As melhores empresas para uma mulher seguir carreira em 2011
Revista americana mostra quais são as companhias que mais se preocupam com o desenvolvimento profissional das suas funcionárias
Talita Abrantes
Publicado em 6 de abril de 2011 às 10h32.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h35.
São Paulo - A revista Working Mother elaborou um ranking com as 10 empresas que mais investem no desenvolvimento de carreira de suas funcionárias. Da lista das 500 maiores empresas segundo a Fortune, apenas 11 são lideradas por mulheres. No Brasil, apenas 8% das companhias são presididas por mulheres, segundo dados do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Há quem culpe filhos, preconceito ou, simplesmente, dificuldades para equilibrar vida pessoal e profissional. Mas, de acordo com especialistas, as empresas são as principais culpadas para que tão poucas mulheres alcancem cargos de liderança. E isso porque as companhias simplesmente não investem em programas para desenvolver a carreira de suas funcionárias. Das 10 melhores empresas nesse sentido, 79% investem em aconselhamento de carreira, 87% em grupos de afinidade para mulheres e 37% em treinamento para liderança. Confira nas próximas páginas quais são as empresas americanas que mais se preocupam em acabar com a guerra dos sexos e , se você é mulher, aproveite para definir critérios na hora de procurar um novo emprego.
Na primeira posição está a financeira American Express. E a conquista desse espaço não é por acaso: a companhia investe pesado em programas de desenvolvimento de liderança voltados para mulheres. Além disso, do total de 25.621 funcionários da empresa, 65% são mulheres. Metade dos gestores da companhia também é composto por essa massa feminina. Para fechar, 47% dos melhores salários vão para as mulheres. Entre as mais recentes promoções, 43% foi dado para funcionárias do sexo feminino.
Do total de funcionários do Bank of America, 61% são mulheres. De acordo com o ranking, elas estão presentes em 49% das cadeiras de gestão do banco. A chave para isso é uma espécie de programa de mentoria, incentivada pela empresa. Nela, as mulheres são guiadas por uma profissional mais experiente. A companhia também mantém conselhos dedicados apenas para mulheres. Da lista de mais bem pagos da companhia, 36% são mulheres.
A política de mentoria da Deloitte é o principal trunfo para facilitar o acesso das mulheres aos cargos mais altos da companhia. Tanto que 75% das funcionárias participam desse programa. Na Deloitte, as mulheres têm à disposição uma cartela de 7 mil treinamentos diferentes. Do total de executivos, 22% são mulheres.
Metade dos funcionários da Ernst & Young é composto por mulheres. Para que elas cresçam, a companhia oferece o "Career Watch Program" que auxília seus empregados na administração correta da própria jornada profissional. Assim que termina esse estágio, as mulheres são encaminhadas para um programa de liderança, onde recebem mentoria de executivos. Atualmente, metade das cadeiras de gestão sênior é ocupada por elas.
Dos cargos executivos, 22% são ocupados por mulheres. Mas elas representam 51% do total de funcionários da companhia. De olho no crescimento delas, a companhia oferece oportunidades de treinamento e mentoria.Hoje, 37% das mulheres participam dos programas de desenvolvimento na carreira.
A empresa de alimentos General Mills oferece 40% dos melhores salários para mulheres. Elas estão presentes em 36% dos cargos executivos da companhia. A razão para esses números, em parte, tem relação com os 12 grupos de mentoria e redes de contato feminino que a empresa incentiva. Mas não é só isso. A companhia oferece uma bolxa auxílio de 6 mil dólares para novas funcionárias voltarem para escola ou concede cursos de liderança em seu instituto de ensino.
Desde 2009, a IBM mantém um Conselho Global dedicado às suas funcionárias. Mais de 40 mulheres de unidades da IBM espalhadas pelo mundo fazem parte do conselho. Seu papel é criar uma rede de contatos entre toda as empregadas da empresa. Cerca de 80% das mulheres da IBM participam dessa rede que auxilia no desenvolvimento da carreira. Hoje, 76% das mulheres da IBM participam de cursos de mentoria. Das recentes promoções, 33% foram oferecidas para as mulheres.
Do total de funcionários da KPMG, 48% são mulheres. Lá, de acordo com o progrma de Administração de Carreira e Escolhas de Vida (livre tradução), a vida pessoal não deve ser deixada em segundo plano. A empresa mantém um Instituto de Liderança Executiva focado nas mulheres, além de políticas para expô-las às oportunidades de liderança. Ao todo, 56% das funcionárias da KPMG participam do programa de mentoria.
Do total de funcionários da rede de hoteis Mariott International, 54% são mulheres. Todas elas têm acesso a mais de 10 mil sessões de treinamento diferentes. O resultado é que 26% das cadeiras executivas são ocupadas por profissionais do sexo feminino. Recentemente, mais da metade das promoções para cargos de chefia foram oferecidas para mulheres.
Quase 80% das funcionárias da Procter & Gamble participam de programas de desenvolvimento de liderança. Juntas, elas representam 43% de toda massa de funcionários. E para mantê-las no topo da carreira, a Procter & Gamble oferece incentivos financeiros para os chefes que se preocupam com o crescimento das mulheres. As unidades que investem em programas para elas, recebem um prêmio extra em ações.
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