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Pesquisa britânica aponta que trabalho remoto veio para ficar

Segundo pesquisa feita no Reino Unido, 71% das empresas disseram não notar redução de produtividade no trabalho remoto, e 65% estão desenvolvendo um modelo híbrido para o pós-pandemia

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Bloomberg

Publicado em 3 de abril de 2021 às 16h10.

O trabalho remoto deve continuar após o fim da pandemia, segundo pesquisa com 2 mil empresas no Reino Unido, a maioria das quais planeja permitir aos funcionários maior flexibilidade sobre onde e quando desempenhar suas tarefas.

O CIPD, grupo profissional de recursos humanos, disse que cerca de 65% das empresas estão desenvolvendo um modelo híbrido, no qual as pessoas passam apenas parte do tempo no escritório. Cerca de 71% dos empregadores disseram que ter funcionários em casa aumentou a produtividade ou fez pouca diferença.

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As conclusões destacam o debate sobre como será o local de trabalho quando o Reino Unido suspender a recomendação para que as pessoas trabalhem de casa se possível. Após lockdowns anteriores, o governo do primeiro-ministro Boris Johnson incentivou o retorno aos escritórios. Desde então, o hábito de trabalhar em casa se tornou mais arraigado, e muitos dizem que querem mais flexibilidade.

“A pandemia mostrou que maneiras de trabalhar que antes pareciam impossíveis são realmente possíveis”, disse Claire McCartney, consultora sênior de políticas para recursos e inclusão no CIPD, em comunicado na quinta-feira.

O futuro dos escritórios terá um grande impacto sobre como a economia se recupera da maior recessão em três séculos, uma vez que lojas e restaurantes do centro, juntamente com milhares de empregos, dependem de pessoas que se deslocam para ir ao trabalho.

O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, disse que parte do trabalho remoto vai continuar. Outro membro do comitê de política monetária, Jonathan Haskel, disse que são apenas os profissionais de mídia e tecnologia que mantêm a produtividade fora dos escritórios.

O Comitê do Tesouro no Parlamento anunciou na quinta-feira que abrirá uma investigação sobre como o governo pode aumentar a produtividade na economia e limitar as cicatrizes da pandemia na força de trabalho. Também está analisando se o BOE possui as ferramentas certas para ajudar na recuperação.

O estudo do CIPD foi baseado em entrevistas com 32 gerentes seniores e duas pesquisas separadas com tomadores de decisão e funcionários em dezembro e janeiro.

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