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Em 28 meses, Mano convocou mais de 100 jogadores

Após diversos testes, Mano Menezes deixa a seleção com uma equipe montada ao seu estilo

Mano Menezes brinca em treino da seleção: para lidar com as estrelas, o gestor também precisa de humildade (Ricardo Stuckert/ CBF)

Mano Menezes brinca em treino da seleção: para lidar com as estrelas, o gestor também precisa de humildade (Ricardo Stuckert/ CBF)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 18h51.

São Paulo - O técnico Mano Menezes convocou mais de 100 jogadores até encontrar a sua seleção brasileira de futebol ideal. Quando parecia encaminhar o time que jogará a Copa das Confederações, em casa, em junho do ano que vem, foi demitido pelo presidente da CBF, José Maria Marin.

Ajudou a inflar a lista centenária as convocações de atletas que atuam apenas no País para as duas edições do Superclássicos das Américas, diante da Argentina, em 2011 e neste ano. Além disso, o treinador chamou para amistosos da seleção principal atletas da equipe olímpica, para fazer testes.

Mas isso não apaga a dificuldade que o treinador teve para encontrar o seu time ideal. Só no gol a seleção principal teve quatro titulares diferentes em um período de apenas 28 meses de trabalho de Mano Menezes: Victor, Jefferson, Julio Cesar e Diego Alves. Além deles, outros nove tiveram oportunidade de serem observados de perto pelo treinador.

Diante do fracasso do time de Dunga na Copa do Mundo da África do Sul, Mano Menezes teve que lidar com a cobrança da opinião pública - e da cúpula da CBF - para que a seleção fosse renovada, ao mesmo tempo em que tentou, em poucas oportunidades, dar chance aos remanescentes do grupo do seu antecessor. De cara, só Robinho, Thiago Silva, Daniel Alves e Ramires foram aproveitados.


Quando a coisa apertou, Mano Menezes recorreu a mais alguns veteranos. Convocou Julio Cesar, Lúcio e Maicon para a Copa América, mas o fracasso na competição limou o espaço deles. Luis Fabiano foi chamado para Superclássico de 2012 e Kaká ganhou uma oportunidade - bem aproveitada - nos amistosos do segundo semestre deste ano.

A decepção com a medalha de prata em Londres também não ajudou. Diversos nomes daquela equipe tiveram as portas fechadas na seleção, casos do lateral-direito Rafael e do zagueiro Juan, titulares, respectivamente, do Manchester United e da Inter de Milão.

Após diversos testes, Mano Menezes deixa a seleção com uma equipe montada ao seu estilo. Ainda que não seja incontestável, Diego Alves vinha sendo titular no gol e a defesa é de conhecimento geral: Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo. No meio, Paulinho e Ramires pareciam não ter mais contestação.

Na frente, Mano Menezes passou a testar a equipe sem um centroavante fixo e aprovou a formação com Oscar, Kaká, Neymar e Hulk. Mas aí floresceram suas incoerências. Sempre convocado, Leandro Damião passou a ficar na reserva de quem estivesse à disposição, fosse Hulk, Luis Fabiano, Fred ou mesmo Thiago Neves. Lucas, outro que sempre estava presente nas listas, era aproveitado apenas nos minutos finais.

Mas foi a convocação para o jogo de volta do Superclássico, realizado nesta quarta, que mais causou polêmicas. Apesar da excelente fase, Ronaldinho Gaúcho ficou de fora para ser convocado Fellype Gabriel, reserva do Botafogo. Na zaga, Durval não apenas foi chamado pela primeira vez aos 32 anos como foi titular diante da Argentina. Jean, eleito o melhor volante do Brasileirão, entrou no segundo tempo para jogar na lateral-direita.

O próximo treinador da seleção, que será anunciado na primeira quinzena de janeiro, terá poucos jogos para impor seu estilo e mudar o grupo de Mano. O primeiro amistoso será em fevereiro, contra a Inglaterra. Depois, são mais quatro datas Fifa, sendo duas em março e duas em junho.

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