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Economizar é um caminho para melhorar o bem-estar e o sono, diz estudo

Relatório aponta que poupar regularmente pode reduzir a ansiedade e aumentar a satisfação com a vida

Poupar dinheiro pode melhorar o bem-estar ao longo dos dias. (Getty Images/Getty Images)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 10 de julho de 2024 às 10h59.

Economizar dinheiro regularmente, mesmo que em pequenas quantias, pode trazer benefícios significativos para a saúde mental e o bem-estar. Um estudo realizado pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, revelou que poupar mensalmente ajuda as pessoas a relaxar, melhorar o sono e sentir-se mais otimistas em relação ao futuro. Além disso, aqueles com rendas mais baixas que conseguem poupar demonstram níveis de satisfação com a vida comparáveis aos de indivíduos mais ricos que não possuem esse hábito.

De acordo com a BBC, os pesquisadores descobriram que poupadores regulares de baixa renda têm níveis de satisfação com a vida semelhantes aos de pessoas mais ricas que não economizam. No entanto, dados indicam que um quarto dos adultos no Reino Unido possui menos de £100 (R$ 689) em poupança.

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A economia tem vivido um momento difícil nos últimos anos devido ao aumento das contas e dos preços dos alimentos, apesar das melhorias nas taxas de juros oferecidas por bancos e sociedades de construção. Cerca de seis em cada dez pessoas mantêm o hábito de poupar, e organizações de caridade defendem que reservar dinheiro, mesmo com uma renda modesta, aumenta a resiliência financeira.

Benefícios de poupar

O relatório do Centro de Pesquisa em Finanças Pessoais da Universidade de Bristol sugere que a poupança regular resulta em uma maior satisfação com a vida, mesmo que apenas uma pequena quantia seja economizada. Isso se deve a uma menor ansiedade relacionada ao dinheiro, uma menor probabilidade de enfrentar dívidas problemáticas e uma maior capacidade de lidar com imprevistos.

O cenário, contudo, é complexo, com outros fatores influenciando os resultados, como a existência de poupanças prévias e as mudanças nas circunstâncias de diferentes grupos etários. O estudo analisou diversas pesquisas, incluindo uma que monitorou as economias de milhares de pessoas por um período de 10 anos. Constatou-se que poupar melhora a satisfação com a vida, enquanto não poupar pode ter o efeito contrário.

Outros eventos da vida tiveram um impacto mais significativo no bem-estar mental. Mudar de casa ou casar, por exemplo, melhorou o bem-estar mental mais do que economizar. Por outro lado, perder o emprego ou ter filhos teve um efeito negativo maior no bem-estar mental.

As taxas de juros pagas por contas de poupança melhoraram com o aumento das taxas de juros gerais. Atualmente, a conta de fácil acesso média oferece juros de 3,12%, enquanto bloquear dinheiro por um ano rende um retorno médio de 4,65%.

Contudo, os retornos podem diminuir quando o Banco da Inglaterra reduzir as taxas de juros de referência, o que pode acontecer em agosto. Andrew Gall, chefe de poupança da Building Societies Association, que encomendou a pesquisa com a Yorkshire Building Society, afirmou que, embora algumas pessoas não possam economizar no momento, o relatório mostra a importância de incentivar todos a poupar, mesmo que seja pouco.

O relatório recomenda que os provedores de poupança tornem as contas mais simples e flexíveis, além de oferecer incentivos para motivar os clientes a economizar.
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