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Você escuta essas 10 frases com frequência? Isso indica que você tem a “Síndrome do Impostor”

A síndrome é definida como uma distorção cognitiva que leva a pessoa a duvidar de suas habilidades e conquistas; psicóloga explica como se livrar desse problema que pode nascer em casa ou no trabalho

Thirza Reis, psicóloga: “Líderes que não permitem a vulnerabilidade ou que são ambivalentes em suas expectativas podem criar um ambiente onde a autoconfiança dos funcionários é constantemente minada” (Thirza Reis /Divulgação)

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 16h58.

Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 19h52.

Você duvida constantemente de suas capacidades? Se sim, provavelmente, você pode ter a famosa “Síndrome do Impostor”.

Apesar de não ser reconhecida como um distúrbio psicológico oficial, essa síndrome é definida como uma distorção cognitiva que leva a pessoa a duvidar de suas habilidades e conquistas.

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“É como uma voz interna crítica que diminui a autoestima e a confiança, fazendo com que a pessoa se sinta inadequada e desqualificada, independentemente de seu sucesso objetivo”, diz Thirza Reis, psicóloga e coach ontológica há 20 anos.

A origem da síndrome

A origem do termo “Síndrome do Impostor" remonta aos estudos realizados na década de 1970 pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes. Na pesquisa, as americanas investigaram o fenômeno observado em mulheres de alta performance que, apesar de suas realizações evidentes, sentiam-se como fraudes e tinham uma persistente sensação de que seriam desmascaradas a qualquer momento.

Não apenas no passado, mas ainda hoje, essa síndrome é especialmente prevalente entre as mulheres devido a fatores socio-históricos e culturais que impõem expectativas e pressões específicas, afirma Reis, que também é mestre em Desenvolvimento Humano, Estudos de Gênero e Construção da Identidade feminina pela UNB (Brasília) e uma das speakers do Salto Alto, programa de liderança feminina que será realizado em outubro nos Estados Unidos.

“Historicamente falando, existe um recorte de gênero na sociedade que estimula essa síndrome mais em mulheres, porque os homens são muito mais movidos para esse aspecto da realização. É comum eles se sentirem qualificados a fazer algo, enquanto nós mulheres ficamos em um processo de se provar e de sermos mais modestas sobre as nossas conquistas”.

Entre os sintomas da síndrome do impostor, a psicóloga destaca:

“As causas podem variar, mas muitas vezes estão enraizadas em mensagens recebidas durante a infância e em ambientes culturais e profissionais que valorizam a realização sobre a identidade pessoal.”

As frases mais comuns de quem possui a Síndrome do Impostor

A especialista destaca 10 frases mais comum para quem é diagnosticado com a Síndrome do Impostor:

  1. "Eu não sou boa o bastante."
  2. "Eu não estou qualificada o suficiente para assumir este cargo."
  3. "O que essa pessoa viu em mim?"
  4. "Eu não sou tudo isso que dizem que eu sou."
  5. "Se eu aceitar essa posição, vão perceber que sou uma farsa."
  6. "Eu só consegui isso porque tive ajuda de muitas pessoas."
  7. "Eu não deveria estar aqui."
  8. "Eles vão descobrir que eu não sei o que estou fazendo."
  9. "Eu não mereço esse sucesso."
  10. "Tenho medo de que, se cometer um erro, todos perceberão que não sou competente."

A origem do problema e como combatê-lo

Além da educação familiar, a cultura de uma empresa também pode gerar a síndrome do impostor, especialmente em ambientes tóxicos onde a crítica é excessiva e falta suporte, afirma Reis, que reforça que a cultura do medo, a falta de comprometimento e a ambiguidade nas responsabilidades contribuem para a autossabotagem e a desqualificação pessoal.

“Líderes que não permitem a vulnerabilidade ou que são ambivalentes em suas expectativas podem criar um ambiente onde a autoconfiança dos funcionários é constantemente minada", afirma Reis.

Para enfrentar a síndrome do impostor, Reis afirma que é fundamental começar pelo autoconhecimento. “Reconhecer e nomear as vozes críticas internas é o primeiro passo para se diferenciar delas”, diz a especialista que reforça que práticas como a terapia e a mentoria estruturada podem ajudar nesse processo de autoconfiança.

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