Exame Logo

“Corro de 180 a 200 km por semana”, diz recordista queniano

Geoffrey Mutai veio ao Brasil para disputar a meia maratona do Rio de Janeiro e contou como é sua rotina de treinamento

Geoffrey Mutai: apesar do ótimo desempenho, os treinos nunca são fáceis (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h53.

São Paulo - O jeito tímido e a voz baixa do maratonista Geoffrey Mutai não mostram, à primeira vista, o currículo recheado do atleta , que veio ao Brasil para correr na meia maratona do Rio de Janeiro (21,097 km), no dia 18 de agosto. O queniano bateu o recorde na maratona de Boston (de 42,7 km), em 2011, consagrando-se o mais rápido do mundo com a marca de duas horas, três minutos e dois segundos. Ele também venceu a maratona de Nova York (42,195 km), em 2011, e de Berlim (42,195 km), em 2012.

Modesto até onde é possível, ele espera vencer a prova do próximo domingo, mas não fez grandes promessas, em entrevista coletiva realizada em São Paulo nesta quinta-feira. Mesmo assim, ele deixou claro que está bem preparado para enfrentar os outros esportistas na competição.

Isso porque, cerca de dois meses antes de uma competição, ele executa um plano pesado de treinamento. Tudo começa na segunda-feira, quando deve correr de cinco a 10 quilômetros pela manhã e a mesma quantidade à tarde. Terça-feira é dia de velocidade, que começa com 10 km de manhã e, depois do almoço, mais 20 km.

Na quarta-feira o ritmo aperta um pouco mais. Neste dia, ele percorre cerca de 20 km logo cedo e, mais tarde, outros 10 km. Como os trajetos incluem morros e lugares acidentados, a dificuldade aumenta, mas é na quinta-feira que o cansaço chega ao seu auge. "Acordo às quatro horas da manhã para fazer uma corrida de 40 a 45 quilômetros com um grupo de outros atletas. Esse treino deixa todos preocupados e mal descansamos na noite anterior, só de pensar no dia seguinte", diz.

Depois do sufoco, na sexta-feira, a distância é de 20 km pela manhã e 10 à tarde. No sábado, o treino de velocidade realizado na terça é repetido. O descanso vem apenas no domingo. “No final de uma semana de treino, eu percorro entre 180 km a 200 km”, diz. Isso significa que, em seis dias, ele faz a pé uma distância maior do que a de uma viagem entre São Paulo e a cidade de Campos do Jordão (a 173 km da capital).

Para quem já ganhou tantas provas, isso pode parecer fácil, mas não é. “Eu sinto dor como todo mundo sente. Todo o tempo as coisas são difíceis, mas tenho ambição para vencer. É como se eu fosse um aluno que se prepara para fazer, no final do ano, uma grande prova. Nada é fácil”, afirma o atleta. Para vencer, não tem segredo, basta trabalhar duro e se preparar psicologicamente.

E foco parece não faltar. Segundo Mutai, os únicos pensamentos que passam por sua cabeça quando está cumprindo uma prova são o tempo que precisa fazer e a linha de chegada. Sua esposa e suas duas filhas (uma de 5 e outra de 2 anos de idade) só ocupam sua mente quando tem tempo para desfrutar com elas, nas poucas e valiosas folgas entre uma maratona e outra.

São Paulo - O jeito tímido e a voz baixa do maratonista Geoffrey Mutai não mostram, à primeira vista, o currículo recheado do atleta , que veio ao Brasil para correr na meia maratona do Rio de Janeiro (21,097 km), no dia 18 de agosto. O queniano bateu o recorde na maratona de Boston (de 42,7 km), em 2011, consagrando-se o mais rápido do mundo com a marca de duas horas, três minutos e dois segundos. Ele também venceu a maratona de Nova York (42,195 km), em 2011, e de Berlim (42,195 km), em 2012.

Modesto até onde é possível, ele espera vencer a prova do próximo domingo, mas não fez grandes promessas, em entrevista coletiva realizada em São Paulo nesta quinta-feira. Mesmo assim, ele deixou claro que está bem preparado para enfrentar os outros esportistas na competição.

Isso porque, cerca de dois meses antes de uma competição, ele executa um plano pesado de treinamento. Tudo começa na segunda-feira, quando deve correr de cinco a 10 quilômetros pela manhã e a mesma quantidade à tarde. Terça-feira é dia de velocidade, que começa com 10 km de manhã e, depois do almoço, mais 20 km.

Na quarta-feira o ritmo aperta um pouco mais. Neste dia, ele percorre cerca de 20 km logo cedo e, mais tarde, outros 10 km. Como os trajetos incluem morros e lugares acidentados, a dificuldade aumenta, mas é na quinta-feira que o cansaço chega ao seu auge. "Acordo às quatro horas da manhã para fazer uma corrida de 40 a 45 quilômetros com um grupo de outros atletas. Esse treino deixa todos preocupados e mal descansamos na noite anterior, só de pensar no dia seguinte", diz.

Depois do sufoco, na sexta-feira, a distância é de 20 km pela manhã e 10 à tarde. No sábado, o treino de velocidade realizado na terça é repetido. O descanso vem apenas no domingo. “No final de uma semana de treino, eu percorro entre 180 km a 200 km”, diz. Isso significa que, em seis dias, ele faz a pé uma distância maior do que a de uma viagem entre São Paulo e a cidade de Campos do Jordão (a 173 km da capital).

Para quem já ganhou tantas provas, isso pode parecer fácil, mas não é. “Eu sinto dor como todo mundo sente. Todo o tempo as coisas são difíceis, mas tenho ambição para vencer. É como se eu fosse um aluno que se prepara para fazer, no final do ano, uma grande prova. Nada é fácil”, afirma o atleta. Para vencer, não tem segredo, basta trabalhar duro e se preparar psicologicamente.

E foco parece não faltar. Segundo Mutai, os únicos pensamentos que passam por sua cabeça quando está cumprindo uma prova são o tempo que precisa fazer e a linha de chegada. Sua esposa e suas duas filhas (uma de 5 e outra de 2 anos de idade) só ocupam sua mente quando tem tempo para desfrutar com elas, nas poucas e valiosas folgas entre uma maratona e outra.

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Casual

Mais na Exame