Posso sair do grupo de trabalho no WhatsApp? Especialista responde
Com a pandemia e o home office, ficou mais difícil separar a vida pessoal da profissional. Confira as dicas do CEO da Mappit sobre comunicação
Luísa Granato
Publicado em 28 de fevereiro de 2021 às 08h00.
Talvez você reconheça a cena: fim do expediente, computador desligado, você abre o celular e já tem várias notificações de mensagens e e-mails. O que fazer?
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No novo episódio do podcast Entre Trampos e Barrancos, Rodrigo Vianna, CEO da Mappit, empresa do Talenses Group especializada em vagas de início de carreira, dá conselhos sobre a comunicação no mundo do trabalho.
“Comunicação sempre foi um grande dilema, não só das empresas, mas no mundo todo”, comente ele.
O executivo brinca que foi um dos primeiros a testar o Orkut em sua versão beta. “E nem sou tão velho”, fala ele. Em 2005, ele dava conselhos para o processo de recrutamento e o uso da rede social.
“Eram coisas bobas, como dicas de não se associar a comunidades que falavam que não gosta de acordar cedo ou que não gosta do chefe. Desde então, se tornou cada vez mais difícil separar a pessoa física da jurídica”, lembra ele.
Com a pandemia e o home office, diversas equipes precisaram mudar sua estratégia de comunicação rapidamente e a separação entre o pessoal e o trabalho desapareceu.
Ter o e-mail profissional no celular já era comum antes de 2020, mas a falta da comunicação em tempo real fez com que os grupos de trabalho do WhatsApp se popularizassem.
“Como qualquer ferramenta. As regras tem que ser criadas. Os limites tem que ser criados. A pandemia acelerou o processo a ponta de não se criar limites, em se melhorar a comunicação. Pela cultura das empresas no Brasil, as pessoas sentem falta do contato”, explica ele.
E uma leitora perguntou pelo Instagram da Exame: Pode sair do grupo de trabalho?
O especialista avisa: “Se a empresa quiser deixar o WhatsApp como uma ferramenta de trabalho da companhia, então todos os colaboradores deveriam ter um celular e um chip da empresa”.
Essa é a teoria. Para ele, o ideal seria poder encerrar o expediente e desligar o telefone, podendo ligar novamente apenas na segunda. “Está no direito da pessoa”, diz.
Segundo ele, se na prática a empresa toda está utilizando o aplicativo e trocando informações importantes, é melhor não sair. Ele recomenda silenciar o grupo fora do expediente e voltar no dia seguinte.
“Agora, se o grupo não gera valor e produtividade, não tem problema se retirar. É opção sua”.
Confira mais dicas no episódio completo do podcast: