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O que falta para as empresas investirem mais em IA e em saúde mental? Estudo do MIT traz um conselho

O alto custo com a implantação da IA dificulta o avanço de novas tecnologias nas companhias – mas ela é a chave para a saúde do funcionário e do negócio

Para as companhias que já investem em tecnologia e saúde mental, a pesquisa mostra que entre os principais benefícios percebidos está a eficiência operacional e a automatização de processos (Jose Luis Agudo Gonzalez/Getty Images)

Publicado em 16 de maio de 2024 às 17h05.

Última atualização em 16 de maio de 2024 às 17h09.

Inteligência Artificial e saúde mental são duas áreas que as empresas precisam se atentar e investir, mas no Brasil isso ainda é um grande desafio. Muitas empresas não utilizam inteligência artificial e não possuem soluções adequadas para bem-estar e saúde mental dos funcionários, segundo o estudo 'Human Capital Management Brazilian Solutions Report', realizado pela MIT Sloan Management Review Brasil, publicação sobre práticas de gestão e liderança ligada à escola de negócios do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos EUA .

O objetivo principal da pesquisa, segundo Douglas Souza, CEO da MIT Sloan Management Review Brasil, foi estudar soluções de gestão de capital humano, colocando as pessoas no centro. “Existe uma desconexão entre as expectativas das empresas, que se concentram em custos, e dos funcionários, que priorizam outros atributos, como saúde mental”, diz . "Neste cenário, o RH precisa pensar em soluções para criar uma conexão saudável e produtiva".

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O estudo foi elaborado entre janeiro e março deste ano a partir de um questionário. A coleta de dados contabilizou respostas de 148 empresas, incluindo CEOs, C-Levels, diretores, consultores e gerentes de diferentes setores, incluindo executivos de grandes empresas.

Os benefícios da tecnologia

Para as companhias que já investem em tecnologia e saúde mental, a pesquisa mostra que entre os principais benefícios percebidos está aeficiência operacional, a automatização de processos e a assertividade das análises de dados.

O fortalecimento da visão estratégica foi apontado como um diferencial por 67% dos gestores, enquanto 87% dos executivos C-Level destacaram o engajamento dos funcionários como um importante benefício.

A chave para o avanço: ouvir as pessoas

Os custos de implantação ( 71% ) e a complexidade de integração a outras plataforma s ( 47% ) foram citados no estudo como os principais obstáculos para a aplicação de soluções de HCM em camadas mais estratégicas do negócio.

O estudo também aponta queapenas 34% das empresas pretendem fazer nos próximos meses novos investimentos em tecnologias e soluções de HCM, trazendo mais praticidade para serviços como administração de folhas de pagamento, recrutamento e seleção e avaliação de desempenho, afirma o CEO.

“As tecnologias de HCM continuam como um pilar fundamental para organizar, desburocratizar e facilitar a gestão de capital humano no mercado brasileiro, sobretudo entre empresas de médio e grande porte.”

A praticidade dos serviços gerará mais produtividade dos funcionários em menos tempo, mas para isso é preciso ouvir quem está por trás do negócio para fazer o investimento correto, afirma Souza.

“É muito importante que as pessoas estejam no centro das decisões, ou seja, a empresa precisa entender o que o cliente ou o funcionário necessita para se desenvolver, aí sim a companhia poderá escolher e investir de forma mais eficaz nas ferramentas de IA que irão ajudar no desenvolvimento do capital humano e consequentemente no crescimento do negócio”.

Acompanhe tudo sobre:Recursos humanos (RH)MITInteligência artificialsaude-mental

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