Distribuidoras nacionais se fortalecem, diz estudo
Entre 2009 e 2011, a renda total passou de aproximadamente R$ 970 milhões em 2009, para R$ 1,44 bilhões em 2011
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2012 às 16h52.
São Paulo - A Ancine publica no Observatório do Cinema e do Audiovisual - OCA, em seu portal, o Informe Anual da Superintendência de Acompanhamento de Mercado sobre distribuição de cinema , relativo a 2011.
O informe revela um forte crescimento entre 2009 e 2011, com o número de ingressos vendidos ao ano saltando de 112 milhões para quase 144 milhões (28%). A renda total passou de aproximadamente R$ 970 milhões em 2009, para R$ 1,44 bilhões em 2011.
As distribuidoras nacionais se destacam no informe, em comparação com as estrangeiras. Entre 2009 e 2011, as distribuidoras internacionais apresentaram um aumento de 21% no número de ingressos vendidos, enquanto as nacionais passaram de 26 milhões para quase 40 milhões de ingressos anuais, representando um crescimento superior a 50% no mesmo período. Considerando apenas os filmes brasileiros, a participação das distribuidoras brasileiras na venda de ingressos dobrou, passando de 35% do total em 2009 para 60% em 2010, e 70% em 2011.
O relatório aponta que um dos fatores que explicam o sucesso recente de distribuidoras nacionais é a "disponibilidade de um bom número de filmes estadunidenses produzidos fora dos grandes estúdios, porém com bom potencial comercial". Ou seja, da safra norte-americana que não é produzida pelas companhias majors.
Outro fator apontado, neste caso com relação aos filmes brasileiros, é a criação de duas modalidades de fomento direto para estimular a distribuição: a linha C do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), voltada à aquisição de direitos de distribuição de obras cinematográficas de longa‐metragem de produção independente, que contou, em 2011, com R$ 25 milhões do total; e o Prêmio Adicional de Renda (PAR), cujos recursos devem ser aplicados em novos projetos e que contou com quase R$ 2.2 milhões para distribuição em 2011. Também é importante mencionar que alguns Funcines, fundos de investimento incentivados, também vêm investindo na distribuição de longas brasileiros.
O estudo aponta ainda que as cinco companhias internacionais que atuaram no Brasil em 2011 lançaram um total de 98 títulos, entre os quais dez brasileiros. A Paramount/Universal, com 28 filmes lançados, superou os 30 milhões de ingressos vendidos em 2011, que correspondem a mais de 20% do total. Em seguida vieram a Fox, a Sony e a Warner.
A Paris Filmes, primeira colocada entre as nacionais, teve a 5ª maior bilheteria acumulada do ano, com o lançamento de 23 títulos (sendo três brasileiros), entre os quais “A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1”, maior bilheteria do ano.
Ainda entre as nacionais, a Imagem ficou com a sétima colocação, com 31 lançamentos
(sendo 1 em codistribuição com a Riofilme) e mais de 11,6 milhões de ingressos vendidos. Destes, oito lançamentos e cerca de 4 milhões de ingressos correspondem a títulos brasileiros.
A maior distribuidora exclusiva de filmes brasileiros, em termos de resultados de bilheteria, foi a
Downtown, com nove títulos lançados (sendo quatro em parceria com a Riofilme e um em parceria com a Paris) e cerca de 6,6 milhões de ingressos vendidos.
Bilheteria
A performance dos títulos brasileiros em bilheteria é positiva na comparação entre 2009 e 2011. no entanto, houve uma queda significativa em relação em a 2010. Em 2009, foram vendidos 16,092 milhões de ingressos para filmes brasileiro. Já em 2010, 25,687 milhões, contra 17,869 milhões em 2011. Em termos de renda, os filmes brasileiros fizeram no triênio R$ 131,94 milhões, R$ 225.96 milhões e R$ 163,27milhões, em sequência. A queda em 2011 em relação ao ano anterior pode ser explicada pela safra. Em 2010 foi lançado o longa "Tropa de Elite 2", um recorde de bilheteria.
Leia na íntegra o Informe Anual de Distribuição.
São Paulo - A Ancine publica no Observatório do Cinema e do Audiovisual - OCA, em seu portal, o Informe Anual da Superintendência de Acompanhamento de Mercado sobre distribuição de cinema , relativo a 2011.
O informe revela um forte crescimento entre 2009 e 2011, com o número de ingressos vendidos ao ano saltando de 112 milhões para quase 144 milhões (28%). A renda total passou de aproximadamente R$ 970 milhões em 2009, para R$ 1,44 bilhões em 2011.
As distribuidoras nacionais se destacam no informe, em comparação com as estrangeiras. Entre 2009 e 2011, as distribuidoras internacionais apresentaram um aumento de 21% no número de ingressos vendidos, enquanto as nacionais passaram de 26 milhões para quase 40 milhões de ingressos anuais, representando um crescimento superior a 50% no mesmo período. Considerando apenas os filmes brasileiros, a participação das distribuidoras brasileiras na venda de ingressos dobrou, passando de 35% do total em 2009 para 60% em 2010, e 70% em 2011.
O relatório aponta que um dos fatores que explicam o sucesso recente de distribuidoras nacionais é a "disponibilidade de um bom número de filmes estadunidenses produzidos fora dos grandes estúdios, porém com bom potencial comercial". Ou seja, da safra norte-americana que não é produzida pelas companhias majors.
Outro fator apontado, neste caso com relação aos filmes brasileiros, é a criação de duas modalidades de fomento direto para estimular a distribuição: a linha C do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), voltada à aquisição de direitos de distribuição de obras cinematográficas de longa‐metragem de produção independente, que contou, em 2011, com R$ 25 milhões do total; e o Prêmio Adicional de Renda (PAR), cujos recursos devem ser aplicados em novos projetos e que contou com quase R$ 2.2 milhões para distribuição em 2011. Também é importante mencionar que alguns Funcines, fundos de investimento incentivados, também vêm investindo na distribuição de longas brasileiros.
O estudo aponta ainda que as cinco companhias internacionais que atuaram no Brasil em 2011 lançaram um total de 98 títulos, entre os quais dez brasileiros. A Paramount/Universal, com 28 filmes lançados, superou os 30 milhões de ingressos vendidos em 2011, que correspondem a mais de 20% do total. Em seguida vieram a Fox, a Sony e a Warner.
A Paris Filmes, primeira colocada entre as nacionais, teve a 5ª maior bilheteria acumulada do ano, com o lançamento de 23 títulos (sendo três brasileiros), entre os quais “A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1”, maior bilheteria do ano.
Ainda entre as nacionais, a Imagem ficou com a sétima colocação, com 31 lançamentos
(sendo 1 em codistribuição com a Riofilme) e mais de 11,6 milhões de ingressos vendidos. Destes, oito lançamentos e cerca de 4 milhões de ingressos correspondem a títulos brasileiros.
A maior distribuidora exclusiva de filmes brasileiros, em termos de resultados de bilheteria, foi a
Downtown, com nove títulos lançados (sendo quatro em parceria com a Riofilme e um em parceria com a Paris) e cerca de 6,6 milhões de ingressos vendidos.
Bilheteria
A performance dos títulos brasileiros em bilheteria é positiva na comparação entre 2009 e 2011. no entanto, houve uma queda significativa em relação em a 2010. Em 2009, foram vendidos 16,092 milhões de ingressos para filmes brasileiro. Já em 2010, 25,687 milhões, contra 17,869 milhões em 2011. Em termos de renda, os filmes brasileiros fizeram no triênio R$ 131,94 milhões, R$ 225.96 milhões e R$ 163,27milhões, em sequência. A queda em 2011 em relação ao ano anterior pode ser explicada pela safra. Em 2010 foi lançado o longa "Tropa de Elite 2", um recorde de bilheteria.
Leia na íntegra o Informe Anual de Distribuição.