O que todo jovem deve fazer, segundo ex-reitora de Stanford
Ex-reitora de Stanford, Julie Lythcott-Haims, lista habilidades que todo jovem de 18 anos deveria ter
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2016 às 19h00.
Autora do bestseller “How to Raise an Adult” (“Como Criar um Adulto”, editora Rocco) a ex-reitora de Stanford Julie Lythcott-Haims é especialista em comportamento de pais. No seu livro , ela partiu de conversas com comitês de seleção de universidades , outros reitores e da própria experiência para abordar os perigos do que ela chama de “overparenting” – ou a prática de muitos pais de interferirem demais na vida dos filhos, o que, segundo ela, os impediria de crescer e se desenvolver como adultos.
No site Qora, Julie usou a sua expertise ao responder à pergunta “Quais são as habilidades que todo jovem de 18 anos deveria ter?”. O resultado é uma lista que vai surpreender muita gente – pois, mais do que conhecimento técnico, três idiomas e computação avançada, às vezes, a maior aptidão que se pode ter é a independência:
1 Um jovem de 18 anos deve conseguir falar com estranhos
Reitores, conselheiros, locadores, caixas, RH’s, colegas de trabalho, gerentes, médicos, motoristas de ônibus, mecânicos — no mundo real, não virtual.
A muleta: ensinamos nossas crianças a nunca conversar com estranhos em vez de ensiná-las a discernir entre os poucos maus estranhos e os muitos bons que existem. Consequência: elas acabam não sabendo como abordar desconhecidos — de forma respeitosa e fazendo contato visual — para pedir ajuda, conselho e a direção que precisarão seguir no mundo.
2 Um jovem de 18 anos deve conseguir andar por aí
Em um campus, a cidade do estágio de verão ou a cidade em que está trabalhando ou fazendo intercâmbio.
A muleta: damos carona ou acompanhamos nossos filhos para todos os lados, mesmo quando poderiam ir de ônibus, bicicleta ou com as próprias pernas. Consequência: eles não sabem o caminho para ir de um ponto ao outro, como usar o transporte público, como e onde encher o tanque de gasolina ou como fazer planos de locomoção.
3 Um jovem de 18 anos deve conseguir organizar suas tarefas, trabalhos e prazos
A muleta: Lembramos os jovens que têm lição de casa para fazer e dizemos quando devem fazê-la — algumas vezes ajudando-os ou até mesmo fazendo por eles. Consequência: eles não sabem o que priorizar, como lidar com muitas tarefas e cumprir deadlines sem um lembrete constante.
4 Um jovem de 18 anos deve contribuir para a rotina da casa
A muleta: Não pedimos que eles ajudem com as tarefas do lar, pois já estão cheios de atividades acadêmicas e extracurriculares. Consequência: jovens não sabem como cuidar de si mesmos, respeitar as necessidades dos outros ou fazer sua parte para o bem de todos.
5 Um jovem de 18 anos deve conseguir lidar com problemas interpessoais
A muleta: nos intrometemos para solucionar um mal-entendido e acalmar sentimentos machucados dos filhos. Consequência: eles não sabem como lidar e solucionar conflitos sem nossa intervenção.
6 Um jovem de 18 anos deve saber lidar com altos e baixos
Cursos e carga de trabalho, tarefas da universidade, competição, professores rígidos, chefes e outros.
A muleta: nós nos intrometemos quando as coisas ficam difíceis, terminamos a tarefa, estendemos o deadline e conversamos com os adultos. Consequência: jovens não sabem que no curso da vida nem sempre as coisas serão como esperam. E que ficarão bem independentemente disso.
7 Um jovem de 18 anos deve ser capaz de ganhar e administrar seu dinheiro
A muleta: eles não têm trabalhos de meio-período, recebem mesadas para o que quiserem ou precisarem. Consequência: não desenvolvem um senso de responsabilidade por cumprir tarefas, não prestam contas a um chefe que não os ama incondicionalmente, não têm consideração pelo valor das coisas, nem sabem como administrar dinheiro.
8 Um jovem de 18 anos deve ser capaz de tomar riscos
A muleta: Traçamos um caminho a se seguir para eles, evitando armadilhas e tropeços. Consequência: crianças não desenvolvem o sábio entendimento de que o sucesso vem apenas após tentar e falhar e tentar novamente (a.k.a. determinação) e ou a habilidade de ser firme na queda (a.k.a resiliência) que só vem quando lidamos bem com as coisas que deram errado.
E, por fim, lembrem-se: Nossos jovens devem ser capazes de fazer tudo isso sem telefonarem para os pais. Se eles estão nos ligando para perguntar “como?”, eles ainda não têm a habilidade para a vida.
*Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar
Autora do bestseller “How to Raise an Adult” (“Como Criar um Adulto”, editora Rocco) a ex-reitora de Stanford Julie Lythcott-Haims é especialista em comportamento de pais. No seu livro , ela partiu de conversas com comitês de seleção de universidades , outros reitores e da própria experiência para abordar os perigos do que ela chama de “overparenting” – ou a prática de muitos pais de interferirem demais na vida dos filhos, o que, segundo ela, os impediria de crescer e se desenvolver como adultos.
No site Qora, Julie usou a sua expertise ao responder à pergunta “Quais são as habilidades que todo jovem de 18 anos deveria ter?”. O resultado é uma lista que vai surpreender muita gente – pois, mais do que conhecimento técnico, três idiomas e computação avançada, às vezes, a maior aptidão que se pode ter é a independência:
1 Um jovem de 18 anos deve conseguir falar com estranhos
Reitores, conselheiros, locadores, caixas, RH’s, colegas de trabalho, gerentes, médicos, motoristas de ônibus, mecânicos — no mundo real, não virtual.
A muleta: ensinamos nossas crianças a nunca conversar com estranhos em vez de ensiná-las a discernir entre os poucos maus estranhos e os muitos bons que existem. Consequência: elas acabam não sabendo como abordar desconhecidos — de forma respeitosa e fazendo contato visual — para pedir ajuda, conselho e a direção que precisarão seguir no mundo.
2 Um jovem de 18 anos deve conseguir andar por aí
Em um campus, a cidade do estágio de verão ou a cidade em que está trabalhando ou fazendo intercâmbio.
A muleta: damos carona ou acompanhamos nossos filhos para todos os lados, mesmo quando poderiam ir de ônibus, bicicleta ou com as próprias pernas. Consequência: eles não sabem o caminho para ir de um ponto ao outro, como usar o transporte público, como e onde encher o tanque de gasolina ou como fazer planos de locomoção.
3 Um jovem de 18 anos deve conseguir organizar suas tarefas, trabalhos e prazos
A muleta: Lembramos os jovens que têm lição de casa para fazer e dizemos quando devem fazê-la — algumas vezes ajudando-os ou até mesmo fazendo por eles. Consequência: eles não sabem o que priorizar, como lidar com muitas tarefas e cumprir deadlines sem um lembrete constante.
4 Um jovem de 18 anos deve contribuir para a rotina da casa
A muleta: Não pedimos que eles ajudem com as tarefas do lar, pois já estão cheios de atividades acadêmicas e extracurriculares. Consequência: jovens não sabem como cuidar de si mesmos, respeitar as necessidades dos outros ou fazer sua parte para o bem de todos.
5 Um jovem de 18 anos deve conseguir lidar com problemas interpessoais
A muleta: nos intrometemos para solucionar um mal-entendido e acalmar sentimentos machucados dos filhos. Consequência: eles não sabem como lidar e solucionar conflitos sem nossa intervenção.
6 Um jovem de 18 anos deve saber lidar com altos e baixos
Cursos e carga de trabalho, tarefas da universidade, competição, professores rígidos, chefes e outros.
A muleta: nós nos intrometemos quando as coisas ficam difíceis, terminamos a tarefa, estendemos o deadline e conversamos com os adultos. Consequência: jovens não sabem que no curso da vida nem sempre as coisas serão como esperam. E que ficarão bem independentemente disso.
7 Um jovem de 18 anos deve ser capaz de ganhar e administrar seu dinheiro
A muleta: eles não têm trabalhos de meio-período, recebem mesadas para o que quiserem ou precisarem. Consequência: não desenvolvem um senso de responsabilidade por cumprir tarefas, não prestam contas a um chefe que não os ama incondicionalmente, não têm consideração pelo valor das coisas, nem sabem como administrar dinheiro.
8 Um jovem de 18 anos deve ser capaz de tomar riscos
A muleta: Traçamos um caminho a se seguir para eles, evitando armadilhas e tropeços. Consequência: crianças não desenvolvem o sábio entendimento de que o sucesso vem apenas após tentar e falhar e tentar novamente (a.k.a. determinação) e ou a habilidade de ser firme na queda (a.k.a resiliência) que só vem quando lidamos bem com as coisas que deram errado.
E, por fim, lembrem-se: Nossos jovens devem ser capazes de fazer tudo isso sem telefonarem para os pais. Se eles estão nos ligando para perguntar “como?”, eles ainda não têm a habilidade para a vida.
*Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar