Cinema brasileiro leva armas, cocaína e poesia a Londres
Começa em Londres o 5º Festival do Cinema Brasileiro em meio ao renascimento impulsionado pelo sucesso de Fernando Meirelles e Walter Salles
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 16h44.
Londres - Com filmes que mostram desde o despertar sexual de uma poeta norte-americana até uma história de amor interrompida por traição, cocaína e um fuzil Winchester, começa na quinta-feira em Londres o 5º Festival do Cinema Brasileiro.
O Brasil está desfrutando de um momento de renascimento cinematográfico impulsionado pelo sucesso de diretores como Fernando Meirelles, de "Cidade de Deus", e Walter Salles, cujo recente "Na Estrada" teve no elenco Kristen Stewart e Sam Riley.
"Para nosso primeiro festival, em Miami (em 1997), nós só podíamos escolher entre 12 filmes. Hoje, produzimos cerca de 400 filmes por ano e, como setor, estamos crescendo a cada ano", disse à Reuters uma das organizadoras do festival, Adriana Dutra.
"Agora nós temos um monte de profissionais trabalhando no exterior... todos influenciando positivamente o setor no país", acrescentou.
Até recentemente nomes internacionais eram uma exceção em uma indústria que enfrentava dificuldades para conseguir financiamento e repercussão. Agora, diretores como Meirelles e Salles abrem a porta para jovens cineastas e atores que estão surgindo.
Londres, cidade que abriga um número estimado de 200 mil brasileiros, é um lugar perfeito para exibir o renascente cinema brasileiro, segundo os organizadores do festival.
"Londres é uma grande cidade cultural e uma importante parceira do cinema brasileiro em termos de coproduções, por isso, esperamos que nossa presença possa melhorar esses laços", disse Adriana.
Muitos dos filmes exportados pelo Brasil foram rodados no Rio de Janeiro, com suas favelas e paisagens naturais, mas a produção que encerra o festival deste ano, "Faroeste Caboclo" ("Brazilian Western" na versão em inglês), acontece em Brasília.
Baseado em uma música dos anos 1980 da banda Legião Urbana, o filme foi um dos maiores sucessos de bilheteria dos últimos anos no Brasil, atraindo 1,5 milhão de espectadores.
"Eu quis mostrar a Brasília verdadeira, longe do governo, de modo que as pessoas pudessem ver como realmente é", disse à Reuters o diretor René Sampaio, nascido e criado na capital federal.
O filme conta a história de um homem negro pobre, João do Santo Cristo, que deixa a casa da família no sertão depois das mortes da mãe e do pai para tentar uma vida melhor em Brasília. Ele é levado ao submundo da cidade, vendendo drogas para filhos da elite política.
João se apaixona pela filha de um senador, e ela quer que ele abandone o tráfico de drogas. Ele tenta, mas é muito tarde e acaba envolvendo-se em um conflito trágico.
"O filme é sobre alguém se esforçando para impor sua personalidade, mas sendo recusado por ser pobre", disse Sampaio.
Outro filme de destaque é "Flores Raras" ("Reaching for the Moon", na versão em inglês), que trata da viagem da poeta norte-americana Elizabeth Bishop ao Brasil e seu caso de amor com a arquiteta Lota de Macedo Soares.
Dirigido por Bruno Barreto, o filme enfoca como o exotismo do Brasil e o relacionamento de Elizabeth com Lota iniciou um dos períodos mais produtivos da autora.
Londres - Com filmes que mostram desde o despertar sexual de uma poeta norte-americana até uma história de amor interrompida por traição, cocaína e um fuzil Winchester, começa na quinta-feira em Londres o 5º Festival do Cinema Brasileiro.
O Brasil está desfrutando de um momento de renascimento cinematográfico impulsionado pelo sucesso de diretores como Fernando Meirelles, de "Cidade de Deus", e Walter Salles, cujo recente "Na Estrada" teve no elenco Kristen Stewart e Sam Riley.
"Para nosso primeiro festival, em Miami (em 1997), nós só podíamos escolher entre 12 filmes. Hoje, produzimos cerca de 400 filmes por ano e, como setor, estamos crescendo a cada ano", disse à Reuters uma das organizadoras do festival, Adriana Dutra.
"Agora nós temos um monte de profissionais trabalhando no exterior... todos influenciando positivamente o setor no país", acrescentou.
Até recentemente nomes internacionais eram uma exceção em uma indústria que enfrentava dificuldades para conseguir financiamento e repercussão. Agora, diretores como Meirelles e Salles abrem a porta para jovens cineastas e atores que estão surgindo.
Londres, cidade que abriga um número estimado de 200 mil brasileiros, é um lugar perfeito para exibir o renascente cinema brasileiro, segundo os organizadores do festival.
"Londres é uma grande cidade cultural e uma importante parceira do cinema brasileiro em termos de coproduções, por isso, esperamos que nossa presença possa melhorar esses laços", disse Adriana.
Muitos dos filmes exportados pelo Brasil foram rodados no Rio de Janeiro, com suas favelas e paisagens naturais, mas a produção que encerra o festival deste ano, "Faroeste Caboclo" ("Brazilian Western" na versão em inglês), acontece em Brasília.
Baseado em uma música dos anos 1980 da banda Legião Urbana, o filme foi um dos maiores sucessos de bilheteria dos últimos anos no Brasil, atraindo 1,5 milhão de espectadores.
"Eu quis mostrar a Brasília verdadeira, longe do governo, de modo que as pessoas pudessem ver como realmente é", disse à Reuters o diretor René Sampaio, nascido e criado na capital federal.
O filme conta a história de um homem negro pobre, João do Santo Cristo, que deixa a casa da família no sertão depois das mortes da mãe e do pai para tentar uma vida melhor em Brasília. Ele é levado ao submundo da cidade, vendendo drogas para filhos da elite política.
João se apaixona pela filha de um senador, e ela quer que ele abandone o tráfico de drogas. Ele tenta, mas é muito tarde e acaba envolvendo-se em um conflito trágico.
"O filme é sobre alguém se esforçando para impor sua personalidade, mas sendo recusado por ser pobre", disse Sampaio.
Outro filme de destaque é "Flores Raras" ("Reaching for the Moon", na versão em inglês), que trata da viagem da poeta norte-americana Elizabeth Bishop ao Brasil e seu caso de amor com a arquiteta Lota de Macedo Soares.
Dirigido por Bruno Barreto, o filme enfoca como o exotismo do Brasil e o relacionamento de Elizabeth com Lota iniciou um dos períodos mais produtivos da autora.