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Como é viajar para São Paulo agora, segundo moradores locais

A megacidade vive dias melhores. Em 8 de novembro, São Paulo registrou zero morte pela Covid-19, a primeira vez desde o início da pandemia. Veja o que esperar caso esteja pensando em visitar São Paulo

Masp apresenta programa internacional Friends of Masp. (wsfurlan/Getty Images)
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Bloomberg

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 12h55.

Por mais de um ano, os domingos na Avenida Paulista ficaram silenciosos. Com aglomerações proibidas a partir de março de 2020, o programa “Ruas Abertas”, criado para que pedestres a aproveitem sem o movimento de carros, teve de ser interrompido.

Agora, na segunda metade de 2021, com muitas restrições da pandemia suspensas, a Paulista voltou a ser uma vitrine da diversidade de São Paulo, com moradores se dirigindo ao Masp, parando no Caffè Ristoro e passeando pelo Parque Trianon.

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A megacidade vive dias melhores. Em 8 de novembro, São Paulo registrou zero morte pela Covid-19, a primeira vez desde o início da pandemia. Cerca de 89% da população elegível está completamente vacinada. Lojas fechadas são vistas por toda parte e a população sem-teto aumentou, mas há provas de recuperação: bares e restaurantes estão lotados e até baladas foram reabertas após ficarem fechadas por 18 meses.

O aeroporto de Guarulhos registrou cerca de 15 milhões de viagens nos últimos nove meses, um salto de 85,7% na comparação anual, mas ainda 38,5% abaixo dos níveis pré-Covid. Apesar da inflação de dois dígitos, um real enfraquecido pode ser favorável a estrangeiros, que só precisam mostrar um PCR negativo feito 72 horas antes da viagem e uma declaração de saúde para entrar no país.

Veja o que esperar caso esteja pensando em visitar São Paulo.

Culinária

Cerca de metade dos restaurantes e bares da cidade fecharam definitivamente suas portas em 2020, segundo a Abrasel. As restrições foram suspensas em 17 de agosto. Os emblemáticos rodízios de churrascarias, que podem ser considerados hostis na pandemia pela quantidade de pessoas e proximidade das mesas, permanecem teimosamente inalterados.

O projeto “ Ocupa Rua ” tem ajudado alguns restaurantes a colocar mesas em calçadas. Aos sábados, Sede261, um bar de vinhos com apenas 12 lugares, ocupa uma rua no bairro de Pinheiros e resfria garrafas em uma banheira cheia de gelo, oferecendo a bebida com ostras e refeições preparadas por chefs convidados.

Entre as novidades está o Caos Brasilis, inaugurado em setembro de 2021 pelo chef Bruno Hoffmann, que participou do reality show Mestre do Sabor, e aprimora pratos tradicionais brasileiros. Há também Kazuo, em frente ao Shopping Iguatemi, cujo exterior hipermoderno de treliça azul neon não lembra as tradições pan-asiáticas que inspiram as refeições do chef Kazuo Harada.

Cultura

Mercadão em São Paulo. (Bloomberg)

Se você quer manter cautela: São Paulo tem muitos parques, como o famoso Parque Ibirapuera, de 1,6 milhão de metros quadrados. Faça um piquenique, pratique esportes ou visite o Museu Afro Brasil. Parques menos conhecidos são o Cantareira, com suas trilhas na mata, ou o Jaraguá, que pode levá-lo ao ponto mais alto da cidade.

Se você deseja um retorno suave: Entusiastas da culinária podem explorar a Zona Cerealista, que vende todos os tipos de ingredientes locais ou o mercado municipal de São Paulo (“Mercadão”), que oferece muitas variedades de frutas tropicais e os famosos sanduíches de mortadela, com quase meio quilo de carne e muito queijo.

Outra opção é o Museu da Língua Portuguesa, reaberto em julho após ficar fechado por seis anos depois de um incêndio. O museu dá vida a tópicos densos como a etimologia por meio de instalações com alta tecnologia.

Se você quiser fingir que a pandemia nunca existiu: desde 1º de novembro, todas as restrições a eventos foram suspensas. Casas noturnas e shows estão reabertos. Tokyo, no centro da cidade, onde foliões esperavam horas para entrar, retomou as festas no fim de semana e o karaokê.

E não há tradição maior do que assistir partidas de futebol do Palmeiras, Corinthians ou São Paulo.

Transporte

O metrô de São Paulo é completo para zonas centrais, mas lotado na hora do rush e algumas pessoas insistem em usar a máscara de forma errada. Os brasileiros são gentis para oferecer informações -- apesar de barreiras linguísticas --, compensando parcialmente os mapas de ônibus difíceis de encontrar e de decifrar.

Conseguir um Uber não é muito fácil. Moradores reclamam em redes sociais que motoristas cancelam corridas e estes mencionam a alta da gasolina -- os preços sobem 39% ante base anual. Isso significa redução de serviço e instabilidade.

Etiqueta Covid

São Paulo mantém o uso obrigatório de máscaras e em raras ocasiões você pode ser multado se esquecer de usá-las. O mais provável é que seja educadamente alertado por seguranças. Passaportes de vacina não são solicitados em restaurantes ou bares. Funcionários podem medir sua temperatura à entrada.

Os beijos na bochecha para dizer ‘olá’ ficaram estranhos com máscaras. A vida voltou quase ao normal em São Paulo, mas cumprimentos com cotovelo lembram que ainda é 2021.

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