Na Aegea diversidade étnico-racial é coisa séria (Weekend Images Inc./Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2022 às 15h46.
Última atualização em 20 de dezembro de 2022 às 15h56.
Neste ano, a pesquisa KPMG 2022 CEO Outlook questionou mais de 1,3 mil CEOs das maiores empresas do mundo sobre suas estratégias e perspectivas para este momento turbulento pelo qual passamos no mundo dos negócios. Em relação às contratações e demissões, 39% dos CEOs já haviam implementado um congelamento de contratações e 46% consideram reduzir sua força de trabalho nos próximos seis meses.
Não é raro ver vários profissionais que antes eram disputados a tapa por startups em ascensão procurando emprego. Hoje, os movimentos de demissão em massa e rearranjo de equipes se tornaram realidade de empresas de todos os tipos e tamanhos. Gigantes como Meta e Microsoft, por exemplo, são algumas das companhias que realizaram cortes de custos e demitiram centenas de funcionários nos últimos meses.
No entanto, há uma área que, nadando contra a corrente, segue com vagas abertas nas maiores empresas do mundo, oferecendo salários competitivos para altos cargos de gestão e oportunidade de crescimento profissional constante. Afinal, para as empresas, este profissional pode ser a diferença entre a falência e o sucesso financeiro absoluto.
Estamos falando aqui da área de ESG.
Movimentando um mercado de US$ 35 trilhões no mundo, o ESG (sigla para Environmental, Social and Governance — ou Ambiental, Social e de Governança) já é prioridade na agenda de 95% das empresas do Brasil. Para ter uma ideia, a busca pelo termo no Google Trends subiu 1.200% em apenas dois anos e dominou as manchetes dos maiores jornais do mundo.
Mas, afinal, por que esse movimento está acontecendo?
Para a diretora de ESG da Inflexion, Jennie Galbraith, o caminho natural de toda empresa que deseja ser cada vez mais lucrativa é se tornar ‘ESG’: “Faz sentido comercial para as empresas terem uma estrutura ESG robusta em vigor, com probabilidade de ganhar mais contratos, desenvolver propostas mais fortes para os consumidores, atrair e reter os melhores talentos por meio de uma forte cultura de funcionários e estar melhor preparada para atender às regulamentações que virão.”
Ainda, a mesma pesquisa citada anteriormente revelou que os CEOs concordam cada vez mais que os programas ESG melhoram o desempenho financeiro das empresas, ficando em 45%, acima dos 37% do último ano.
É nesse contexto, e de olho na importância do tema para o mercado, que um profissional específico passou a se destacar e ganhar espaço, se tornando hoje o mais buscado por empresas em todo o mundo.
Denominado Especialista ESG, este profissional cumpre o papel fundamental de avaliar e gerir os impactos positivos e negativos que uma empresa causa na sociedade e no meio ambiente. Ou seja, ele irá atuar na regulação dos impactos ao meio ambiente, no relacionamento da empresa com seus parceiros, colaboradores e com a sociedade, além de ajudar a compor o conselho de administração.
“Em 2021, um dos destaques da COP26, a Conferência do clima da ONU realizada na Escócia, que eu tive a oportunidade de participar, foi a forte atuação do setor privado no evento, normalmente liderado por organizações governamentais. É fato: empresas e governos estão correndo atrás para implementar as diretrizes ESG”, comenta Renata Faber, Diretora de ESG da EXAME.
No entanto, apesar da demanda e da importância deste profissional, estima-se que menos de 1% dos candidatos estejam qualificados para as vagas.
Quando falamos de oportunidade, as empresas que mais investem em ESG tendem a proporcionar as melhores oportunidades de carreira. No Brasil, empresas como Natura, Unilever, Ypê, Boticário, Petrobras, Nestlé, Banco do Brasil e P&G são algumas das opções. No entanto, é possível encontrar oportunidades em multinacionais, instituições financeiras internacionais e órgãos governamentais também.
Por ser uma área relativamente nova, é uma boa opção para aqueles profissionais que buscam fazer uma transição de carreira e desejam realizar uma função que traga boa remuneração e senso de propósito.
Já em relação às qualificações para concorrer às vagas, ter formação na área ou experiência prévia não é obrigatório. "A experiência anterior de trabalho em ESG, embora útil, não é de forma alguma um pré-requisito neste estágio inicial da carreira", comenta Claude Schwab do HF Observer.
Como uma oportunidade de ajudar você a dar os primeiros passos na carreira ESG, reforçando o compromisso com a democratização da informação de maneira acessível, a EXAME irá promover, gratuitamente, uma série de encontros sobre ESG com a Renata Faber, especialista no assunto que já acumula anos de experiência no setor.
Transmitido de maneira virtual, o treinamento será composto por quatro encontros, que acontecerão entre os dias 9 a 17 de janeiro. Ao final das aulas, todos os participantes receberão um certificado de participação para incluir no currículo.
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Dentre os temas abordados ao longo da série, estão a definição aprofundada do que é ESG, reflexões sobre como o tema impacta o mercado e a economia e, claro, os caminhos para construir uma carreira promissora na área. “Vou mostrar como é possível conquistar um trabalho com propósito real aliado a salários mais altos e mostrar o mapa para construir uma carreira em ESG”, promete Renata.