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Quem tem MBA procura firmas de tecnologia - e o Vale do Silício contrata

Estudo constatou que 89% das empresas de tecnologia esperam recrutar pessoas com esse diploma neste ano

"Tecnologia é sexy", disse Farese, aluno da Faculdade de Administração Haas da Universidade da Califórnia (djiledesign/Thinkstock)

"Tecnologia é sexy", disse Farese, aluno da Faculdade de Administração Haas da Universidade da Califórnia (djiledesign/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2018 às 10h00.

Última atualização em 14 de julho de 2018 às 10h00.

Nova York - Conor Farese, que está no segundo ano do curso de MBA de uma instituição na Baía de São Francisco, na Califórnia, explica com simplicidade porque pretende seguir carreira no setor de tecnologia e não no financeiro.

"Tecnologia é sexy", disse Farese, aluno da Faculdade de Administração Haas da Universidade da Califórnia em Berkeley. “Você conhece todas as empresas, vê os aplicativos no telefone. É grande parte do motivo.”

Felizmente para ele e outros com pós-graduação em administração, o Vale do Silício está contratando. Um novo estudo do Conselho de Admissão de Graduados constatou que 89 por cento das empresas de tecnologia esperam recrutar pessoas com esse diploma neste ano, em comparação com 76 por cento das firmas de finanças e contabilidade. A demanda é mais forte nos setores de saúde, tecnologia e energia — seguido então pelo financeiro.

"Contratamos talentos com MBA porque sabemos que eles têm um grau de excelência funcional e trazem um conjunto diversificado de experiências e perspectivas", disse Priya Priyadarshini, diretora sênior de recursos humanos da Microsoft. “Percebemos que estudantes de MBA são focados nos dados e apaixonados por tecnologia e pelo que a tecnologia pode fazer para melhorar o mundo.”

Entre os empregadores, 81 por cento planejam contratar pessoas com MBA neste ano, comparado a uma parcela de 70 por cento das empresas sondadas no ano passado. O maior aumento foi observado entre as menores empresas: 77% das startups procuram pessoas com o diploma, comparado a 55% das entrevistadas em 2017.

Todo ano nos EUA, quase 200.000 pessoas concluem a pós em administração, o maior número na categoria, acordo com um relatório do Departamento de Educação sobre o ensino superior em 2018.

O setor financeiro continua contratando. Uma sondagem rápida junto a nove grandes instituições dos EUA que oferecem programas de MBA mostrou que cerca de 25 por cento dos formados em 2017 foram trabalhar com finanças.

“Na área de tecnologia, quem tem MBA pode ter o melhor dos mundos: flexibilidade para experimentar funções em diferentes partes do negócio, como RH, finanças e os departamentos mais técnicos”, disse Priyadarshini. “A natureza global da tecnologia e sua capacidade de resolver problemas em escala global também podem ser um grande atrativo para futuros talentos.”

O estudante Farese acredita que instituições financeiras e consultorias não oferecem a cultura corporativa pela qual ele se interessa.

“O setor de tecnologia emprega muitos jovens realmente criativos que pensam sobre o mundo de maneiras diferentes e este é o tipo de pessoa que eu quero ao meu redor todos os dias”, disse ele. “As pessoas querem trabalhar com outros jovens. As pessoas querem trabalhar em lugares onde possam crescer — quem tem MBA, particularmente, deseja isso.”

Quem tem diploma de administração faz esse movimento porque a tecnologia está tão presente na cultura, explica Regina Resnick, diretora sênior do Centro de Gerenciamento de Carreiras da Faculdade de Administração de Columbia.

"Cinco anos atrás, nós tínhamos um clube de estudantes focado em vendas e transações com ativos financeiros, que então se tornou o clube de fintech ", disse Resnick. “Vemos a tecnologia na intersecção de todos os outros setores. De certo modo, parece difícil separar isso das empresas voltadas puramente para tecnologia. A tecnologia está impactando oportunidades em todas as áreas.”

O Conselho de Admissão de Graduados é uma associação sem fins lucrativos de faculdades que oferecem pós-graduação em administração. No estudo divulgado no mês passado, foram entrevistados mais de 1.000 empregadores em 42 países em fevereiro e março.

 

Gráfico da Bloomberg

(Gráfico/Bloomberg)

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