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Pipeway

José Augusto Pereira da Silva, 34 anos, engenheiro de telecomunicações

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h34.

O engenheiro de telecomunicações José Augusto Pereira da Silva pensava em ser pesquisador. "Eu gostava de fazer coisas, de desenvolver soluções", diz. Por isso, foi fazer mestrado e pesquisas no Centro de Estudos de Telecomunicações da PUC/ Rio. Ali, embre-nhou-se na pesquisa que mudaria o rumo de sua vida: inspeção geométrica de oleodutos e gasodutos. Leia-se: desenvolver robôs que "viajam" por dutos de gás e petróleo para detectar amassados. São conhecidos como "pig", porco em inglês (entram limpos e saem sujos). A pesquisa, patrocinada pela Petrobras, nunca havia sido comercializada. Em 1997, porém, a PUC/Rio decidiu licenciar a tecnologia. Guto, o pesquisador, achou que dava para competir num mercado dominado por multinacionais. Aceitou pagar royalties para a PUC e para a Petrobras e fundou a Pipeway. O primeiro contrato só veio um ano depois, conquistado a um preço arrasador. Mesmo quando dobrou o preço no segundo contrato, continuou sendo o mais competitivo.

O valor cobrado e a tecnologia da Pipeway arrasaram as múltis. Em 1999, veio o golpe de misericórdia. A Pipeway venceu a concorrência para a inspeção de cinco trechos do gasoduto Brasil-Bolívia, ligando Paulínia, no interior paulista, a Porto Alegre. Guto tinha a esperança de conquistar um pedaço dos 1 176 quilômetros de dutos. Ganhou os cinco. Hoje tem 90% do mercado. Sua tecnologia faz sucesso em outros cinco países da América Latina e se prepara para avançar nos Estados Unidos. Antes disso, porém, Guto quer colocar no mercado o pig magnético, mais sensível, capaz de verificar a corrosão do duto. Para fazer tudo isso, só pede uma coisa: tempo. "É difícil lutar contra um dia de 24 horas. As oportunidades são muitas e nos colocam o desafio de caminhar dentro da realidade", diz. "Aumentar a equipe sem abdicar do espírito que nos trouxe até aqui é muito difícil."

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O engenheiro de telecomunicações José Augusto Pereira da Silva pensava em ser pesquisador. "Eu gostava de fazer coisas, de desenvolver soluções", diz. Por isso, foi fazer mestrado e pesquisas no Centro de Estudos de Telecomunicações da PUC/ Rio. Ali, embre-nhou-se na pesquisa que mudaria o rumo de sua vida: inspeção geométrica de oleodutos e gasodutos. Leia-se: desenvolver robôs que "viajam" por dutos de gás e petróleo para detectar amassados. São conhecidos como "pig", porco em inglês (entram limpos e saem sujos). A pesquisa, patrocinada pela Petrobras, nunca havia sido comercializada. Em 1997, porém, a PUC/Rio decidiu licenciar a tecnologia. Guto, o pesquisador, achou que dava para competir num mercado dominado por multinacionais. Aceitou pagar royalties para a PUC e para a Petrobras e fundou a Pipeway. O primeiro contrato só veio um ano depois, conquistado a um preço arrasador. Mesmo quando dobrou o preço no segundo contrato, continuou sendo o mais competitivo.

O valor cobrado e a tecnologia da Pipeway arrasaram as múltis. Em 1999, veio o golpe de misericórdia. A Pipeway venceu a concorrência para a inspeção de cinco trechos do gasoduto Brasil-Bolívia, ligando Paulínia, no interior paulista, a Porto Alegre. Guto tinha a esperança de conquistar um pedaço dos 1 176 quilômetros de dutos. Ganhou os cinco. Hoje tem 90% do mercado. Sua tecnologia faz sucesso em outros cinco países da América Latina e se prepara para avançar nos Estados Unidos. Antes disso, porém, Guto quer colocar no mercado o pig magnético, mais sensível, capaz de verificar a corrosão do duto. Para fazer tudo isso, só pede uma coisa: tempo. "É difícil lutar contra um dia de 24 horas. As oportunidades são muitas e nos colocam o desafio de caminhar dentro da realidade", diz. "Aumentar a equipe sem abdicar do espírito que nos trouxe até aqui é muito difícil."

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