Google faz homenagem ao escritor Caio Fernando Abreu em doodle interativo
Escritor brasileiro completaria 70 anos nesta quarta-feira (12)
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O escritor Caio Fernando Abreu: Doodle interativo remete a obras do escritor gaúcho (Divulgação/Divulgação)
Publicado em 12 de setembro de 2018, 11h19.
Última atualização em 12 de setembro de 2018, 11h49.
São Paulo - O escritor, dramaturgo e jornalista gaúcho Caio Fernando Abreu faria 70 anos nesta quarta-feira (12). Para homenageá-lo, o Google criou um Doodle interativo que remete a links sobre o autor e suas obras.
Um de seus livros mais conhecidos é "Morangos Mofados", no qual narra histórias sobre solidão, sexo, amor, medo e morte, temas que permeiam toda a sua obra. Por sua obra, ganhou três prêmios Jabuti.
O escritor chegou a estudar letras, mas acabou abandonando o curso na faculdade para atuar como jornalista de entretenimento em inúmeros jornais.
Por conta de suas visões políticas, sua literatura transgressora e por ser assumidamente homossexual, chegou a ser perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) em 1968, durante a ditadura.
Caio Fernando Abreu morreu em 1996 sob os efeitos da AIDs, cerca de dois anos depois de descobrir que tinha a doença. Acabou se tornando conhecido pelas novas gerações por suas declarações, frequentemente citadas nas redes sociais.
Sites como "O Pensador" reúne algumas delas. Abaixo, a mais compartilhada:
"Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade".
Escritor também ganha exposição
A partir desta quinta-feira (13) será aberta no Acervo do Museu Nacional da República, em Brasília, a exposição "Doces Memórias", que conta a história de Caio, a partir de recortes de sua trajetória expostos em retrospectiva e conectados às principais referências do autor, como a música, o cinema, a literatura, a astrologia e as artes.
Trechos de suas obras e acessórios pessoais se misturam a cenários que lembram o autor. A inseparável máquina de escrever, que apelidou de "Virginia Wolf" e o laptop, "Robocop”, completam a ambientação.
Cartas, manuscritos e documentos da sua vida pessoal e profissional também foram emprestados pela família do autor e pelo acervo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), para que o visitante conheça os originais, hoje disponíveis apenas para pesquisadores.
A exposição já passou por Porto Alegre e Rio de Janeiro e chegará a São Paulo no ano que vem. Ela se encerra em Brasília no dia 28 de outubro.
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