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5 dicas para quem quer comprar um iate

Com mais de 25 anos de experiência no mercado náutico, Marcio Christiansen, CEO do Ferretigroup Brasil, revela como é o mundo dos iates de luxo

Iate Ferreti: barco mais barato não sai por menos de R$ 4,5 milhões (Divulgação)
RK

Rafael Kato

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 10h17.

Iate é marketing pessoal

Não adianta comprar um iate e não mostrar para os amigos. Assim como qualquer ambiente masculino, a competição é sempre para ver quem possui o maior. O local para isso é a Praia do Dentista, em Angra do Reis. “A plataforma vira uma grande passarela. Tem dia com 30 barcos parados. Um faz churrasco, outro toca música sertaneja. Tem hora que aglomera muita gente na popa. Todo mundo sobe pro barco do amigo que tem a popa maior”.

Iate é fashion

“Em Cannes, há um desfile de iates. O locutor anuncia o estaleiro, o modelo e o barco vem e faz uma volta. Você pode dar uma nota para cada um. De noite é a mesma coisa, só que com o barco todo iluminado”

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Iate não é o problema

Sabe o dito “um barco te dá duas alegrias: na hora da compra e na hora da venda? Então, para Christiansen já não funciona mais assim. “Se fosse há trinta anos, eu diria que é verdade. Não se tinha manutenção, tinha que viajar com mecânico junto, tinha barco que explodia ou pegava fogo e não tinha marina. HA visão hoje mudou muito. 90% dos meus clientes compram um barco de novo. Apenas 10% desistem. Os motivos? Se separaram da mulher ou a empresa faliu. É difícil encontrar uma pessoa que não gostou da náutica”.

Iate é investimento

“Barcos não desvalorizam. Cansei de vender barco de cliente pelo mesmo preço que ele comprou. O cara usa por três, quatro anos e não perde dinheiro. Acabei de vender o do Fábio Auriemo, do grupo JHS, para o presidente da Embratel [José Formoso Martínez], que tinha vendido um barco, ficou com saudade do mar e me procurou.”

Iate bom é o seu

Se você não quer gastar R$ 4,5 milhões num barco, então saiba que o prejuízo e a dor de cabeça de quem aluga podem ser maiores. “Nos EUA e na Europa, você aluga barcos com uma tripulação treinada. Eles falam pelo menos dois idiomas, têm todos os cursos de segurança. Você preenche um relatório do que você quer comer e quais vinhos você quer. Eles colocam tudo no barco e você não precisa se preocupar com mais nada. No Brasil, o barco para charter não tem manutenção, o marinheiro é o primeiro que aparece na marina e ela ainda pede uma caixinha para melhorar os serviços de bordo. Se acontecer alguma coisa, o dono some e você não tem garantia de nada”

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