais clubes europeus de formar uma Super Liga dissidente, e afirmaram que a iniciativa representa uma ameaça ao futuro do esporte.

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A notícia de que 12 clubes, incluindo Real Madrid, Juventus e Manchester United, uniram forças para criar uma nova competição pode prejudicar os contratos de mídia existentes que ajudam a financiar o esporte.

Se a nova liga for adiante, grupos de mídia que correm o risco de ver o valor de seus direitos existentes desaparecer terão que decidir se querem batalhar pelas novas partidas, possivelmente contra rivais como a Amazon ou ESPN, segundo analistas.

O Financial Times disse que os organizadores da Superliga mantiveram discussões iniciais com algumas emissoras, buscando garantir acordos com empresas como Amazon, Facebook, Disney (dona da ESPN) e Sky, de propriedade da Comcast, que aumentariam a receita anual atual de 4 bilhões de euros.

O Facebook e uma fonte familiarizada com a situação na Amazon disseram nesta segunda-feira que não estavam conversando sobre direitos de transmissão.

Analistas disseram que Amazon e ESPN podem estar na pole position para comprar os direitos de exibição da nova liga, uma vez que têm menos vínculos com as federações que atualmente controlam os contratos de transmissão.

"As emissoras tradicionais, como a Sky, podem ficar mais paralisadas porque complicariam as relações com seus outros contratos (por exemplo, torneios internacionais de futebol ou ligas nacionais)", disse o analista de mídia Ian Whittaker.

A BT, que detém o direito de exibir a Liga dos Campeões da Uefa no Reino Unido, a Mediapro, da Espanha, e o serviço de streaming DAZN condenaram a proposta da Superliga ou se distanciaram dela.

Caso a Super Liga siga em frente, a novidade iria ameaçar não só a viabilidade da Liga dos Campeões, mas também a importância das ligas nacionais, depois que autoridades alertaram que qualquer clube ou jogador que participar da nova competição pode ser banido de todas as outras competições.

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