As profissões mais estressantes em 2012
Entre as carreiras que mais tiram a cabeça dos profissionais está executivo de relações públicas e coordenador de eventos
Talita Abrantes
Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 18h01.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h27.
São Paulo - Raros são os que começam um ano sem prometer para si mesmo que, desta vez, a vida vai ser mais leve, com menos estresse. Em algumas carreiras e setores, contudo, essa resolução, quase sempre, não passa de uma utopia como mostra lista recente do site CareerCast sobre as profissões mais estressantes de 2012. No topo das carreiras que têm as rotinas mais estressantes está a profissão de soldado alistado. Não é para menos. A pressão típica desse tipo de corporação somada à apreensão diante do risco de morte iminente e outras mazelas da vida no campo de batalha torna a carreira um prato cheio para os altos índices de estresse. Com isso, ao longo de 2011, os soldados americanos apresentaram o maior índice de estresse entre os profissisonais do país. No total, 84.61 na escala de estresse que leva em conta itens como riscos de morte, competitividade, prazos e viagens, entre outros critérios. Mas eles não são os únicos. Estima-se que 36% dos profissionais americanos se sentem estressados diariamente. Confira quais são as profissões vencedoras nessa categoria:
Apesar de figurar na segunda posição entre os profissionais mais felizes, os bombeiros também amargam uma boa colocação entre os mais estressados. Além dos riscos para as próprias vidas, eles têm que lidar, o tempo todo, com a responsabilidade (e insegurança) de minimizar os danos para terceiros. Isso, sem contar, a rotina de luta contra o tempo e a pressão para tomadas de decisão rápidas. Não deu outra. Na escala de estresse conquistaram nível de 60.26.
Líder em estresse no ano passado, os pilotos de avião caíram para a terceira posição no ranking de 2012. Mas isso não significa que as taxas de estresse estão mais baixas. Se no ano passado, eles marcaram 59.53 na escala de estresse, este ano, aparecem com um nível de 59.59. Além dos cuidados com a segurança dos passageiros, eles sempre têm de estar dentro dos horários de vôo estabelecidos. Isso sem contar que precisam trabalhar por várias horas seguidas.
Na agenda, a missão de coordenar tropas, decidir com rapidez e fazer de tudo para que mais vidas do lado de cá da trincheira sejam poupadas - apesar dos ambiente mais nefasto de todos na terra. Isso sem contar a pressão que vem direto dos superiores - muitas vezes, direto da mesa do governo. Com uma rotina assim, os generais militares pontuaram 55.17 pontos na escala de estresse.
Eles estão longe da guerra propriamente dita, mas a vida de um policial muito se assemelha às experiências vividas por um soldado no campo de batalha. Na rotina, a apreensão de nunca saber o que irá acontecer no expediente, os riscos para a própria vida e a responsabilidade de garantir a segurança de terceiros. Como resultado, pontuação 53.63 na escala de estresse.
Sob a batuta dele estão todas as ações que permitem que um evento seja um sucesso. Da logística à contratação das estrelas. Tudo passa pelo olhar analítico do coordenador de eventos. Essa tarefa exige bons relacionamentos profissionais, capacidade de fazer decisões com rapidez e habilidade para trabalhar com prazos apertados. Conclusão? Nível 49.85 na escala de estresse.
Seja para uma empresa ou para figuras públicas, o executivo de relações públicas têm a missão de fazer com que tudo siga o script diante do público - em situações oficiais ou não. A sensação de que nem tudo está sob o controle dele somado às longas jornadas de trabalho contribui para o nível elevado de estresse: 47.56.
Para muitos, chegar no topo do escalão é maior objetivo de carreira. No entanto, a pesquisa mostra que maior status profissional e salarial é diretamente proporcional aos níveis de estresse. Com jornadas que podem superar as 11 horas por dia, os alto executivos apresentaram níveis de estresse de 47.41, segundo a pesquisa. A pressão por resultados, a responsabilidade de gerir e conhecer em profundidade detalhes de vários departamentos contribuem para o cenário.
Estar em lugares inóspitos e brigar por espaço para conseguir os melhores enquadramentos. A combinação de fatores que tornam a rotina de um fotojornalista estressante é até óbvia.
Some-se a isso salários nem tão atraentes, horários estranhos e muita pressão. Pronto, terá como resultado um nível de estresse de 47.09.
Some-se a isso salários nem tão atraentes, horários estranhos e muita pressão. Pronto, terá como resultado um nível de estresse de 47.09.
Lidar diariamente com o trânsito e mau humor dos passageiros colocou os taxistas entre as 10 carreiras com mais altos níveis de estresse. Na escala, 46.20 de estresse.
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