Habilidades verdes já aparecem como exigência em 10% dos anúncios de emprego, aponta Linkedin
Relatório classifica atual transição para a economia verde como “momento histórico” e indica que todos os setores serão afetados; veja como se preparar
Jornalista
Publicado em 24 de janeiro de 2023 às 09h00.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h49.
O crescimento global da preocupação com a construção de um mundo mais sustentável não é novidade. Mas o fato é que agora, mais do que ativismo ou uma simples tendência, a preservação do meio ambiente se consolidou como uma necessidade estrutural no mercado de trabalho – e já está moldando os chamados empregos do futuro.
“Nós estamos experimentando um momento sem precedentes na história, onde estamos reimaginando o futuro do trabalho.Enfrentamos uma necessidade urgente de fazer a transição de nossa sociedade para uma economia verde capaz de enfrentar a ameaça da mudança climática. Precisamos ampliar as habilidades que impulsionam esses empregos (as chamadas habilidades verdes) e formar um plano de ação”, alerta o relatório Global Green Skills 2022, divulgado pelo Linkedin no ano passado.
- Omega mostra queda de 3% na produção de energia em prévia operacional de 2022
- BBB 23: veja os melhores memes da Prova de Imunidade
- IPVA 2023 no Rio de Janeiro: pagamento começa hoje
- Brasil revisitará acordo entre Mercosul e UE, diz Marina Silva
- Caixa troca vice-presidentes de governo, Habitação, Gestão Corporativa e Finanças
- Tarifas de ônibus de regiões metropolitanas de São Paulo têm aumento; veja valores
De acordo com o documento, a participação de talentos verdes na força de trabalho global saltou 38,5% entre 2015 e 2022 – e a tendência é que este número continue crescendo. Para ter ideia, cerca de 10% dos anúncios de emprego publicados na plataforma – que coleciona aproximadamente 800 milhões de usuários – ao longo do ano passado já exigiam explicitamente pelo menos uma “habilidade verde” dos candidatos.
E não estamos falando apenas das milhares de vagas abertas na área de sustentabilidade em si, mas também de oportunidades para advogados, arquitetos, comunicadores, designers, economistas e diversos outros profissionais que já estão sendo cobrados por isso – e que precisarão se requalificar para que consigam se manter no mercado de trabalho daqui para frente.
“O impacto da transição verde reverberou em todos os setores e países do mundo — nenhum ficou de fora”, diz o relatório.
Economia verde no Brasil
Detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil está bem-posicionado quando o assunto é o “esverdeamento” do mercado de trabalho.
Prova disso é que aparece na frente de países como Alemanha, França, Dinamarca e Nova Zelândia no ranking que mostra a intensidade com que trabalhadores de diferentes regiões do mundo estão aplicando habilidades verdes em seus empregos.
Ainda de acordo com o relatório, 20% das startups brasileiras já têm funcionários com habilidades verdes. O índice está acima da média global (que é de 18%).
Não fique para trás: clique aqui e descubra como ingressar na área que está transformando o mercado
O futuro do trabalho será verde
De acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a consolidação da economia verde tem potencial para gerar um saldo positivo de 15 milhões de empregos na América Latina até 2030. Somente no Brasil seriam 7,1 milhões de novos trabalhos.
Nesse contexto, a EXAME apresenta a série especial Carreira em ESG.Um treinamento virtual e gratuito que promete revelar tudo o que você precisa saber para construir uma carreira alinhada às novas necessidades do mercado e se tornar um dos profissionais mais completos e disputados pelas empresas atualmente.
As aulas irão ao ar entre os dias 10 e 18 de abril. Inscreva-se aqui para garantir a sua vaga e acompanhar a série gratuitamente.