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ESG na prática: veja os projetos que estão impulsionando a agenda de diversidade nas empresas

Programas desenvolvidos pelo Espro em parceria com o setor privado ajudam no desenvolvimento pessoal e profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social

O Projeto Corteva alcançou 80% das jovens formadas e resultou na empregabilidade de 42% da turma pela própria companhia. (Espro/Divulgação)
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Publicado em 24 de setembro de 2024 às 09h00.

Para ser uma empresa que opera com práticas robustas de ESG (Environmental, Social, Governance, na sigla em inglês), é preciso fazer mais que apenas criar boas métricas de acompanhamento e estabelecer metas para longo prazo. O desenvolvimento de programas que estimulam os três pilares do ESG — meio ambiente, social e governança — é fundamental para implantar e fortalecer iniciativas que dão resultados efetivos nas companhias.

Nesse contexto, dentro da agenda de Social, com foco em diversidade, equidade e inclusão, a socioaprendizagem é uma aliada das empresas para atingir objetivos concretos. A estratégia foca o desenvolvimento pessoal e profissional de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

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A ideia é ajudar os participantes a criarem competências básicas e específicas para os negócios, contribuindo para a sua inserção no mercado de trabalho.

“Já evoluímos bastante quando falamos da parte ambiental do ESG. Embora muito ainda precise ser feito no mundo todo, estamos entrando em um nível de projetos bastante complexos nesse tema. Mas, quando o assunto é o social, muitas vezes não conseguimos fazer nem mesmo o simples”, avalia Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro (Ensino Social Profissionalizante).

Criar projetos funcionais para os dois lados (empresas e jovens) é um desafio. Assim, organizações como o Espro atuam em parceria com diferentes setores do mercado corporativo para desenvolver programas que ajudem a capacitar, preparar e encaminhar os jovens para companhias em diversas regiões do país.

“Quando olhamos para o recorte de pessoas em situação de vulnerabilidade, por exemplo, dentro desse cenário temos grupos com uma vulnerabilidade ainda maior”, explica Saade. “Por isso criamos programas que focam diferentes grupos, a fim de atender o máximo de pessoas possível.”

Projetos de sucesso

O programa “Empoderar, Prototipar e Inovar”, realizado em parceria com a multinacional da indústria química Basf no ano de 2021, focou a inserção tecnológica de garotas entre 16 e 22 anos em situação de vulnerabilidade social, moradoras de São Bernardo do Campo (SP).

O programa uniu capacitação profissional, tecnologia e inovação para ampliar as oportunidades de inclusão no mundo do trabalho e, especialmente, diminuir a desigualdade de gênero no setor de tecnologia.

Segundo dados do Relatório de Diversidade da Brasscom, criado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, as mulheres representam apenas 30% da força de trabalho das empresas de tecnologia no Brasil. Mulheres negras têm participação de apenas 11%.

“Nossa parceria com o Espro é de muitos anos. Inclusive, tenho pessoas no meu time que foram alunos da organização”, afirma Ivânia Palmeira, consultora de engajamento social da Basf. “Existe uma dificuldade muito grande do jovem de acessar o primeiro emprego, especialmente os jovens em vulnerabilidade social. Queremos aumentar as chances de esses jovens serem contratados, por isso temos uma estratégia de engajamento social para contribuir com a empregabilidade”, explica.

Depois de bons resultados com o primeiro curso, Espro e Basf preparam outra parceria em São Bernardo do Campo neste ano de 2024 com o projeto “Jovem Forte: Empregabilidade e Diversidade”, com duas turmas afirmativas, sendo uma para meninas negras e outra para jovens LGBTQIAPN+, com o mesmo objetivo de preparo para o primeiro emprego.

Garotas negras no mercado de trabalho

Com a Corteva Agriscience, multinacional americana que atua nos segmentos de sementes e proteção de cultivos, o Espro conseguiu capacitar profissionalmente 24 garotas negras, entre 17 e 22 anos, da região de Barueri (SP). O Projeto Corteva alcançou 80% das jovens formadas e resultou na empregabilidade de 42% da turma pela própria companhia.

“O projeto também ofereceu suporte para o planejamento pessoal e profissional, promovendo o protagonismo e a autonomia dos participantes. A parceria com o Espro para uma abordagem estruturada e contínua, foi fundamental para o sucesso e o impacto do projeto”, conta Lorena Fernandes Oliveira, consultora de RH e Líder ID&E da Corteva.

Das 24 garotas formadas, dez foram aprovadas no processo seletivo para trabalhar na própria empresa como jovem aprendiz, em áreas como Comunicação, Pagamentos e Atendimento.

“O projeto impactou significativamente a Corteva ao fortalecer nossos pilares de sustentabilidade e metas de responsabilidade social para 2030, incluindo o empoderamento de mulheres, a capacitação de jovens e o engajamento com comunidades”, afirma Lorena.

A empresa avançou na meta de 1 milhão de horas de trabalho voluntário ao contabilizar 284 horas de voluntariado, com 33 funcionários envolvidos diretamente. O engajamento dos grupos de afinidade da Corteva no Brasil (PRIDE, GAHA, DAWN e WIN) foi fundamental para promover a inclusão e a diversidade.

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