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Conflito pode ser produtivo no ambiente de trabalho

Quando estamos diante de um problema, é desejável ter pessoas discutindo pontos de vista diferentes

Quando bem conduzidos, conflitos podem ser produtivos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 13h05.

São Paulo - No trabalho, convivemos diariamente com conflitos. Uma negociação com um cliente é, afinal, a busca de pontos em comum para que o acordo aconteça. Departamentos disputam fatias de um orçamento limitado. Empresas lutam contra o governo para reduzir tributos.

Existe um desejo inconsciente de que os conflitos devam ser evitados, pois são ruins. Nem sempre isso é verdade. Diante de um problema, é desejável ter pessoas colocando pontos de vista diferentes. Mas uma operação empresarial demanda velocidade. Se o conflito acarreta uma interrupção, os propósitos da empresa podem ser prejudicados.

Esse é um elemento fundamental para desenvolver a habilidade de solucionar conflitos: o propósito da organização. São a estratégia e a meta de negócio que devem balizar a discussão. Quando os profissionais desconhecem os propósitos da companhia, eles criam outros que farão sentido para eles, no âmbito pessoal ou departamental, mas serão prejudiciais à empresa. A falta de um planejamento claro é fonte potencial de conflito.

É possível identificar se um conflito tem como raiz diferentes pontos de vista. Por exemplo: dois departamentos entram numa discussão em nome dos resultados do negócio. O critério do primeiro é aumento de receitas e, do segundo, redução de custos. Diferenças de critérios são fontes de conflitos. É preciso perguntar o que a empresa quer.

Quando conseguimos compreender o modelo mental de alguém — decompondo-o em uma estrutura na qual possamos responder a essa pergunta —, então temos condições de comparar ideias de duas ou mais pessoas. A partir daí, somos capazes de encontrar elementos que nos ajudem a solucionar a questão.

Há pessoas que defendem seus planos com dados e evidências. Isso é saudável e desejável. Da maneira oposta, uma afirmação subjetiva não é produtiva e leva à discussão. É importante evitar opiniões emocionais.

Um bom profissional deve ser capaz de dominar as emoções e as dos demais diante de uma conversa áspera. Por essa razão, um líder maduro tem melhores condições de gerir um conflito que um menos experiente.

Ao aprimorar a competência de gerir conflitos, o líder permite que eles se transformem em oportunidade para aprimorar os resultados e, consequentemente, o desempenho da sua área e da companhia.

Silvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching e colaborador do Instituto Passadori, onde ministra o curso Gestão de Conflitos

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São Paulo - No trabalho, convivemos diariamente com conflitos. Uma negociação com um cliente é, afinal, a busca de pontos em comum para que o acordo aconteça. Departamentos disputam fatias de um orçamento limitado. Empresas lutam contra o governo para reduzir tributos.

Existe um desejo inconsciente de que os conflitos devam ser evitados, pois são ruins. Nem sempre isso é verdade. Diante de um problema, é desejável ter pessoas colocando pontos de vista diferentes. Mas uma operação empresarial demanda velocidade. Se o conflito acarreta uma interrupção, os propósitos da empresa podem ser prejudicados.

Esse é um elemento fundamental para desenvolver a habilidade de solucionar conflitos: o propósito da organização. São a estratégia e a meta de negócio que devem balizar a discussão. Quando os profissionais desconhecem os propósitos da companhia, eles criam outros que farão sentido para eles, no âmbito pessoal ou departamental, mas serão prejudiciais à empresa. A falta de um planejamento claro é fonte potencial de conflito.

É possível identificar se um conflito tem como raiz diferentes pontos de vista. Por exemplo: dois departamentos entram numa discussão em nome dos resultados do negócio. O critério do primeiro é aumento de receitas e, do segundo, redução de custos. Diferenças de critérios são fontes de conflitos. É preciso perguntar o que a empresa quer.

Quando conseguimos compreender o modelo mental de alguém — decompondo-o em uma estrutura na qual possamos responder a essa pergunta —, então temos condições de comparar ideias de duas ou mais pessoas. A partir daí, somos capazes de encontrar elementos que nos ajudem a solucionar a questão.

Há pessoas que defendem seus planos com dados e evidências. Isso é saudável e desejável. Da maneira oposta, uma afirmação subjetiva não é produtiva e leva à discussão. É importante evitar opiniões emocionais.

Um bom profissional deve ser capaz de dominar as emoções e as dos demais diante de uma conversa áspera. Por essa razão, um líder maduro tem melhores condições de gerir um conflito que um menos experiente.

Ao aprimorar a competência de gerir conflitos, o líder permite que eles se transformem em oportunidade para aprimorar os resultados e, consequentemente, o desempenho da sua área e da companhia.

Silvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching e colaborador do Instituto Passadori, onde ministra o curso Gestão de Conflitos

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