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Postos de saúde: entenda por que esta é uma prioridade ao Grupo L'Oréal Brasil na reconstrução do RS

O Plano de Emergência do trabalho voluntário da CUFA é dividido em 3 fases; entenda em qual momento a organização está agora e como é possível ajudar na reconstrução do estado gaúcho

Júnior Torres, presidente da Cufa RS: “Além da criação de postos de saúde improvisados, a CUFA segue arrecadando recursos financeiros que serão utilizados em ações de reconstrução de escolas públicas e na logística de entrega de donativos” (CUFA /Divulgação)

Júnior Torres, presidente da Cufa RS: “Além da criação de postos de saúde improvisados, a CUFA segue arrecadando recursos financeiros que serão utilizados em ações de reconstrução de escolas públicas e na logística de entrega de donativos” (CUFA /Divulgação)

Publicado em 24 de junho de 2024 às 17h38.

Última atualização em 26 de junho de 2024 às 01h35.

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Empresas dentro e fora do Rio Grande do Sul estão se mobilizando para ajudar o estado gaúcho a se reconstruir após as fortes enchentes que deixaram mais de 400 mil pessoas desalojadas, 176 mortas e 478 municípios atingidos.

O Grupo L’Oréal no Brasil é uma dessas companhias que por meio do Fundo L’Oréal para Emergências Climáticas realizou uma doação de 1 milhão de reais para a Central Única de Favelas (CUFA).

“A L’Oréal tem alguns fundos que visam ajudar diferentes desafios no mundo. Um deles visa atingir, até 2026, no Brasil, 13 mil mulheres em vulnerabilidade social com empoderamento feminino. No caso do RS, que é uma situação emergencial, a nossa primeira reação neste processo é trabalhar com as ONGs, e a CUFA é uma delas”, afirma Helen Pedroso, diretora de Responsabilidade Corporativa e Direitos Humanos do Grupo L'Oréal no Brasil.

Por meio da chave pix criada para arrecadar fundos de doadores de todo o país, a CUFA já doou, até o momento:

  • 30 mil colchões
  • 20 mil kits de higiene pessoal
  • 30 mil kits de mesa e banho (colchão, travesseiros, jogo de cama, toalha e manta)
  • 20 mil litros de água
  • 12 mil kits escolares

“Os recursos também já viabilizaram a reforma de escolas públicas e ao todo estamos atendendo 62 cidades”, afirma Júnior Torres, presidente da Cufa RS.

O apoio dividido em três fases

A CUFA esteve presente em 2023, no Vale do Taquari, região que abrange vários municípios no estado gaúcho, quando um cenário climático também impactou a região. Com essa experiência prévia, o presidente da CUFA do RS afirma que foi criado um Plano de Emergência para a atuação da ONG que foi dividido em três fases:

  • 1° Resgate: resgatar e acolher as pessoas que perderam suas casas e estão sem alimentos e água.
  • 2° Avaliação das perdas: quando a água retoma ao seu nível padrão, são avaliadas as perdas financeiras, materiais e impactos à saúde.
  • 3° Reestruturação: reconstruir as cidades e garantir que os desalojados conquistem moradias novamente.

“Chegamos a participar da primeira etapa com a doação no início da tragédia. Enviamos cinco carretas que levaram mais de 400 mil produtos de higiene, mas entendemos com a CUFA que uma resposta ao desastre pode levar de seis a nove meses e ela tem essas três etapas. Então, estamos transformando toda a nossa agenda de impacto social em prol do Sul para ajudar nas etapas seguintes”, afirma a diretora da L’Oréal.

A doação de 1 milhão de reais da empresa de beleza será usada agora na segunda fase da campanha da CUFA no RS, que destinará às doações para a criação de postos de saúde improvisados com assistência médica.

“Neste momento começamos a ver um desafio muito grande ligado à saúde, como vírus, problemas de pele, doenças transmissíveis em abrigos e impactos na saúde mental”, diz a diretora da multinacional francesa que reforça que mais de 80 funcionários da L’Oréal que moram na região receberam apoio como licença remunerada, abono de faltas, adiantamento de décimo terceiro, adiantamento de férias, concessão de um valor de custo por liberalidade e apoio psicológico.

A última fase da campanha

Para o presidente da CUFA do RS, a última fase da campanha terá como foco ações de apoio ao desenvolvimento da economia local e recuperação sustentável das comunidades afetadas.

“A CUFA segue arrecadando recursos financeiros que serão utilizados em breve nas ações de reconstrução de escolas públicas e na logística de entrega de donativos”, diz Torres que reforça que ONG vem auxiliando diretamente na retomada econômica de pequenos empreendedores. “Somos a organização social que integra a campanha histórica ‘Jogando Junto’, idealizada pelos clubes Grêmio e Internacional e, em parceria com o Instituto Alok e a Wap, distribuímos mais de 300 lava-jatos em todas as regiões do estado, que foram utilizados nas limpezas de casas e prédios públicos.”

A executiva do L’Oréal afirma que o apoio ao estado gaúcho continuará na terceira fase e terá participação especial daqueles que vivenciaram a situação de calamidade causada pelas enchentes.

“Vamos seguir com o apoio na terceira etapa, junto com os funcionários do Sul que receberam ajuda também. Vamos levar uma comitiva em outubro, junto com esses funcionários do Sul, para realizar uma ação local”, diz a diretora que já trabalhou no terceiro setor. “A ideia é mapearmos, junto com a CUFA e com outras ONGs locais, em quais estruturas sociais podemos fazer uma grande intervenção”.

As ações sociais no Rio Grande do Sul continuam e todo o apoio, seja de empresas ou do poder público, é importante e necessário, afirma a diretora da L’Oréal.

“É preciso reforçar que existe uma jornada de resposta e tem especialistas dizendo que do tamanho do impacto, será necessário anos de recuperação. É muito comum no Brasil realizar uma grande força de movimentação e daqui a alguns meses ninguém se lembrar mais. Fica aqui a importância e o convite para um trabalho de doação consistente”.

Para fazer doações para a CUFA via PIX: doacoes@cufa.org.br

Negócios em Luta

A série de reportagens Negócios em Luta é uma iniciativa da EXAME para dar visibilidade ao empreendedorismo do Rio Grande do Sul num dos momentos mais desafiadores na história do estado. Cerca de 700 mil micro e pequenas empresas gaúchas foram impactadas pelas enchentes que assolaram o estado no mês de maio.

São negócios de todos os setores que, de um dia para o outro, viram a água das chuvas inundar projetos de uma vida inteira. As cheias atingiram 80% da atividade econômica do estado, de acordo com estimativa da Fiergs, a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul.

Os textos do Negócios em Luta mostram como os negócios gaúchos foram impactados pela enchente histórica e, mais do que isso, de que forma eles serão uma força vital na reconstrução do Rio Grande do Sul daqui para frente. Tem uma história? Mande para negociosemluta@exame.com.

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