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Demissões, ameaças e rivalidade: como a IA tem afetado o Google e outros gigantes

Google, Microsoft e outras big techs anunciaram cortes de empregos à medida que se voltam para projetos de inteligência artificial. O que isso pode significar?

Em uma postagem de blog intitulada “Uma decisão difícil para nos preparar para o futuro”, Pichai, o CEO da Alphabet Inc., controladora do Google, anunciou que a empresa está cortando aproximadamente 12 mil cargos (Artur Widak/Getty Images)

Em uma postagem de blog intitulada “Uma decisão difícil para nos preparar para o futuro”, Pichai, o CEO da Alphabet Inc., controladora do Google, anunciou que a empresa está cortando aproximadamente 12 mil cargos (Artur Widak/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 16h27.

Última atualização em 26 de janeiro de 2023 às 16h41.

Com o recente lançamento do ChatGPT pela OpenAI, muitos começaram a se perguntar se este poderia ser o fim do Google como o conhecemos. Não é preciso passar muito tempo na internet para ver algumas comparações entre as respostas de cada um.

E por mais impossível que isso possa parecer, essa é a primeira vez em décadas que essa dúvida realmente faz algum sentido. Até a própria Google reconhece isso, mas falarei mais sobre isso depois. Fato é:

Por que os usuários devem navegar em links diferentes para achar suas respostas no Google, quando o ChatGPT é mais do que capaz de fornecer a resposta de forma direta?

Um teste de comparação revela que o ChatGPT é capaz de fornecer respostas de qualidade semelhante ao Google, mas o Google tem a vantagem de poder navegar para mais respostas e em direções diferentes. O Google também tem a vantagem da velocidade e da capacidade de entender as consultas usando IA.

No entanto, o ChatGPT tem a vantagem da estética gráfica e a capacidade de gerar respostas mais rapidamente.

Também não se sabe se as respostas do ChatGPT são confiáveis, pois é uma "caixa preta" em termos de fonte de informações.

A questão é que o mundo está ficando cada vez mais inovador. E como mostram as demissões ao redor do mundo, quem não aprender a inovar, vai ficar para trás. Se quiser conferir mais sobre isso confira essa masterclass gratuita: clique aqui para saber mais

Demissões e “pedido de ajuda” marcam últimas semanas do Google

No mês passado, um clima estranho deve ter tomado conta do ambiente de trabalho no Google. Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google (que saíram há três anos), realizaram várias reuniões com executivos da empresa.

O tópico: um novo chatbot que parecia ser a primeira ameaça notável em décadas ao negócio de buscas de US$ 149 bilhões do Google.

A recontratação dos fundadores enfatizou a urgência sentida por muitos executivos do Google sobre a inteligência artificial de nome “ChatGPT”.

O bot, lançado pela pequena empresa OpenAI de São Francisco há dois meses, surpreendeu os usuários simplesmente explicando conceitos complexos e gerando ideias do zero. Mais importante para o Google, parecia que poderia oferecer uma nova maneira de pesquisar informações na internet.

Depois de conseguir mais de 1 milhão de usuários em uma semana, o ChatGPT forçou Sundar Pichai, presidente executivo do Google, a declarar “código vermelho”. Com isso, o Google pretende agora revelar mais de 20 novos produtos e apresentar uma versão de seu mecanismo de busca com recursos de chatbot ainda neste ano, de acordo com o New York Times

Como resultado, em uma postagem de blog intitulada “Uma decisão difícil para nos preparar para o futuro”, Pichai, que também é CEO da Alphabet Inc., controladora do Google, anunciou que a empresa está cortando aproximadamente 12 mil cargos. 

As demissões, segundo Pichai, foram projetadas “para garantir que nosso pessoal e funções estejam alinhados com nossas maiores prioridades como empresa”. Mas ele também ressalta sobre a necessidade de capitalizar melhor os investimentos iniciais em IA do Google.

Mas o Google é apenas a mais recente empresa a fazer isso.

Outros gigantes anunciam cortes para focar em projetos de IA

Indústrias em todo o mundo estão se voltando para a IA. A Microsoft também anunciou demissões em massa nesta semana. 

CEO da empresa, Satya Nadella, chamou a inteligência artificial de “a próxima grande onda da computação” e falou da necessidade de “entregar resultados continuamente, enquanto investimos em nossa oportunidade de longo prazo”.

Após isso, o New York Times informou que a Microsoft está considerando investir US$ 10 bilhões adicionais em sua empresa OpenAI, conhecida por criar o ChatGPT.

Também não podemos esquecer do Facebook. Em novembro, anunciou que mais de 11 mil empregos foram cortados. E isso também foi quando a empresa transferiu recursos para seu mecanismo de busca com inteligência artificial, além de esforços com o metaverso, intensamente focado em projetos que usam IA.

Se não pode com eles… junte-se a eles

Isso tudo, é apenas o começo de uma revolução radical na forma como o trabalho é realizado, e quem é compensado por esse trabalho. 

Não é novidade para ninguém que os profissionais, a cada ano que passa, precisam se atualizar. Agora essa necessidade está ficando cada vez mais clara. 

E se você não foi um desses afetados por essa onda de demissão, ainda há tempo de enxergar a IA mais como oportunidade do que como ameaça. Talvez você precise mudar seu foco, talvez precise apenas se atualizar de algumas coisas, mas fato é que todos nós precisamos inovar na maneira como trabalhamos. 

E isso é verdade tanto para os profissionais quanto para as organizações. Assim como o tempo de um profissional nas empresas está diminuindo, o ciclo de vida dessas empresas também está. Isso nos levanta algumas perguntas, como “será que meu trabalho ou serviço é relevante? Ele pode se atualizar? Quanto tempo tenho para isso?”.

Enfim, por último segue uma recomendação caso você queira aprender a inovar com a mente por trás de uma das maiores empresas de inovação do Brasil. Confira a masterclass gratuita da Future Dojo, em que Pedro Waengertner, CEO e cofundador da ACE, apresenta seis princípios de inovação das empresas mais duradouras do Vale do Silício.

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