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Inspire-se em seis profissões e suas habilidades para se destacar em processos seletivos, indica especialista

Candidatos esperam entrevista de emprego: habilidades ajudam a se destacar (Thinkstock)

Camila Pati

Publicado em 18 de maio de 2016 às 15h09.

São Paulo — O mercado procura profissionais que não estejam voltados apenas para a questão técnica. A afirmação vem de quem entende do assunto, Patrícia Sampaio, especialista em RH na VAGAS.com.

A empresa hoje administra em torno de 100 milhões de currículos em sua plataforma e, segundo Patrícia, algumas habilidades são “universais” na hora de se destacar em processos seletivos. Apesar de válidas para todos os profissionais, estas competências são mais frequentes em determinadas profissões . Inspire-se nas qualidades inerentes a quem desempenha estas atividades:

1. Vendedor

Um bom vendedor conhece todas as características do seu produto e faz esta comunicação na hora de oferece-lo ao cliente, tanto por meio do currículo como durante a entrevista de emprego.

Esta habilidade é estratégica, de acordo com a especialista do Vaga.com e funciona muito bem para o candidato que está interessado em “vender” seus serviços profissionais para uma empresa.

Mas o que significa ser um bom vendedor de si mesmo? Defina quais os seus principais atributos e resultados de carreira para destacar ao recrutador, indica Patrícia. Só não vale fazer propaganda falsa, porque entrevistadores são treinados para não cair na lábia de profissionais mentirosos.

2. Analista de custo e orçamento

O lema do momento é “fazer mais com menos”. Administrar bem os recursos disponíveis é um ponto importante tanto na vida pessoal quanto profissional.

“As pessoas devem buscar a recolocação ainda com as reservas financeiras em alta”, diz Patrícia. É claro que o tempo de recolocação está maior e nem todos têm reservas suficientes para aguentar longos períodos sem trabalho.

Mas, lembre-se de que desespero por dinheiro tratado como motivação para busca emprego compromete a chance de sucesso na entrevista. Além disso, muita gente está aceitando cargos com salários inferiores, a lei da oferta de procura está desfavorável aos profissionais na busca por emprego.

3. Relações públicas

A habilidade de relações públicas em jogo é a de construção de reputação, o que não se faz da noite para o dia. “Todos os profissionais precisam ter essa visão ao longo da carreira” diz Patrícia.

Cuidar da rede de contatos é um trabalho permanente. E o esforço se mostrará válido na hora de ter acesso a oportunidades profissionais. O networking é uma ferramenta poderosa para quem quer conquistar emprego, mas só se mostra efetivo para aqueles que construíram uma imagem positiva ao longo da trajetória.

4. Psicólogo

A gestão emocional ganha destaque em um momento em que o mau humor tomou conta do mercado brasileiro. “Somos influenciados pelo ambiente e a falta de credibilidade atinge em todas as esferas”, diz Patrícia.

Monitorar o seu nível de autoestima é essencial para não se prejudicar por conta da falta de energia e desânimos latentes em uma entrevista de emprego.

5. Gestor de mídias sociais

“As empresas acessam os perfis dos candidatos”, diz Patrícia. E não são apenas as redes profissionais, como o LinkedIn, em jogo. Reflita se os seus perfis públicos trabalham a seu favor ou contra a sua reputação.

Outro ponto destacado pela especialista, é usar esta ferramenta como fonte de informação. Como a empresa para que você quer trabalhar se posiciona nas redes e como interage com consumidores/clientes? Esse tipo de pesquisa ajuda candidatos em momento de preparação para a entrevista de emprego.

6. Especialista em RH

Você será infinitamente mais feliz se escolher bem a empresa para que trabalha. Candidate-se para posições em lugares com que compartilhe valores. Entenda se determinada cultura organizacional combina com o seu estilo de ser e trabalhar, indica a especialista do Vagas.com.

Existem vários pontos que podem ser observados por quem está de fora da organização, seja durante a entrevista de emprego ou uma visita à sede, por exemplo. Negligenciar esses aspectos pode colocá-lo numa roubada de carreira.

São Paulo – Vantajosa até 2014 para quem era qualificado, a lei da oferta e da procura agora é algoz dos salários no Brasil. Com menos oportunidades e mais gente  disponível no mercado , profissionais estão aceitando salários menores para conseguir emprego mais rápido. Pesquisa feita pela consultoria de recrutamento Page Personnel mostra que remunerações médias estão até 43% mais baixas. O tempo de recolocação também aumentou. “No começo de 2015, um engenheiro de projetos demorava entre 3 e 6 meses para conseguir emprego na área de construção civil, a mais afetada pela crise. Hoje este período dura até um ano”, diz Lucas Oggiam, gerente da Page Personnel. O salário para este profissional também podia chegar até 12 mil reais, mas hoje contratações são fechadas por, no máximo 8 mil reais. “Em todas as áreas ainda há posições que têm salários altos para profissionais de nível sênior, mas em menor número do que antes. Por isso as pessoas estão mais dispostas a ganhar menos para não esperar tanto tempo para conseguir emprego”, diz Oggiam. A expectativa dos profissionais em relação a salário é que mudou com a chegada da crise e o consequente mau humor do mercado. Para alguns cargos que estavam inflacionados pela alta exigência técnica, trata-se de um ajuste. É o caso de posições na área de TI e de  na área financeira contábil. “Devemos ver uma estabilização para estes cargos já que os profissionais estavam ganhando muito acima da faixa”, diz. Em relação à demora para conseguir emprego, o gerente da Personnel afirma que há empresas que estão bem mais criteriosas para contratar. “ Temos visto processos seletivos com até cinco etapas”, diz. Por outro lado, ele também diz que há processos seletivos relâmpago. “É oito ou oitenta. Ou as empresas nos procuram desesperadas e fecham a contratação em uma ou duas semanas, ou são processos mais morosos”, diz. Confira, nas fotos, quais são os profissionais que estão vendo a régua salarial cair e qual o tempo médio para conseguir emprego, segundo os dados da Page Personnel.
  • 2. Engenheiro de projetos na construção civil

    2 /8(Thinkstock/filtro)

  • Veja também

    O que faz: planejamento e execução de projetos  residenciais, comerciais e de infraestrutura na construção civil. Acompanha todo o processo, desde a venda até a entrega da obra. Setor de atuação: empresas nacionais de projetos de engenharia do mercado de construção residencial, comercial e de infraestrutura. Tempo médio para recolocação: 3 a 12 meses. Expectativa salarial há um ano: R$ 8 mil a R$ 12 mil. Expectativa salarial hoje: R$ 6 mil a R$ 8 mil.
  • 3. Analista de comércio exterior

    3 /8(REUTERS/Fabian Bimmer)

  • O que faz: responde por processos de importação e exportação de matérias-primas e produtos acabados. Cuida de toda parte operacional e burocrática da importação ou exportação e atua como elo de ligação entre fornecedores ou matriz no exterior e as áreas de logística, produção e vendas dentro da empresa no Brasil ou clientes nacionais. Setor de atuação: empresas especializadas em importação e exportação e distribuidores de produtos importados. Tempo médio para recolocação: 3 a 12 meses. Expectativa salarial há um ano: R$ 5 mil a R$ 6 mil. Expectativa salarial hoje: R$ 4 mil a R$ 5 mil.
  • 4. Coordenador de TI

    4 /8(Mikhail Popov/Stock Exchange)

    O que faz: coordena a equipe e todas as atividades de tecnologia na empresa. Seu perfil é generalista e este profissional fica à frente dos projetos na área de TI. Também responde pelo relacionamento com fornecedores e faz a gestão de contratos. Setor de atuação: Empresas nacionais ou multinacionais de pequeno porte e médio porte. Tempo médio para recolocação: de 1 a 6 meses. Expectativa salarial há um an o: R$ 9 mil. Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil.
  • 5. Gerente marketing (generalista e fluente em inglês)

    5 /8(Exame.com)

    O que faz: coordena equipe e as atividades de marketing e comunicação. Sua responsabilidade inclui marketing digital e off-line. É ele quem define o planejamento de mídia, eventos, ações pontuais, com foco em aumento de vendas de produtos ou de serviços. Setor de atuação: empresas nacionais ou multinacionais de pequeno porte. Tempo médio para recolocação: de 1 a 12 meses. Expectativa salarial há um ano: R$ 10 mil. Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil.
  • 6. Gerente nacional de vendas (setor alimentício)

    6 /8(Thinkstock)

    O que faz: coordena equipes regionais e seu foco é o aumento do volume de vendas. Treinamento, desenvolvimento e avaliação das equipes também são sua responsabilidade. Setor de atuação: empresas nacionais ou multinacionais de pequeno e médio porte. Tempo médio para recolocação: de 1 a 12 meses. Expectativa salarial há um ano: R$ 10 mil. Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil.
  • 7. Coordenador contábil

    7 /8(Stock Exchange)

    O que faz: coordena área com foco nas atividades de conciliação de contas bancária, reports financeiros da empresa e fechamento contábil. Setor de atuação: empresas nacionais ou multinacionais de pequeno e médio porte. Tempo médio para recolocação: de 1 a 12 meses. Expectativa salarial há um ano: R$ 8 mil a R$ 12 mil. Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil a R$ 10 mil.
  • 8. Ficou deprimido? Inspire-se com histórias de mudança de carreira, quem sabe esse é o caminho

    8 /8(Thinkstock/chochowy)

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