USP bate Unicamp em ranking que traz má notícia aos formandos brasileiros
A edição 2019 do QS World University Rankings: Latin America traz 90 universidades brasileiras mas 76 pioraram em um aspecto essencial para quem se forma
Camila Pati
Publicado em 5 de novembro de 2018 às 14h00.
Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 11h59.
São Paulo - A conclusão da equipe da consultoria QS Quacquarelli Symonds, responsável por alguns dos mais respeitados rankings de faculdades do mundo, é de que a confiança dos empregadores nos graduados brasileiros está em baixa.
A edição 2019 do QS World University Rankings: Latin America, divulgada na semana passada, traz 90 universidades brasileiras – entre 400 instituições latino-americanas ranqueadas. Do Brasil, 76 universidades tiveram queda no índice que mede a reputação das instituições no mercado de trabalho.
Pela segunda vez seguida, a Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC Chile) foi classificada como a melhor da América Latina. A Universidade de São Paulo ( USP ) subiu do terceiro para o segundo lugar, trocando de posição com a Universidade Estadual de Campinas ( UNICAMP ).
Depois do Brasil, o México é o país com mais universidades na lista: são 63. A Colômbia tem 53 e o Chile, 40, sendo que uma delas está no topo (de novo).
A visão que as empresas têm dos graduados é um dos oito itens avaliados pela QS e é medida por meio de entrevistas feitas com 42 mil empregadores. A nota dada pelo mercado de trabalho responde por 20% da classificação final de uma instituição.
O maior peso na avaliação é a nota de reputação acadêmica, que vale por 30% do resultado. Proporção entre o número de professores e de alunos, a quantidade de docentes que são doutores, número de citações e quantidade de pesquisas publicadas, força internacional das publicações e o impacto na internet completam os itens avaliados pela QS na hora de ranquear as instituições.
Se a relação com os empregadores se deteriorou de um ano para cá para a maioria das instituições, a produção de pesquisas é animadora, segundo Ben Sowter, diretor da QS,afirmou em nota:
“Há muitos aspectos positivos na performance brasileira deste ano. O sistema mantém-se competitivo e o país ainda abriga as verdadeiras potências de pesquisa na América. Para continuar a melhoria, as instituições devem assegurar-se do relacionamento com empregadores, identificando maneiras de preparar os graduandos para a economia atual”, afirmou.
De acordo com os cálculos da QS, a USP é a instituição que mais produz pesquisas por faculdade na América Latina. As demais instituições brasileiras também vão bem nesse quesito: nove dos 10 melhores resultados do indicador do número de pesquisas por membros da faculdade são de instituições brasileiras.
A seguir, confira quais as 15 melhores universidades brasileiras presentes no ranking da América Latina (a lista completa está disponível no site da QS):
Posição no ranking QS da América Latina | Nome da Instituição de ensino | Posição no grupo das brasileiras |
2 | Universidade de São Paulo | 1 |
3 | Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) | 2 |
9 | Universidade Federal do Rio de Janeiro | 3 |
11 | UNESP | 4 |
12 | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro | 5 |
15 | Universidade Federal de Minas Gerais | 6 |
18 | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | 7 |
22 | Universidade Federal de Santa Catarina | 8 |
27 | Universidade de Brasília | 9 |
31 | Universidade Federal de São Paulo | 10 |
33 | Universidade Federal do Paraná | 11 |
34 | Universidade Federal de São Carlos | 12 |
41 | Universidade Federal de Pernambuco | 13 |
46 | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo | 14 |
49 | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul | 15 |