13 erros da 2ª temporada de Narcos, segundo filho de Escobar
O filho do traficante não gostou de algumas mudanças feitas pela Netflix e contou a história real por trás de cenas da série
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2016 às 17h15.
O escritor e arquiteto Sebastian Marroquin nasceu com o infame nome de Juan Pablo Escobar - e, por causa disso, passou grande parte da sua vida fugindo.
Se escondeu com a família na Argentina, onde mora até hoje. Mas ser filho de Pablo Escobar, um dos maiores narcotraficantes da história, nunca deixou de ser parte da sua identidade - e é, de certa forma, um emprego, já que o rapaz filmou o documentário Os Pecados de Meu Pai e publicou um livro sobre a história da família.
Por tudo isso, assistir Narcos para ele não foi nada parecido com Netflix and chill: o cara anotou cada fato da segunda temporada que não correspondia com a realidade.
O resultado foi um post no Facebook chamado "Narcos e suas 28 Quimeras", que já tem mais de 4 mil compartilhamentos. Selecionamos os 13 erros mais interessantes encontrados por Juan Pablo:
1) Vovó traidora
A mãe de Pablo Escobar já é retratada como uma senhorinha de moral duvidosa na série - mas a versão real de Hermilda teria sido muito pior, segundo o próprio neto.
Ao contrário da apoiadora incondicional no filho que aparece em Narcos, na vida real a matriarca teria se juntado a seu filho mais velho Roberto - e os dois se tornaram colaboradores e informantes do Cartel de Calí e Los Pepes.
A negociação deu tão certo que, enquanto outros parentes de Pablo foram sendo sequestrados e mortos, a velhinha seguiu vivendo normalmente na Colômbia. Assim, nunca precisou se refugiar com o filho e a nora e não chegou a tentar a fuga para a Alemanha com eles.
"Teria gostado muito de ter essa versão tão terna de minha avó que pintam na série", escreveu o neto.
2) Time errado
A série mostra Escobar torcendo pelo Atlético Nacional. Segundo Juan/Sebastian, porém, o pai era fanático pelo Deportivo Independiente Medellín. "Se não sabem dizer o time favorito de Pablo, como se atrevem a contar o resto da história?", o filho escreveu.
Apesar da revolta de Juan Pablo, essa confusão é até compreensível. Em 1989, o Atlético Nacional foi campeão da Libertadores de um jeito muito suspeito.
E aí começaram fortes boatos de que Escobar teria subornado e ameaçado todos os juízes da competição. O narcotraficante investiu dinheiro no clube e gostava de apostar.
Além disso, o Nacional foi o primeiro time colombiano a ganhar o título, tudo somando para tornar o rumor bastante plausível.
3) Carlos vendia Bíblias
A segunda temporada mostra o retorno de Carlos, cunhado de Escobar, à Colômbia, depois de morar um tempo em Miami. Carlos aparece como parte da operação de Pablo e insiste para que a família do país.
Só que, segundo o sobrinho de Carlos, o rapaz nunca foi narcotraficante nem viveu nos EUA. Segundo o jornal El Tiempo, ele era contador.
Segundo Juan, era meio faz-tudo: construía casas, vendia de acrílico a Bíblias e auxiliava Pablo em empreitadas legais, como a Fazenda Nápoles.
Também não morreu em um confronto com a polícia: foi sequestrado pelo grupo Los Pepes, torturado, morto e exposto publicamente, como os tantos cadáveres que aparecem na série.
4) Uns tijolos soltos
O final da primeira temporada de Narcos e o início da segunda giram em torno da fuga de Pablo da prisão que ele construiu para si mesmo - a Catedral.
Só que a vida real não teve ação suficiente para uma season finale. Um único guarda morreu, não houve muito mais confronto.
De acordo com Juan, um plano de escape já foi planejado desde a construção da prisão: "meu pai mandou que deixassem alguns tijolos frouxos", escreveu. Aí a fuga foi posta em prática quando o governo anunciou os planos de transferir Pablo da Catedral, como mostra a série.
5) Excesso de coca
O Cartel de Calí, outro grupo de narcotraficantes que apoia uma iniciativa paramilitar contra Pablo na segunda temporada, também foi muito poderoso na vida real. Mas a série dá a entender que eles cresceram nos EUA investindo no mercado de Nova York e deixando Miami para Pablo.
Só que, para o filho de Escobar, nunca foi bem assim. Essa divisão não era necessária - simplesmente porque, segundo ele, sempre teve muito mais gente querendo comprar droga do que cocaína para ser vendida. O mercado era tão grande que dava e sobrava para os cartéis colombianos.
6) Luxo de refugiados
A segunda temporada de Narcos é marcada por várias vezes em que quase capturaram Pablo - e, na maior parte dos episódios, a família Escobar se transfere de uma mansão para outra, quase como se as casas fossem clonadas.
Mas o luxo diminuiu muito mais rápido depois da fuga da Catedral do que é mostrado na série. Esse erro Juan Pablo experimentou em primeira mão: "vivíamos em cortiços, não em mansões".
7) O destino de La Quica
Apesar de Limón ser o sicário que mais se destaca nessa temporada, seu amigo La Quica aparece como um dos últimos a abandonar o Patrão.
Mas a história do personagem foi bastante adaptada. La Quica foi preso em Nova York cerca de um ano antes da fuga de Pablo para a capital, primeiro por falsidade ideológica e depois por ter sido responsabilizado pela explosão em um vôo da Avianca, que aparece na primeira temporada e matou mais de 100 pessoas.
Segundo Juan Pablo, não só La Quica não estava na Colômbia na época em que se passa a segunda temporada, como também não foi responsável pela bomba no avião. Ele diz que o pai foi o mandante, mas o responsável pelo atentado foi Carlos Castaño.
Não que isso limpe muito a barra de Quica: ele ainda é conhecido como um dos sicários mais sanguinários da história e começou cedo, trabalhando para Pablo desde os 12 anos.
8) Perdão atrasado
Um dos primeiros passos para a queda de Pablo foi a morte de dois dos seus sócios, Moncada e Galeano. Nisso, tanto a série da Netflix quanto Juan Pablo concordam.
Só que eles não foram assassinados pessoalmente por Pablo. A acusação também não era de estarem roubando dinheiro do Patrão. Segundo o Escobar Jr., os dois foram sequestrados pelo Cartel de Calí e prometeram se tornar informantes em troca da vida.
Só que Pablo ficou sabendo. Chegou a bater um arrependimento - ele mandou uma ordem de perdão para Moncada... Só que a encomenda da morte chegou antes.
9) O médico levou a fama
Uma das famílias do narcotráfico colombiano a aparecer na segunda temporada foi a dos irmãos Prisco. Deles, o mais esperto e perturbador era o médico Ricardo, que usava suas habilidades de doutor para torturar e matar seus inimigos.
Mas a série misturou os Priscos. Ricardo era narcotrafiante, mas morreu muito antes do período exibido nos episódios. E ele tinha um irmão médico, que, até onde sabe o filho de Escobar, não se metia com atividades ilícitas e era considerado um "cidadão de bem" em Medellín.
10) Código de honra
Para Juan Pablo, seu pai teve muitos defeitos, mas tinha alguns princípios. Os cartéis da época tinham a regra de não envolver os familiares nos seus negócios (e ameaças). Escobar teria mantido o acordo e por isso o ataque no casamento de Gilberto Rodriguez, chefão do Cartel de Calí, não passaria de ficção.
11) Reunião amigável
Aqui o erro já se torna uma questão de interpretação. Juan Pablo destaca que ele, a mãe e irmã foram mantidos em um quartinho de hotel e que eram reféns da Procuradoria Geral ao invés de estarem sendo protegidos.
Dá para dizer que a série retrata uma circunstância parecida. O que faz mas diferença é quem tinha o poder nessa história. Enquanto em Narcos, o governo parece ser o mais interessado em ter o controle sobre a família Escobar, na vida real Juan Pablo afirma que o escritório do Procurador De Greiff estava totalmente infiltrado pelo Cartel de Calí e a "proteção" dos filhos de Escobar não era feita por agentes do governo e sim pessoas financiadas pelo narcotráfico.
12) Ligações fatais
A família Escobar nunca recebeu telefones especiais do pai. Eles usavam os próprios aparelhos do hotel e estavam cientes do risco da ligação ser rastreada.
"Eu desligava toda a vez que ele me ligava, para protegê-lo. Ele me disse a vida toda que o telefone era a morte", conta Juan, mas o pai foi ficando "caprichoso" e se arriscava cada vez mais em ligações longas.
O filho relata que, na última ligação para a família, Pablo pediu para falar com a mulher e a filha, se identificou para a operadora de telefone com nome e sobrenome e conversou o máximo de tempo que pode, com a clara intenção de ser pego.
13) A morte de Pablo
Esse último telefonema aconteceu no dia em que Pablo foi encontrado em Medellín. Na vida real e na série, Pablo fugiu pelo telhado. Aqui acabam os fatos e começam as teorias.
Para Juan Pablo, a ligação de despedida contribui para o que ele acha, pessoalmente, que aconteceu. "Meu pai se suicidou, como me disse que faria dezenas de vezes.
Não me surpreende que o tiro que o matou tenha sido a dois milímetros de distância, onde sempre me jurou que atiraria". Ele acrescenta ainda que a operação que terminou com a morte de Escobar não foi liderada pela polícia, e sim por Carlos Castaño, que teria relatado a situação pessoalmente à Maria Victoria Henao, a Tata da vida real.
Você pode ver a publicação completa de Juan Pablo/Sebastian, em espanhol, aqui embaixo:
O escritor e arquiteto Sebastian Marroquin nasceu com o infame nome de Juan Pablo Escobar - e, por causa disso, passou grande parte da sua vida fugindo.
Se escondeu com a família na Argentina, onde mora até hoje. Mas ser filho de Pablo Escobar, um dos maiores narcotraficantes da história, nunca deixou de ser parte da sua identidade - e é, de certa forma, um emprego, já que o rapaz filmou o documentário Os Pecados de Meu Pai e publicou um livro sobre a história da família.
Por tudo isso, assistir Narcos para ele não foi nada parecido com Netflix and chill: o cara anotou cada fato da segunda temporada que não correspondia com a realidade.
O resultado foi um post no Facebook chamado "Narcos e suas 28 Quimeras", que já tem mais de 4 mil compartilhamentos. Selecionamos os 13 erros mais interessantes encontrados por Juan Pablo:
1) Vovó traidora
A mãe de Pablo Escobar já é retratada como uma senhorinha de moral duvidosa na série - mas a versão real de Hermilda teria sido muito pior, segundo o próprio neto.
Ao contrário da apoiadora incondicional no filho que aparece em Narcos, na vida real a matriarca teria se juntado a seu filho mais velho Roberto - e os dois se tornaram colaboradores e informantes do Cartel de Calí e Los Pepes.
A negociação deu tão certo que, enquanto outros parentes de Pablo foram sendo sequestrados e mortos, a velhinha seguiu vivendo normalmente na Colômbia. Assim, nunca precisou se refugiar com o filho e a nora e não chegou a tentar a fuga para a Alemanha com eles.
"Teria gostado muito de ter essa versão tão terna de minha avó que pintam na série", escreveu o neto.
2) Time errado
A série mostra Escobar torcendo pelo Atlético Nacional. Segundo Juan/Sebastian, porém, o pai era fanático pelo Deportivo Independiente Medellín. "Se não sabem dizer o time favorito de Pablo, como se atrevem a contar o resto da história?", o filho escreveu.
Apesar da revolta de Juan Pablo, essa confusão é até compreensível. Em 1989, o Atlético Nacional foi campeão da Libertadores de um jeito muito suspeito.
E aí começaram fortes boatos de que Escobar teria subornado e ameaçado todos os juízes da competição. O narcotraficante investiu dinheiro no clube e gostava de apostar.
Além disso, o Nacional foi o primeiro time colombiano a ganhar o título, tudo somando para tornar o rumor bastante plausível.
3) Carlos vendia Bíblias
A segunda temporada mostra o retorno de Carlos, cunhado de Escobar, à Colômbia, depois de morar um tempo em Miami. Carlos aparece como parte da operação de Pablo e insiste para que a família do país.
Só que, segundo o sobrinho de Carlos, o rapaz nunca foi narcotraficante nem viveu nos EUA. Segundo o jornal El Tiempo, ele era contador.
Segundo Juan, era meio faz-tudo: construía casas, vendia de acrílico a Bíblias e auxiliava Pablo em empreitadas legais, como a Fazenda Nápoles.
Também não morreu em um confronto com a polícia: foi sequestrado pelo grupo Los Pepes, torturado, morto e exposto publicamente, como os tantos cadáveres que aparecem na série.
4) Uns tijolos soltos
O final da primeira temporada de Narcos e o início da segunda giram em torno da fuga de Pablo da prisão que ele construiu para si mesmo - a Catedral.
Só que a vida real não teve ação suficiente para uma season finale. Um único guarda morreu, não houve muito mais confronto.
De acordo com Juan, um plano de escape já foi planejado desde a construção da prisão: "meu pai mandou que deixassem alguns tijolos frouxos", escreveu. Aí a fuga foi posta em prática quando o governo anunciou os planos de transferir Pablo da Catedral, como mostra a série.
5) Excesso de coca
O Cartel de Calí, outro grupo de narcotraficantes que apoia uma iniciativa paramilitar contra Pablo na segunda temporada, também foi muito poderoso na vida real. Mas a série dá a entender que eles cresceram nos EUA investindo no mercado de Nova York e deixando Miami para Pablo.
Só que, para o filho de Escobar, nunca foi bem assim. Essa divisão não era necessária - simplesmente porque, segundo ele, sempre teve muito mais gente querendo comprar droga do que cocaína para ser vendida. O mercado era tão grande que dava e sobrava para os cartéis colombianos.
6) Luxo de refugiados
A segunda temporada de Narcos é marcada por várias vezes em que quase capturaram Pablo - e, na maior parte dos episódios, a família Escobar se transfere de uma mansão para outra, quase como se as casas fossem clonadas.
Mas o luxo diminuiu muito mais rápido depois da fuga da Catedral do que é mostrado na série. Esse erro Juan Pablo experimentou em primeira mão: "vivíamos em cortiços, não em mansões".
7) O destino de La Quica
Apesar de Limón ser o sicário que mais se destaca nessa temporada, seu amigo La Quica aparece como um dos últimos a abandonar o Patrão.
Mas a história do personagem foi bastante adaptada. La Quica foi preso em Nova York cerca de um ano antes da fuga de Pablo para a capital, primeiro por falsidade ideológica e depois por ter sido responsabilizado pela explosão em um vôo da Avianca, que aparece na primeira temporada e matou mais de 100 pessoas.
Segundo Juan Pablo, não só La Quica não estava na Colômbia na época em que se passa a segunda temporada, como também não foi responsável pela bomba no avião. Ele diz que o pai foi o mandante, mas o responsável pelo atentado foi Carlos Castaño.
Não que isso limpe muito a barra de Quica: ele ainda é conhecido como um dos sicários mais sanguinários da história e começou cedo, trabalhando para Pablo desde os 12 anos.
8) Perdão atrasado
Um dos primeiros passos para a queda de Pablo foi a morte de dois dos seus sócios, Moncada e Galeano. Nisso, tanto a série da Netflix quanto Juan Pablo concordam.
Só que eles não foram assassinados pessoalmente por Pablo. A acusação também não era de estarem roubando dinheiro do Patrão. Segundo o Escobar Jr., os dois foram sequestrados pelo Cartel de Calí e prometeram se tornar informantes em troca da vida.
Só que Pablo ficou sabendo. Chegou a bater um arrependimento - ele mandou uma ordem de perdão para Moncada... Só que a encomenda da morte chegou antes.
9) O médico levou a fama
Uma das famílias do narcotráfico colombiano a aparecer na segunda temporada foi a dos irmãos Prisco. Deles, o mais esperto e perturbador era o médico Ricardo, que usava suas habilidades de doutor para torturar e matar seus inimigos.
Mas a série misturou os Priscos. Ricardo era narcotrafiante, mas morreu muito antes do período exibido nos episódios. E ele tinha um irmão médico, que, até onde sabe o filho de Escobar, não se metia com atividades ilícitas e era considerado um "cidadão de bem" em Medellín.
10) Código de honra
Para Juan Pablo, seu pai teve muitos defeitos, mas tinha alguns princípios. Os cartéis da época tinham a regra de não envolver os familiares nos seus negócios (e ameaças). Escobar teria mantido o acordo e por isso o ataque no casamento de Gilberto Rodriguez, chefão do Cartel de Calí, não passaria de ficção.
11) Reunião amigável
Aqui o erro já se torna uma questão de interpretação. Juan Pablo destaca que ele, a mãe e irmã foram mantidos em um quartinho de hotel e que eram reféns da Procuradoria Geral ao invés de estarem sendo protegidos.
Dá para dizer que a série retrata uma circunstância parecida. O que faz mas diferença é quem tinha o poder nessa história. Enquanto em Narcos, o governo parece ser o mais interessado em ter o controle sobre a família Escobar, na vida real Juan Pablo afirma que o escritório do Procurador De Greiff estava totalmente infiltrado pelo Cartel de Calí e a "proteção" dos filhos de Escobar não era feita por agentes do governo e sim pessoas financiadas pelo narcotráfico.
12) Ligações fatais
A família Escobar nunca recebeu telefones especiais do pai. Eles usavam os próprios aparelhos do hotel e estavam cientes do risco da ligação ser rastreada.
"Eu desligava toda a vez que ele me ligava, para protegê-lo. Ele me disse a vida toda que o telefone era a morte", conta Juan, mas o pai foi ficando "caprichoso" e se arriscava cada vez mais em ligações longas.
O filho relata que, na última ligação para a família, Pablo pediu para falar com a mulher e a filha, se identificou para a operadora de telefone com nome e sobrenome e conversou o máximo de tempo que pode, com a clara intenção de ser pego.
13) A morte de Pablo
Esse último telefonema aconteceu no dia em que Pablo foi encontrado em Medellín. Na vida real e na série, Pablo fugiu pelo telhado. Aqui acabam os fatos e começam as teorias.
Para Juan Pablo, a ligação de despedida contribui para o que ele acha, pessoalmente, que aconteceu. "Meu pai se suicidou, como me disse que faria dezenas de vezes.
Não me surpreende que o tiro que o matou tenha sido a dois milímetros de distância, onde sempre me jurou que atiraria". Ele acrescenta ainda que a operação que terminou com a morte de Escobar não foi liderada pela polícia, e sim por Carlos Castaño, que teria relatado a situação pessoalmente à Maria Victoria Henao, a Tata da vida real.
Você pode ver a publicação completa de Juan Pablo/Sebastian, em espanhol, aqui embaixo: