Cultura empresarial: o que é e por que é tão importante?
O alinhamento de valores entre empresas e funcionários tem se mostrado essencial para aumentar o sucesso dos negócios. Entenda
Jornalista
Publicado em 30 de julho de 2021 às 17h21.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h43.
Se você participou de um processo seletivo nos últimos anos, é bastante provável que já tenha se deparado com o fit cultural como um dos pré-requisitos para a candidatura. É que, independentemente do cargo que pretenda ocupar, a identificação do candidato com a cultura da empresa tende a resultar em contratações mais assertivas.
“Ao avaliar a adequação à cultura em todo o processo de recrutamento, você contratará profissionais que irão prosperar em suas novas funções, impulsionar o crescimento e o sucesso de longo prazo de sua organização e, por fim, economizar tempo e dinheiro”, escreveu a fundadora da Koya Partners, uma empresa de recrutamento americana,em um artigo publicado na Harvard Bussiness Review.
Mas, afinal, o que é uma cultura organizacional e por que ela é tão importante para o sucesso das empresas? É o que te explicaremos a seguir.
O que é cultura organizacional?
A cultura organizacional pode ser definida como o conjunto de valores, regras e princípios que regem uma companhia. É ela quem orienta e assegura que as decisões tomadas por seus colaboradores apontem sempre para a mesma direção.
Por isso é tão importante que todos os funcionários, do estagiário ao CEO, conheçam seus elementos.
Veja, abaixo, alguns exemplos de elementos que compõem a cultura de uma empresa:
Valores
São as crenças e as motivações que regem aquele negócio.
Normas
Dizem respeito aos comportamentos que são incentivados dentro daquele ambiente, o que é (ou não) aceito.
Comunicação
É a linguagem utilizada pela marca. Engloba também a forma e os meios utilizados para se comunicar com colaboradores e stakeholders.
Rituais
Este elemento tem a ver com eventos e cerimônias de integração. Alguns exemplos são reuniões mensais, festas de final de ano, comitês internos e rituais de celebração.
Mas engana-se quem pensa que basta pregar um quadro com a definição destes conceitos na parede do escritório para que eles sejam seguidos. A verdade é que a construção de uma cultura forte e bem estabelecida é um processo constante — e vai muito além da teoria.
Para garantir sua absorção e disseminação, é preciso que ela sejacolocada em prática diariamente por todos os funcionários. Não à toa, algumas companhias já contam, inclusive, com um cargo em nível de diretoria cuja principal missão é fazer a manutenção da cultura empresarial: o Chief Culture Officer (CCO).
Veja, abaixo, os tipos de cultura empresarial mais conhecidos.
Tipos de cultura organizacional
A cultura de uma empresa pode ser comparada à personalidade de um indivíduo: por mais que existam características parecidas entre elas, cada uma tem a sua. Assim, dividi-las em categorias não é tarefa simples.
A divisão mais conhecida é a do filósofo irlandês Charles Handy. Segundo o autor, que é especializado em comportamento organizacional, há quatro grandes tipos de cultura organizacional. São elas:
1. Cultura do poder
Nas empresas orientadas pela cultura do poder, o foco é na geração de resultados e as decisões são centralizadas nas lideranças.
Para que os melhores resultados sejam atingidos, a competitividade entre colaboradores pode ser estimulada. Esse modelo de cultura costuma ser mais comum em empresas de pequeno porte.
2. Cultura de papéis
Nesse modelo de negócios, a cultura é voltada para processos. As hierarquias são muito bem definidas e os processos, pouco flexíveis, tendem a ser mais burocráticos. Se, por um lado, ela oferece clareza sobre as funções que cada colaborador deve desempenhar, por outro dificulta a colaboração entre áreas e pares e tende a ser mais resistente à inovação.
3. Cultura de tarefas
Nesse ambiente, o foco é a resolução de problemas e a criatividade é um dos pontos mais valorizados. Há liberdade para a expressão de ideias e maior flexibilidade quanto a processos. Com a tomada de decisão mais descentralizada, o objetivo é contratar profissionais qualificados para responder com agilidade e autonomia aos desafios do dia a dia.
4. Cultura de pessoas
Como o próprio nome já diz, nesse tipo de organização, o foco são os colaboradores. Assim, essas empresas costumam trabalhar para o desenvolvimento dos funcionários, focando na retenção de talentos e na formação de líderes. É um ambiente que estimula a colaboração, o autogerenciamento e foca na qualidade de vida dos colaboradores.
Cultura da aprendizagem: o futuro é agora
Em um mundo em constante transformação, não é difícil perceber a importância do lifelong learning (educação continuada) para o sucesso dos negócios. Afinal, para acompanhar a velocidade dessas transformações e responder com efetividade aos desafios da nova economia, é imprescindível que os profissionais estejam sempre atualizados.
É com base nesse pensamento, que surge, anos depois dos modelos levantados por Handy, a cultura da aprendizagem.
Em empresas que adotam esse modelo, a busca por conhecimento e os chamados “hábitos de aprendizagem” são fortemente incentivados. Isso porque a empresa entende a importância de o profissional aprimorar conhecimentos técnicos e teóricos constantemente para que possa não apenas contribuir com o crescimento da companhia, mas também desenvolver um diferencial competitivo em sua carreira.
Líderes do Agora
Com o objetivo de acelerar a formação destes profissionais, a EXAME Academy se uniu com a FRST Falconi, startup de educação deuma das maiores empresas de consultoria de gestão do Brasil.Dessa parceria inédita, nasceuo Programa Líderes do Agora.
Com início em agosto, as aulas são baseadas na cultura do lifelong learning e prometem desenvolverhabilidades imprescindíveis para os líderes da nova economia. Assim, os participantes terão acesso a conteúdos relacionados a liderança, mindset de inovação, transformação digital e gestão para resultados — e devem terminar o programa com habilidade para promover transformações verdadeiramente relevantes em suas áreas de atuação.