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Procurando vagas nos EUA? Veja dicas para montar portfólio e CV atraentes para o mercado americano

O setor privado dos EUA gerou 497 mil vagas de trabalho em junho deste ano, de acordo com dados publicados pela Automatic Data Processing (ADP)

Para se destacar nas entrevistas, ter um portfólio atrativo é uma das principais ferramentas para conquistar a atenção dos recrutadores e aumentar as chances de alcançar a vaga dos sonhos (Alexander Spatari/Getty Images)

Publicado em 14 de setembro de 2023 às 11h31.

Muitos brasileiros buscam trabalhar no exterior ou trabalhar para empresas internacionais em busca de ganhar em uma moeda estrangeira.

O sonho americano chegou a ser substituído por muitos que encontraram mais facilidade com visto e oportunidades de empregos em outros países, mas trabalhar e viver nos EUA ainda faz parte dos planos de muitos brasileiros e as perspectivas são favoráveis: o setor privado dos EUA gerou 497 mil vagas de trabalho em junho deste ano, de acordo com dados publicados pela Automatic Data Processing (ADP), em parceria com o Stanford Lab.

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Para se destacar nas entrevistas, ter um portfólio atrativo é uma das principais ferramentas para conquistar a atenção dos recrutadores e aumentar as chances de alcançar a vaga dos sonhos.

“Para conquistar os recrutadores americanos, dominar a língua inglesa não é a única habilidade requerida, visto que experiências prévias e cases de sucesso podem te ajudar a conquistar a vaga tão sonhada. É crucial criar um portfólio que mostre todo o seu potencial,” afirma Samyra Ramos, especialista de marketing da Higlobe, fintech de solução de pagamentos para freelancers e contratados brasileiros que trabalham remotamente para empresas nos EUA.

A executiva reforça também que após a pandemia, muitas empresas aumentaram a contratação remota de profissionais de outros países, vendo que é possível trabalhar com talentos de outras localidades. “Os profissionais brasileiros são atrativos, visto que exportam serviços de muita qualidade e possuem forte presença em big techs.”

Como elaborar um portfólio para vagas americanas?

A especialista, que trabalha com o mercado americano há três anos, traz dicas para elaborar um portfólio que realmente chame a atenção dos recrutadores:

Ao montar o portfólio, expresse sua personalidade, seja na identidade visual ou nas palavras escolhidas para destacar o que você faz de melhor. Portfólios que mostram individualidade e originalidade despertam o interesse dos recrutadores e realçam sua criatividade e empenho em “vender o seu peixe”, diz Ramos.

“A personificação traz mais profissionalismo, e pode fazer com que um cliente feche um serviço com o profissional graças a forma com que o portfólio é apresentado. Trazer cases de sucesso, projetos de que você se orgulha em um formato organizado e bem estruturado, com certeza vai ser um diferencial para conseguir firmar um negócio.”

É importante enfatizar suas habilidades, projetos e experiências mais relevantes para a posição que você está buscando. Pesquise sobre a empresa e aponte as características que mais conversam com o negócio e com os requisitos da vaga, destacando como suas competências podem agregar valor à companhia.

“Nas diversas áreas de atuação, ter um portfólio sólido que deixe claro as suas habilidades e sua experiência é essencial. É importante destacar quais são as maiores qualidades do que foi produzido. Então, elencar os projetos de maior sucesso e repercussão em um lugar visível.”

Para atrair a atenção dos recrutadores americanos, apresente resultados tangíveis dos seus trabalhos anteriores. Seja em números ou em estratégias, quantificar as conquistas permite que os empregadores visualizem sua expertise e entendam como você pode contribuir na organização.

“Tudo vai depender da área, mas se o profissional tem um caso de sucesso, é importante que consiga provar o porquê e quais foram as estratégias que levaram a esse resultado. Se o portfólio busca mostrar o trabalho de um profissional, é importante que esteja claro o valor que esse profissional pode atribuir caso seja contratado. Por exemplo, se o profissional for da área de Marketing e conseguiu aumentar as vendas da empresa em 25%, é necessário salientar o que foi executado para que esse resultado tenha sido atingido.”

Disponibilize-o em formatos digitais e torne-o acessível para todos. Isso pode ser feito por meio de sites que possibilitam construir um portfólio de forma criativa ou em plataformas como o LinkedIn, que oferecem um espaço profissional para exibir suas habilidades, projetos e experiências de maneira organizada.

“Para cada área de atuação existem sites que são importantes plataformas para que o profissional possa divulgar o que já possui de experiência. Na área de Design, uma plataforma muito utilizada é o Behance. Na área de desenvolvimento de software, o GitHub é uma plataforma na qual os programadores depositam os projetos que já trabalharam e tiveram êxito.”

Quais áreas costumam contratar mais?

A área de tecnologia é a campeã, com muitos profissionais no setor de desenvolvimento de software, afirma Ramos.

“Além da área de tecnologia, áreas como Marketing Digital, Social Media, Copywriting e Design também possuem muitos profissionais que trabalham com empresas americanas.”

Há um perfil de brasileiros que buscam empregos nos EUA?

O perfil geralmente inclui pessoas jovens entre 22 e 45 anos, que tenham experiência na área de atuação, diz a executiva da Higlobe.

“São pessoas que buscam crescimento profissional, falam inglês de forma fluente ou intermediária e são adeptos a modalidade remota de trabalho.”

Sobre o CV, existe um modelo certo a seguir?

Para o currículo o mais importante é ter sempre em mente que ele pode ser modificado de acordo com o tipo de vaga que se pretende aplicar.

Além disso, é importante salientar que nem tudo precisa estar no seu currículo, afirma Ramos.

“Uma experiência muito antiga, em uma área que não vai somar em nada a vaga que você está aplicando pode deixar o currículo desorganizado e sem foco, se afastando das habilidades que você quer ressaltar.”

É muito comum observar a experiência profissional vindo primeiro e abaixo a experiência acadêmica.

“Não há um "certo ou errado" e sim: o que eu posso adicionar para que eu consiga chamar a atenção de um recrutador,” afirma a executiva.

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