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Carrie Fisher, a princesa de uma galáxia muito distante

A atriz morreu nesta terça-feira aos 60 anos, após sofrer um infarto há quatro dias dentro de um avião que chegava a Los Angeles

Carrie: a atriz tinha retomado o papel no bem-sucedido relançamento da saga com o filme "Star Wars: O Despertar da Força", em dezembro de 2015 (Star Wars/Divulgação)

Carrie: a atriz tinha retomado o papel no bem-sucedido relançamento da saga com o filme "Star Wars: O Despertar da Força", em dezembro de 2015 (Star Wars/Divulgação)

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EFE

Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 17h37.

Última atualização em 27 de dezembro de 2016 às 17h55.

Los Angeles - Há papéis que acompanham os atores por toda a vida, e Carrie Fisher, que morreu nesta terça-feira, aos 60 anos, após sofrer um infarto há quatro dias dentro de um avião que chegava a Los Angeles, ficará marcada para sempre como a inesquecível princesa Leia de "Star Wars".

Sua coragem e bravura em defesa dos rebeldes contra o Império, o característico penteado e o romance com Han Solo (Harrison Ford) foram os pontos que mais chamaram a atenção na personagem, que colocou Carrie no estrelato e marcado definitivamente a atriz.

Carrie tinha retomado o papel no bem-sucedido relançamento da saga com o filme "Star Wars: O Despertar da Força", em dezembro de 2015.

Sua participação estava confirmava no oitavo episódio da série, com previsão de estreia para o próximo ano. Além disso, tinha sido apresentado recentemente o livro "O Diário da Princesa", na qual ela relatava experiências, curiosidades e segredos sobre as gravações de "Star Wars".

Carrie nasceu em 21 de outubro em Beverly Hills (EUA), com o sangue do entretenimento correndo em suas veias, já que é filha do cantor Eddie Fisher e da atriz Debbie Reynolds.

Seus primeiros passos no mundo da interpretação foram dados como estudante de arte dramática na Royal Central School de Londres e como parte do elenco de "Irene" (1973), um musical da Broadway que era protagonizado por sua mãe.

A estreia nos cinemas chegou pelas mãos de Warren Beatty, que por muito tempo tentava emplacar o projeto do filme "Shampoo". Por fim, o longa-metragem acabou dirigido por Hal Ashby e estreou em 1975, com Beatty e Julie Christie como protagonistas. Fisher ganhou um papel secundário na trama.

Naquela época, o jovem cineasta George Lucas, que tinha adquirido prestígio pelo bom rendimento de "Loucuras de Verão" (1973), tentava tirar do papel um filme de ficção-científica que quase ninguém da indústria de Hollywood confiava.

Para fazer a princesa Leia, o único papel feminino com verdadeiro peso na trilogia original de "Star Wars", foram cotados os nomes de Amy Irving e Jodie Foster, mas foi Carrie Fisher que entrou no set de gravação com Mark Hamill (Luke Skywalker) e Harrison Ford.

Contra todas as previsões, "Star Wars: Uma Nova Esperança" (1977) foi um grande sucesso de bilheteria e se transformou em um fenômeno entre os fãs.

Além disso, o filme era uma máquina imparável de fazer dinheiro, especialmente com a venda de merchandising.

De acordo com o site especializado "Box Office Mojo", "Star Wars: Uma Nova Esperança" é o segundo filme com maior bilheteria da história com os valores corrigidos para as cotações atuais, com US$ 1,53 bilhão de arrecadação. Só perde para "...E o Vento Levou" (1939), com US$ 1,74 bilhão.

Fisher retornou ao universo de "Star Wars" em "O Império Contra-Ataca" (1980) e "O Retorno de Jedi" (1983), em seus anos de maior esplendor na carreira.

Junto com a fama, como se revelaria depois, veio uma época conturbada para atriz, que teve que lidar com problemas com o álcool e as drogas.

"As pessoas querem que eu diga que sinto nojo de interpretar Leia e que isso arruinou minha vida. Se minha vida era tão fácil de arruinar, então merecia ser arruinada", disse em 2015 a atriz em entrevista ao "The Daily Beast".

Após "Star Wars", a popularidade de Carrie foi caindo progressivamente e sua carreira não teve a continuidade necessária para que ela mantivesse o status de estrela em Hollywood.

Apesar disso, ela participou de filmes como "Irmãos Cara de Pau" (1980), "Hannah e Suas Irmãs" (1986) e "Harry & Sally: Feitos um para o Outro" (1989).

Então, a atriz decidiu mudar e começou a trabalhar como escritora. Entre os vários livros que assinou, destaque para "Postcards from the Edge", um romance com trechos autobiográficos que chegaria às telonas em 1990, com o nome de "Lembranças de Hollywood", roteiro de Carrie, direção de Mike Nichols, e Merry Streep e Shirley MacLaine como protagonistas.

Ela também escreveu os livros "Wishful Drinking" (2008) e "Shocakholic" (2011) e os roteiros dos filmes "As Damas de Hollywood" (2001) e "E-Girl" (2007).

Os últimos trabalhos no cinema antes de voltar à saga "Star Wars foram "Pacto Secreto" (2009) e "Mapas para as Estrelas" (2014).

Recentemente, ela tinha lançado o livro de não-ficção "O Diário da Princesa", no qual, entre outros segredos, Carrie revelou que teve uma romance com Harrison Ford durante a gravação de "Star Wars", uma irônica recriação na vida real dos fatos ocorridos entre seus personagens Han Solo e princesa Leia no filme.

Fisher foi casada nos anos 80 com o cantor Paul Simon. Depois, teve uma relação com Bryan Lourd, que é pai de sua única filha, Billie Lourd, também atriz.

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