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Liderança em tempos de transformação: os desafios e estratégias dos CEOs para os próximos anos

Evento realizado pela Hays reuniu presidentes de grandes empresas em São Paulo. Veja algumas das pautas que foram discutidas no encontro

CEOs de grandes empresas participaram de um evento realizado pela Hays, empresa mundial em recrutamento e soluções de força de trabalho, no restaurante Cantaloup, em São Paulo (Diego Corrêa/Divulgação)

Publicado em 5 de dezembro de 2024 às 10h49.

Última atualização em 5 de dezembro de 2024 às 21h18.

Como liderar mudanças e inovações na prática? Quais são os maiores desafios e expectativas que CEOs podem esperar para 2025?

Essas foram algumas das perguntas que CEOs de grandes empresas se depararam em um encontro realizado pela Hays, empresa mundial em recrutamento e soluções de força de trabalho, na última quinta-feira, 28, no restaurante Cantaloup, em São Paulo. O evento foi realizado em parceria com a EXAME, que contou com a mediação de Inêz Zanoni, diretora executiva da Hays, e de Bruno Leonardo, vice-presidente da EXAME Educação Corporativa, que conduziu o painel com três palestrantes: Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Batistela, vice-presidente de Soluções para Agricultura da BASF, e Christiano Froman, diretor-presidente da Albioma. O evento teve como tema a “ Transformação competitiva: liderando mudanças e inovações na prática”.

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A sustentabilidade no centro das decisões

Uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers foi citada durante o evento, destacando que apenas 31% dos CEOs brasileiros acreditam na viabilidade de suas organizações nos próximos 10 anos. Esse dado reflete preocupações com a sustentabilidade dos negócios e a adaptação às novas demandas do mercado.

Para Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo, é preciso apostar em um planejamento estratégico alinhado a essas mudanças. “Não podemos falar de futuro sem olhar para os impactos que geramos hoje. Há uma conexão direta entre propósito, impacto social e engajamento das equipes. Sem isso, não é possível pensar em longo prazo”, afirma.

Quando o recorte é sustentabilidade, Marcelo Batistela, vice-presidente de Soluções para Agricultura da BASF, destacou a importância do planejamento estratégico em um mercado tão volátil. “Hoje, falar em planejamento de dez anos é quase impossível. Estamos lidando com muitas variáveis, como mudanças climáticas, regulação e novas tecnologias. O segredo é começar pequeno, testar as ideias e ajustar rapidamente. Essa flexibilidade é o que nos mantém competitivos”, afirma.

Os desafios das diferentes gerações

“Há um desafio claro em como manter as operações atrativas para as matrizes em um cenário onde economias se tornam mais protecionistas”, conta Erica Takeda, presidente para América Latina na Brenntag Group, uma das CEOs que participou do evento.

Para Takeda, o foco está em combinar inovação e retenção de talentos. “Precisamos engajar essa nova geração com propósito e valores claros, enquanto enfrentamos o desafio adicional de criar uma cultura corporativa em um ambiente híbrido”, diz a CEO. “vivendo na era da personalização em massa, onde cada funcionário tem expectativas únicas. Alguns querem trabalhar três dias por semana, outros preferem horários flexíveis”.

O papel das lideranças no futuro do trabalho

A transição tecnológica foi apontada como um fator-chave para a sobrevivência empresarial. “O ciclo de adoção tecnológica é longo, mas quando a transformação chega, ela vem de forma exponencial”, afirma Christiano Froman, diretor-presidente da Albioma.

A CEO da BP de São Paulo também reforça um ponto importante sobre a tecnologia: a valorização e o treinamento humano. “A tecnologia não substitui a necessidade de liderança humana. É preciso encontrar o equilíbrio certo, onde a tecnologia potencializa as pessoas, em vez de afastá-las”, afirma Santos.

O futuro do trabalho será muito diferente do presente, impulsionado pela evolução tecnológica e pelas mudanças nas expectativas dos trabalhadores. “O que podemos fazer como líderes é preparar nossas organizações para lidar com o inesperado, sempre buscando equilibrar inovação, eficiência e bem-estar dos funcionários”, afirma Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Para Vanessa Zehetmeyer, diretora da Solução Executiva da Hays, esse tipo de encontro ajuda na troca de ideias de alto nível com executivos de diferentes setores. "Ao promover encontros como esse, a Hays, que é um parceiro estratégico de longo prazo dos CEOs na busca de talentos , se posiciona também como um vetor para discussões de alto nível de valor para o crescimento sustentável e competitivo das empresas".

Veja imagens dos participantes do evento para CEOs promovido pela Hays

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