Ser workaholic saiu de moda? Da geração Z ao executivo sênior, eles querem tempo para vida pessoal
Estudo mostra que número de trabalhadores que colocam a carreira à frente da vida pessoal está diminuindo; hoje, 56% dos profissionais afirmam que qualidade de vida é a prioridade número um
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Publicado em 10 de outubro de 2024 às 17h40.
Por muito tempo, não conseguir se desconectar do trabalho e estar sempre ocupado com tarefas foi glorificado como sinônimo de dedicação profissional – mesmo que isso ocasionasse em estresse, esgotamento e problemas de saúde.
Mas as percepções estão mudando. Da geração Z ao executivo sênior, a tendência agora é priorizar o bem-estar e a felicidade no trabalho . E um estudo recente comprovou isso.
Segundo a pesquisa Carreira dos Sonhos, da Cia de Talentos, houve uma mudança de prioridade entre os profissionais. Em 2016, 67% dos trabalhadores diziam que ter ascensão na carreira era o aspecto mais importante de suas vidas.
Mas, na versão mais recente do estudo, de 2023, esse número despencou: apenas 10% priorizam trabalho e carreira.
'Não se trata apenas da geração mais jovem', diz estudo
Além de mostrar que poucos trabalhadores colocam a carreira à frente da vida pessoal, o estudo revela que, para 56% dos entrevistados, qualidade de vida é a prioridade número um .
“Não se trata de uma perspectiva exclusiva da geração mais jovem. Qualidade de vida, relacionamento familiar e segurança financeira são as principais prioridades para todos os grupos demográficos. Isso refuta a ideia de que apenas as pessoas mais jovens buscam uma vida equilibrada e significativa”, diz o relatório elaborado pela Cia de Talentos.
"A compreensão dessas tendências não só influenciará as decisões empresariais, mas também moldará o cenário futuro das relações de trabalho", alerta a pesquisa.
O que profissionais consideram mais importante em suas vidas? Essas são as respostas apresentadas pelo estudo.
- 56% prioriza qualidade de vida;
- 14% prefere dedicar mais tempo para família;
- 11% considera segurança financeira o mais importante;
- 10% coloca trabalho e carreira em primeiro lugar;
- 6% prioriza impactar positivamente a sociedade;
- 3% prefere ter mais tempo para vida social e lazer.
Há uma janela de oportunidade – mas faltam profissionais
Para aqueles profissionais que desejam construir uma carreira de sucesso, mas sem deixar de lado aspectos importantes da vida pessoal, existe uma gigantesca janela de oportunidade nas empresas com políticas ESG .
Essas organizações compreendem a necessidade de proporcionar um ambiente de trabalho saudável e valorizam aspectos que vão além do desempenho profissional. E a boa notícia é que elas estão buscando por profissionais que compartilham desses mesmos valores. Mas falta mão de obra qualificada para ocupar as centenas de posições abertas.
“Temos mais vagas do que profissionais com formação e experiência para preenchê-las”, diz Mariana Rico, mestra em sustentabilidade pela FGV e coordenadora do MBA em Gestão ESG e Sustentabilidade da Faculdade EXAME.
Para ela, profissionais podem aproveitar esse cenário para se destacar no mercado, sair na frente na corrida por empregos e ainda conquistar uma carreira na qual o sucesso profissional não compete com a vida pessoal.
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De olho naqueles interessados em ingressar no mercado de sustentabilidade, a EXAME acaba de anunciar o Pré-MBA em ESG: Gestão e Sustentabilidade . Apresentado pela executiva Renata Faber, o treinamento é composto por quatro aulas teóricas e práticas (sendo a última ao vivo) e está com inscrições abertas.
O programa tem como objetivo capacitar profissionais de diferentes setores de atuação para construir uma carreira com propósito e ótimos salários em ESG (sigla que está ditando uma verdadeira revolução nas empresas).
*Este conteúdo é apresentado por Faculdade EXAME.